Foto: World Rugby

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ARTIGO COM VÍDEO – Um jogo de gigantes. Jogando fora de casa, em Austin (Texas), contra os favoritos Estados Unidos, o Brasil provou que pode sonhar alto sim. Os Tupis seguraram o time principal dos EUA, que está garantido na Copa do Mundo deste ano, e flertaram com uma vitória histórica na 3ª rodada do Americas Rugby Championship. Novamente, o scrum brasileiro roubou a cena e os Tupis brilharam com 3 tries, pressionando no fim para fazer a torcida da casa suar frio, com o placar final sendo fechado em 33 x 28 para os donos da casa.

Os irmãos Duque, Tanque e Moisés, ainda produziram momento inigualável, com ambos completando 50 jogos oficiais na mesma partida, juntos, e com ambos fazendo tries pelos Tupis. Já o outro try foi de Dell’Acqua, logo em seu primeiro test match pelo Brasil.

O jogo começou com superioridade do time da casa, que não tardou a arrancar 2 penais para Will Magie abrir 6 x 0. Os EUA tiveram os melhores momentos, pressionaram em busca do try, mas a defesa brasileira mostrou evolução mesmo diante de um ataque poderoso fisicamente como o norte-americano.

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Os Tupis foram reduzidos a 14 homens com amarelo para Abud, mas Josh deu a resposta para o Brasil no primeiro bom ataque com penal certeiro e logo o scrum brasileiro já falava alto colocando pressão sobre o estadunidense. Mas logo na sequência as Águias conquistaram o primeiro try, com Paul Lasike (que não cumpriu nenhum jogo de suspensão pela seleção após receber cartão vermelho contra a Argentina XV) achando o espaço na defesa brasileira.

Ainda com um homem a mais, os EUA apostaram em lateral após penal, rejeitando 3 pontos. Sob pressão, Zé e Daniel Sancery salvaram o Brasil após chute que entrou no in-goal brasileiro. Mas o try estadunidense estava amadurecendo e saiu aos 28′ com Mike Te’o com categoria liberando passe para Germishuys finalizar.

A resposta brasileira foi com atropelo no scrum, para ganhar moral. Josh reduziu o placar com penal certeiro aos 30′. Mas os EUA acharam o terceiro try antes do intervalo, desta vez com Lasike dando assistência par Te’o finalizar. 25 x 06.

E antes do intervalo o scrum brasileiro atropelou. Desta vez, foi com direito a try, com Tanque aproveitando o espaço aberto para marcar. 25 x 13 antes da pausa. Primeiro tempo competitivo do Brasil, que apenas lamentou a quantidade elevada de penais concedidos e erros em demasia.

O segundo tempo começou com mais domínio brasileiro e com Josh aproveitando penal para reduzir a diferença. 25 x 16.

Apesar do início forte e com mais posse de bola do Brasil, quem marcou o primeiro try da segunda parte foram os EUA, com Te’o rompendo a linha defensiva e Quill finalizando para assegurar o bônus ofensivo estadunidense. 30 x 16

Os EUA ainda flertaram com o quinto try em jogada na potência de Germishuys, que teve o try anulado por duplo movimento no chão. Depois disso, o Brasil cresceu. Os Tupis trabalharam rápido a bola, em ação genuinamente coletiva, e Tanque armou um lindo passe longo para Zé que deu outro passe longo na ponta para Moisés marcar o segundo try brasileiro.

Cientes do perigo, os norte-americanos não desperdiçaram penal aos 65′, que acabou sendo determinante no final. Mas os Tupis continuaram crescendo na parte final do jogo, provando a condição física invejável – e de nível Mundialista, certamente. Os Tupis se mostraram mais inteiros no fim de jogo, controlaram a posse de bola e levaram os EUA à indisciplina, com uma série de penais e amarelo para Landry aos 70′.

A pressão verde e amarela foi recompensada aos 74′ com Robert e Nelson ganhando metros no contato físico até as imediações do in-goal e Dell’Acqua finalizando no pick and go. 33 x 28. E os norte-americanos passaram um sufoco final, após o capitão Scully sofrer pressão de Robert na defesa e o Brasil arrancar um precioso penal. Mas os donos da casa conseguiram recuperar a posse em momento crucial e faturaram a vitória no aperto.

O próximo desafio dos Tupis será no sábado, dia 2, contra o Chile, em Jundiaí, ao passo que os EUA receberão o Uruguai no mesmo dia.

33versus copiar28

Estados Unidos 33 x 28 Brasil, em Round Rock/Austin

Árbitro: Damian Schneider (Argentina)

Estados Unidos

Tries: Lasike, Germishuys, Te’o e Quill

Conversões: Magie (2)

Penais: Magie (3)

15 Marcel Brache, 14 Blaine Scully (c), 13 Bryce Campbell, 12 Paul Lasike, 11 Mike Te’o, 10 Will Magie, 9 Shaun Davies, 8 Cam Dolan, 7 Hanco Germishuys, 6 John Quill, 5 Nick Civetta, 4 Nate Brakeley, 3 Paul Mullen, 2 James Hilterbrand, 1 Chance Wenglewski;

Suplentes: 16 Dylan Fawsitt, 17 David Ainuu, 18 Dino Waldren, 19 Ben Landry, 20 Tevita Tameilau, 21 Kapeli Pifeleti, 22 Ruben de Haas, 23 Will Hooley;

Brasil

Tries: Tanque, Moisés e Dell’Acqua

Conversões: Josh (2)

Penais: Josh (3)

15 Daniel Sancery, 14 Lucas “Zé” Tranquez, 13 Felipe Sancery (c), 12 Moisés Duque, 11 Robert Tenório, 10 Josh Reeves, 9 Lucas “Tanque” Duque, 8 André “Buda” Arruda, 7 Arthur Bergo, 6 Cléber “Gelado” Dias, 5 Luiz “Monstro” Vieira, 4 Matteo Dell’Acqua, 3 Jardel Vettorato, 2 Wilton “Nelson” Rebolo, 1 Lucas Abud;

Suplentes: 16 Yan Rosetti, 17 Caique Segura, 18 Pedro Bengaló, 19 Gabriel Paganini, 20 Alexandre “Texugo” Alves, 21 Douglas Rauth, 22 Lorenzo Massari, 23 Ariel Rodrigues;

 

 EquipeApelidoPJVED4+-7PPPCSP
ArgentinaArgentina XV2555005025860198
UruguaiTeros1854012012410222
Estados UnidosEagles1753024117313835
BrasilTupis952030164105-41
CanadáCanucks751041213110724
ChileCóndores150050153289-236
- Vitória = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota = 0 pontos;
- Anotar 4 ou mais tries = 1 ponto extra;
- Perder por 7 pontos ou menos de diferença = 1 pontos extra;

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