Tempo de leitura: 4 minutos

GRTP-doctor

O mundo de hoje conhece os inúmeros benefícios que a prática regular de atividade física pode gerar ao ser humano, sendo ele ativo. Desde melhoras físicas muito bem comprovadas pela ciência, psicológicas e até capacidades intelectuais do individuo ativo.

 

- Continua depois da publicidade -

O que é atividade física?

Pode ser definida como qualquer movimento voluntário do músculo esquelético que gere um gasto energético maior que o repouso. Ou seja, espirrar não é atividade física, nem a digestão.

 

Existem diferenças entre as atividades físicas?

Sim, podemos chamar uma de atividade estruturada uma prática que tenha objetivos e siga um padrão sistemático para alcançar as metas (como nos esportes, ginásticas, exercícios, danças). E podemos chamar de atividades físicas não estruturadas as atividades do dia-a-dia, como subir escadas, limpar a casa, caminhar para o mercado, etc.

 

E o que seria um indivíduo ativo? Como receber as melhoras da atividade física?

Para avaliar se uma pessoa é ativa, existem alguns protocolos internacionais, como o IPAQ (Questionário internacional de atividade física), que usam perguntas para encontrar uma duração semanal de atividade física, sendo considerado um adulto ativo aquele que pratica 150 minutos por semana. A criança deve ser ativa 300 minutos por semana. Assim, para o adulto são 5 vezes por semana de atividade física por ao menos 30 minutos, e para a criança por ao menos 60 minutos. A intensidade deve ser moderada, e as crianças devem ter 75 minutos vigorosos durante esta semana. Estando abaixo deste tempo semanal, a pessoa é chamada de insuficientemente ativa (faz atividade física, mas não o suficiente para os receber os benefícios), ou sedentário.

A melhor forma de receber as promessas da atividade física é ser ativo, ou seja, alcançar o horário determinado dentro do padrão mínimo estabelecido, 5 vezes por semana, 30 minutos por dia, com intensidade moderada.

 

Sobre o rugby, quais são as vantagens de praticá-lo?

Resumidamente: o rugby melhora os sistemas cardiovascular e cardiorrespiratório, aumenta a força dos membros inferiores e potência dos membros superiores, desenvolve a musculatura profunda, regula o sistema nervoso autônomo (controla, por exemplo, o batimento cardíaco), melhora as capacidades coordenativas – como a reação motora e as coordenações -, melhora as habilidades manuais, locomotivas e de sustentação. Além disso, constata-se que o rugby incrementa a sociabilização, melhora da auto-estima, a auto-imagem, traz benefícios ao sono, confere ao praticante consciência dos seus limites e de seus sonhos, diminui os riscos das doenças crônicas, diminui o stress e a ansiedade, dá um envelhecimento mais saudável e, por necessitar muito da capacidade de solucionar problemas, por exemplo, quando passar a bola, para quem passá-la, e como passá-la (além da oxigenação cerebral), aprimora a capacidade intelectual do seus praticantes.

 

E quanto aos riscos?

Claro que os riscos osteomusculares e de cortes ao tecido epitelial no rugby são conhecidos, justamente por ser um esporte com contato. Mas, todo esporte e qualquer exercício sempre vai oferecer riscos, porém quando se trata de uma atividade física de alta intensidade como rugby, que exige do coração picos de contrações, os riscos podem aumentar para pessoas insuficientemente ativas, pois elas não receberam por completo os benefícios da atividade física, e abusam do sistema cardíaco, sem estar preparado para suportar tais cargas.

Aqueles jogadores de fim de semana, que não se cuidam, não praticam regularmente durante a semana, com sobrepeso, fumantes, que consomem bebidas alcoólicas em excesso, ou não se recuperam completamente das lesões, têm uma chance muito maior de sofrer novas lesões, tanto em articulações, como artrite, artrose, rompimento ligamentares e de tendões, complicações musculares como câimbra, rompimentos e estiramentos da fibra muscular, além do risco de problemas agudos cardíacos como infarto, arritmias, obstrução de arteriais coronarianas, causas que podem levar até a morte.

Para usufruir a melhora que o rugby pode oferecer da juventude ao envelhecimento é necessário ter os exames médicos em dia, uma alimentação correta, e ter um treinamento adequado ao nível do praticante bem supervisionado, com duração e intensidade corretas, para que realmente as mudanças psicofísicas possam ocorrer. Parece difícil, mas é fazer o correto para que se alcance o melhor.

 

Escrito por: Flávio Mazzeu