Tempo de leitura: 4 minutos

– Início de um trabalho

Após comentar sobre a importância de manter a alma do rugby acesa dentro de qualquer treinamento não importando a faixa etária, porque é isso que torna este esporte diferenciado, e deve sempre ser trabalhado e lembrado os valores desde jogo.  Pensei em escrever sobre aquilo que acredito pode ser feito ao iniciar o trabalho, como pensar na segurança dos alunos, visando além de vestimentas e cuidado com o campo ou quadra, observar ao redor do local do treinamento quanto à localidade e acessibilidade. Ter em mãos uma anamnese (entrevista com dados de saúde e histórico da criança) que ofereça os telefones de contatos para possíveis emergências e e-mails, auxiliando a comunicação entre professores, pais e alunos, usar essa comunicação para melhorar o trabalho.

Conversar com os pais sobre o planejamento que os filhos delem está inserido, ensinar os pais o que é o rugby é quais as suas vantagens em pratica-lo que outra modalidade não pode oferecer, com o uso de DVDs, palestras, imagens aquilo que for possível e o que no final de um semestre, ano, os filhos deles terão ganhado ao ficarem nos treinos desta modalidade. Estes ganhos pensando em aspectos afetivos (emocionais) psicomotores (físicos) e sociais. A melhor divulgação do esporte e através das pessoas que o conhecem bem, e que falam bem do mesmo para os outros, para isso quanto mais o conhecerem realmente suas ideologias, melhor.

- Continua depois da publicidade -

O SESI tem desenvolvido um projeto que seus jovens de 12-13 anos de todas as modalidades recebem aulas teóricas, de história e conceitos do jogo, o que no rugby seria excelente ser feito, pois isso não ocorre durante aulas de Ed. Física como no caso de outros esportes, então oferecer um tempo do seu mês, semana, dia, para transmitir informações conceituais para os jovens deve ser feito e planejado.
Acredito que todos os Srs. têm outras ótimas ideias que gostaria que compartilhassem conosco aqui no blog. Não é mesmo?

-Modelo de Jogo.

Modelo de Jogo pode ser definido como a forma que a equipe deverá ou se comporta durante uma partida nos momentos de ataque e defesa, na visão e desejo do treinador.

Saber o que esperar e o que se pode alcançar dos seus alunos, faz a diferença de um trabalho planejado ou não, cada faixa etária deve ter seu modelo próprio alcançando um único, como me parece o caso da seleção neozelandesa em que categorias de base jogam similar a principal, ou não cada categoria com seu próprio jogo de cada treinador. Este modelo pode ser pensado em formas individuais, de equipes de situações gerais ou especificas.

Tendo o seu desejo de jogar escrito, ou em mente você coloca o conteúdo adequado em cada treino, o treino ou aula que vai fazer acontecer que seu time jogue da forma sonhada. Deve se treinar a partir dos conceitos técnicos, táticos e psicológicos do Modelo de Jogo do treinador.  Esse perfil da equipe tem de se respeitar além do nível maturacional, as características dos jogadores e o os objetivos do local de trabalho.

 

Um exemplo amplo e geral de equipe, e treinar para não oferecer a disputa da bola dentro do campo de defesa quando não estiverem vencendo seus rucks ou mauls, usando artifícios como chutes, infiltrações, trocam de lado de campo com uso de passes longos, onde estiver a menor marcação.

Como exemplo específico, técnico, tático, psicológico, individual, a partir do anterior, em campo de defesa com posse de bola dentro das 22 espero que quando a bola estiver na mão do jogador X ele chute, tentando a fazer quicar dentro das 22 e sair de campo. Com isso ofereço a disputa da posse o mais longe possível, porém preciso de um Modelo de Jogo individual técnico de um chutador, em que ele e o time saibam das regras desta situação e suporte a pressão quando errar e acertar. Para isso ocorrer e seja efetivo tenho que treinar este momento de jogo e as consequentes, como não permitir o Line out rápido e que possa recuperar a posse na disputa do mesmo.

Tendo um rascunho do Modelo de Jogo, os professores, coordenadores e até mesmo os pais podem ver e acompanhar se o trabalho está sendo bem feito alcançando aquilo que se espera. Com o isso o treino não fica apenas divertido e seguro, mas, pode oferecer algo realmente construtivo para as crianças, jogadores. O treinamento de certa forma segue uma periodização a partir da vontade em que se quer alcançar.

O processo de emergir talento necessita de estratégias com base naquilo em que se acredita ser o melhor já que o erro quando a matéria prima e de certa forma escassa pode ser letal para o futuro do esporte, pois é um investimento longevo, que exige inteligência, criatividade, tempo, variabilidade e educação.

Espero que em poucas linhas tenha conseguido demonstrar ou implantar este conceito que está dentro do mais moderno em termos de treinamentos de desporto coletivo mais infelizmente ainda não e contemporâneo por falta de conhecimentos daqueles que trabalham com o esporte.