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Nessa semana, o espaço saúde vem com uma matéria escrita pelo Dr. Raphael Martins Ferris, que é fisioterapeuta e ex-atleta de “taekwondo”, além de coordenador da Resportes, e fisioterapeuta do time Demônios de Maxwell Rugby. Atuante em diversas modalidades esportivas, participou como fisioterapeuta de equipe em diversas competições amadoras e profissionais.

 

O termo “lesão” é sem dúvida o maior inimigo do atleta pois, independente do esporte, se lesionar tornou-se uma pratica negativa para quem busca performance e qualidade de vida esportiva.

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Para entendermos os aspectos das lesões no Rugby, devemos nos orientar por dois fatores que as predispõem:

 

– Ataque ou Defesa

As situações que levam o maior número de lesão é o “Tackle”, seguido do “Ruck” e em terceiro o “Scrum”. Os defensores são considerados a população de risco maior para o desenvolvimento de lesões por contato físico e os atacantes para lesões associadas à corrida e deslocamentos.

 

– Período de Jogo

O período em que mais ocorre lesões é no segundo tempo, o que nos sugere que o deficit proprioceptivo (consciência corporal), induzido pela fadiga muscular é um importante contribuinte para as lesões no Rugby.

Segundo o InfoGráfico realizado na Copa do Mundo de Rugby de 2011, dos 60 aos 80 minutos de jogo, as lesões correspondiam um total de 33% da partida. Sendo os “Backs” os mais vulneráveis devido à busca pelo contato físico, seguido dos “Forwards”. O membro inferior do corpo representou 46% das lesões durante o jogo, pois além da busca técnica existe os fatores intrínsecos de cada atleta que podem levar aos mecanismos de lesões independentes do contato físico.

 

As principais lesões no Rugby, segundo Oliveira (1987), são divididas em:

– Entorses de tornozelo, causados por giros e devido à estabilização do gramado;
– Distensões musculares do biceps femoral devido ao arranque, “explosão”;
– Entorses de joelho, em situações de giros com os pés fixos;
– Lesões ligamentares do joelho, causados em traumas diretos de faltas, “tackle”;
– Contusões de costelas, devido as cotoveladas, “jogo de corpo”, cometidas em faltas mais perigosas;
– Contusões em face e ombro, principalmente ocorridas durante a formação de “scrum”;
– Luxações de ombro pelas quedas e contatos diretos “faltas”;
– Rupturas de meniscos devido a traumas e torções;
– Fraturas de clavícula ocorridas em quedas e faltas perigosas de alta energia.

 

A incidência das lesões correspondem à falta de tratamento preventivo (com ou sem reincidência), para o combate às irregularidades do ambiente (principalmente o gramado), e as disfunções do atleta.

 

Sendo assim, a Fisioterapia Esportiva visa recuperar o atleta que possui lesões já instaladas e principalmente prevenir que as limitações físicas sejam fatores para desenvolvimento de novas lesões. O trabalho sensório motor aliado às funções musculoesqueléticas são fundamentais para trazer qualidade para o Atleta do Rugby.

 

Referências: BEIRÃO, Marcelo Emilio1, MARQUES, Thiago Álvaro R. Study of predisposed factors of ankle’s strains in soccer players and the elaboration of the prevention phisiotherapic program.

SILVESTRE, Michelli VitÛria; LIMA, Walter Celso de. Importância do treinamento proprioceptivo na reabilitação de entorse de tornozelo. Fisioterapia em Movimento, McIntosh AS. Rugby injuries. Med Sport Sci. 2005;49:120-39.

Incidence of injuries in the practice of amateur rugby in Brazil. Fisioter. Pesqui. vol.15 no.2 São Paulo 2008

 

Para entrar em contato com o Dr. Raphael Ferris, o E-mail é: contato@resportes.com.br

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