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ARTIGO OPINATIVO – Os campeonatos estaduais estão na fase inicial. Os holofotes saíram dos Tupis e da CBRu para as federações estaduais – ou pelo menos nesta semana, já que semana que vem falaremos muito das Yaras em Hong Kong.

E as federações estaduais precisam ser mais assunto dos debates. Uma das virtudes da CBRu é ter seu Portal de Governança. No momento, ele ainda precisa melhorar. Está desatualizado em várias seções, mas o fato de haver material nele, documentos importantes estarem disponíveis e as atas das reuniões do Conselho estarem em dia já é algo muito positivo, ainda mais comparando com outros esportes no Brasil. O próprio World Rugby deveria ter documentação mais atualizada em seu site.

De qualquer forma, as federações estaduais do rugby brasileiro precisam evoluir demais no quesito comunicação institucional. Nos últimos tempos, o contato com o Portal do Rugby e o próprio trabalho delas em divulgarem seus torneios melhorou consideravelmente. Isso é positivo. Mas ainda é preciso um esforço do ponto de vista institucional.

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A facilidade das redes sociais fez muitas entidades (inclusive clubes) abandonarem seus websites e isso é um erro. Entidades que representam interesses coletivos, como é o caso das federações estaduais, precisam ter sites que disponibilizem publicamente, a qualquer interessado, sua documentação, de forma simples e acessível, transparente.

Regulamentos de torneios precisam estar online, assim como as decisões judiciais (atleta suspenso, clube punido, são decisões importantes que precisam estar públicas no momento que interessam).

Estatutos das entidades igualmente precisam estar públicos e com fácil acesso. Mas, sobretudo, a prestação de contas, com relatórios financeiros atualizados, e as atas de suas reuniões, para que as tomadas de decisões estejam claras para todos.

As federações estaduais são amadoras (não em sentido negativo), vivem do engajamento por paixão das pessoas que estão envolvidas. Isso, no entanto, não é desculpa para que processos burocráticos essenciais sejam deixados de lado. A comunicação interna não basta. É preciso estar público. E, para isso, são precisos braços, engajamento de mais gente nas gestões.

O que mais preocupa, em todos os casos, é a falta de atualizações. Muitas vezes vemos a iniciativa de se criar um site e alimentá-lo. Em 2018, vimos na verdade uma escassez na documentação disponível. Criar a ferramenta não é o problema. O problema é manter a atividade de atualizações contínua.

Louvavelmente, quem já tem documentação atualizada para 2019 em seu site é… a Federação da Bahia! Já as federações Paulista e Gaúcha também mantém seus sites atualizados, sobretudo com notícias, mas ainda é preciso esforço maior nas atualizações institucionais. A FPR começou uma atualização promissora sobre governança em seu site. Aguardemos pela conclusão – e pela alimentação das informações.

Se quisermos que o rugby evolua institucionalmente em todos os níveis, o começo é esse. E o sucesso só poderá ser confirmado dentro de alguns anos, caso as atualizações sigam. 2019 é ano para se avançar nisso, para que em 2020 possamos ver práticas correntes de governança em acordo com a necessidade de evolução de nosso esporte – o amadorismo com atitude profissional.

E então, quem vai apresentar o case contínuo de sucesso?

1 COMENTÁRIO

  1. Na minha opinião deveria ter uma atenção maior as federações estaduais, lembro de um programa do portal do Rugby de um dos entrevistados dizer que uma solução para o crescimento do Rugby no Brasil seria uma competição com seleções estaduais. Além de trazer maior visibilidade poderia ser uma maneira de fortalecer os clubes no Brasil. imagina você um jogador de clube, quais são suas expectativas de crescimento no esporte, seleção logicamente mas não há vaga para todos na seleção. Mas abriria mais chance para jogadores jogarem jogos de alto nível e assim melhorando a condição das federações e até mesmo dos clubes. Desculpe a forma grosseira de expressar esta minha opinião pois corri no texto.