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Nessa semana, apresentamos Marco Picolin, que já pintou por aqui no último Rugby na Estrada, e nossos jogadores do Centro-Oeste encarando sua primeira final

 

Geraldine Seniores B’s nas finais do campeonato de clubes de South Canterbury

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Ravi, Mauro e Arthur vão ter uma semana dura pela frente. Isso porque seu clube, o Geraldine, chegou às finais do regional de South Canterbury. Quem nos conta as novidades é o Arthur, de Campo Grande.

“Depois de fazermos um ótimo segundo turno com seis vitórias em oito jogos, conseguimos neste sábado a classificação para as finais, mas não foi fácil. Começamos o jogo em 4° lugar mas empatados em pontos com o 5°. Jogariamos com o 3° colocado do campeonato, o Harlequins, na casa deles, enquanto o 5° colocado, Celtics, jogava contra o penúltimo colocado em um jogo teoricamente mais fácil.

Dos brasileiros, Ravi começou jogando. O Harlequins abriu o placar com um penal, mas logo em seguida Ravi deu uma ótima arrancada pela ponta e cravou um belo try. O jogo foi pegado do inicio ao fim, muito rucks intensos e tackles. No segundo tempo os Harlequins abriram dois tries de vantagem, mas nós, comigo e com Mauro em campo fomos buscar a virada. No final ainda consegui salvar duas bolas que seriam tries certos, anulando no nosso in goal.

Final de jogo 38 x 32 para o Geraldine. Havíamos feito nossa parte, ganhado e com ponto bônus. No campo ao lado jogavam Celtics x Old Boys, precisávamos torcer para os Boys e para nossa alegria o jogo terminou com vitória do Celtics, mas por apenas 17 x 12, sem ponto bônus. 

Agora continuamos firme nos treinos na busca do título!

Estamos confiantes pois na segunda fase havíamos ganhado dos 3 primeiros colocados. Contamos com o apoio e torcida do rugby brasileiro para fazer história na Nova Zelândia.

 

Apresentando Marco Picolin

“Completei 3 meses na Nova Zelândia, fazendo o 3º colegial no colégio Christchurch Boys’ High School (CBHS) e participando do programa internacional de rugby. CBHS é a escola mais tradicional na formação de jogadores de rugby, já tendo revelado 45 all blacks, sendo o mais ilustre Daniel Carter. Eu vou ficar na Nova Zelândia até começo de dezembro que é quando as aulas terminam. Eu busquei este intercambio por causa do rugby mas também sem deixar os estudos de lado.”

 
O rugby na escola é muito competitivo. Somente na categoria M18 são ao todo seis times, sendo os times Principais, 1, 2 e 3, e depois o m18 A, B e C, todos participando do campeonato metropolitano.  Fui colocado no time M18 B, penúltimo, sendo que a melhor classificação de um jogador internacional este ano foi de um estudante da Irlanda, que chegou ao time 2. O time principal participa de campeonatos nacionais e internacionais.
 
Temos aqui três tipos de treino durante a semana. Duas manhãs por semana, temos um treino físico com duração de 1 hora. Os estudantes internacionais, que participam do programa de rugby tem  treinos diarios de 1 hora de skills (técnicas). Por fim temos dois treinos por semana, com a equipe, após o horário de aula, onde são praticadas jogadas e técnicas coletivas.
 
Praticamente todos os fins de semana temos jogos do campeonato metropolitano, onde tenho jogado hora como full back, hora como ponta. Fiz até o momento quatro tries e estou batalhando para conseguir até o fim do campeonato subir um time. O campeonato vai de maio até final de agosto. 
 
A partir de setembro temos planejado treinos e campeonato de sevens.
 
Além disso, ganhamos ingressos para todos os jogos realizados no AMI Stadium, estádio dos Crusaders. Além de jogos do Super Rugby, assisti ao amistoso Crusaders vs Inglaterra. Infelizmente, este ano os All Blacks não jogarão em Christchurch.
 
Assim, o único jogo dos All Blacks que assistirei será contra os Springboks, que acontecerá em Wellington”