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O rugby aproxima famílias e aumenta rivalidades. 

Comparada a outras famílias, a Família D. é relativamente pequena. Embora estejamos espalhados pelo Oriente Médio, Europa, Austrália e Américas do Sul e do Norte, somos ainda poucas pessoas. 

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Dependendo do país para onde a família tenha se mudado, o nome D. adquiriu diversas grafias: Duailibi, Dualibi, Dualibe, Duailib, Dawailibi, Doualib, Dwaleebee, etc. Já foram constatadas 12 formas diferentes grafias. Contudo, não importa como o nome apareça escrito, todos os D. pertencem à mesma origem. 

É provável que até duas ou três gerações atrás todos os D. se conhecessem. Com o passar dos anos, e o crescimento das famílias, é possível que dois D. tenham se encontrado sem saber a origem de seus pais e avós, tampouco o tipo de parentesco existente entre eles. 

Apesar de tudo, é provável que seus bisavôs tenham crescido próximos uns dos outros – nascido na mesma casa e vivido na mesma cidade. Antes que a distância entre as famílias aumente e seus membros desconheçam uns aos outros, foi tomada a iniciativa, há alguns anos, de desenvolver uma pesquisa – a mais completa possível – de todos os D. existentes em todas as partes do mundo. Essa tarefa tornou-se viável graças à amável colaboração de muitas pessoas. 

Mas por que fiz essa breve história?

Porque foi no Rugby que três membros se cruzam de forma a unir ainda mais a Família D. Com trajetórias distintas, momentos bem diferentes, e sendo mais ou menos vencedores puderam trocar ideias se conhecer e valorizar ainda mais o que faz do Rugby um grande esporte na vida da gente. Todos nasceram para o Rugby nos tempos da ABR – Associação Brasileira de Rugby e agora vivem a CBRu.

Em 1976 venho eu, Márcio Duailibi, que jogava no Colégio Rio Branco (atual Rio Branco Rugby) e agora é manager. Depois veio o Rafael como jogador, dirigente e colaborar do São José, e por fim o Pedro jogador do Pasteur. Três times rivais, mas que de alguma forma ajudaram a crescer o Rugby no estado de São Paulo e no Brasil.

Cada um leva experiências bem diferentes. Participaram ou participam de grandes clubes como jogadores, dirigentes ou até mesmo como exemplo. Dos três o mais experiente atualmente é o Rafael por vir de um time que nessa última década venceu os maiores torneios nacionais e suas grandes participações em jogos pelas seleções nacionais de Sevens e XV. Márcio teve uma grande experiência nacional e internacional, mas o momento era outro, com mais simplicidade, bem antes dos tempos da atual febre dos Jogos Olímpicos e Pan Americano, patrocínios e leis de incentivo ao esporte que estão no sangue dos brasileiros. Pedrão apesar de ter participado das categorias de base e estar jogando na equipe principal do Pasteur ainda não encontrou seu espaço na seleção principal.

Em nenhum momento desejo comparar quem foi ou é melhor porque os três têm ou tiveram momentos bem distintos e souberam aproveitar suas chances de contribuir com seus times. O Rugby nos oferece tanto que chega um momento de devolver de alguma maneira a transformação que nos ocorreu. Seja no bem moral ou material. Não é importante se foi ou é um supercampeão ou não.

Por isso afirmo que o Rugby une, apesar das diferentes existentes entre nós. Parabéns a família D. que pode acompanhar o crescimento desses membros que se cruzaram pelos campos e possam deixar sementes reais para que o Rugby como esporte cresça e se torne realmente grande.