Brasil duelou com a Espanha em 2017. Foto: FER

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O Brasil se despediu neste sábado de sua gira pela Europa caindo na Costa Blanca contra a Espanha por 67 x  28, em uma chuva de tries, com 11 para os Leões e 4 para os Tupis.

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Melhor ranqueada e recheada de atletas nascidos na França, a Espanha começou com tudo o duelo marcando o primeiro try no primeiro minuto da disputa, com o neozelandês Linklater achando o espaço logo no primeiro ataque, fintando a defesa brasileira. O golpe foi acusado e aos 12′ a Espanha marcou seu segundo try usando da mesma fórmula dos alemães contra o Brasil. Lateral, seguido de maul e try de Marco Pinto.

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O Brasil teve alguns bons momentos quando teve a bola em mãos, mas a Espanha dominava aspectos chave do jogo e controlava a posse de bola. Aos 19′, saiu o terceiro try, de novo com Pinto em maul após lateral, parecendo uma cópia do try anterior.

Os Leões seguiam punindo os erros brasileiros e com uma falha na cobertura do ruck o segunda linha Barrera arrancou e entregou para Peluchon marcar o quarto try, aos 24′, que ia deixando os Tupis em situação delicada no jogo.

Atrás no marcador, o Brasil passou a ousar mais e uma linda arrancada aos 25’ rendeu o primeiro try brasileiro, em bela ação de apoio e continuidade na linha. Daniel Sancery rompeu a marca e entregou para Moisés com o campo livre, mas o passe não encaixou. Ainda assim, os Tupis mantiveram a posse e após uma sequência de posses Stefano foi detido em cima da linha e Endy veio no apoio para guardar o primeiro try verde e amarelo.

Apesar do bom momento brasileiro, a Espanha deu logo a resposta, para esfriar o esboço de reação. Linklater costurou a defesa após a troca de passes e os donos da casa ganharam penal. Ao invés de chutarem aos paus, optaram pelo lateral e novamente fizeram o try no maul, agora com Auzqui. 31 x 07 antes do intervalo.

No segunda tempo, a Espanha mostrou a versatilidade de seu pack, que também sabe marcar correndo linha. Auzqui arracou e Bathere no apoio marcou novo try para os Leões, com menos de 1 minuto do retorno do jogo.  E aos 47’ outro try ibérico nasceu assim, com o oitavo Vissenssang desferindo offload para o hooker Pinto fazer seu hat-trick, 43 x 07.

A porta se abriu, o Brasil cansou de se defender e aos 51’ a Espanha fez mais umcom o centro Thibaut Alvarez, concluindo boa troca de passes. Já aos 57’ a fase nas 22 foi trabalhada rapidamente e Alvaro Gimeno fez novo try para os anfitriões.

Atrás por 55 x 7, o Brasil finalmente teve a bola no ataque e conseguiu uma pintura de try para erguer o moral na reta final do jogo. Felipe Sancery deu lindo offload de passe reverso pra Moisés, que deixou com Muller. O ponta arrancou e desfere lindo offload no limite da lateral para Moisés cravar o segundo try brasileiro.

O posicionamento defensivo seguiu bem ruim do Brasil ainda assim e logo veio novo try espanhol depois de bela troca de passes curtos, com Bonan. E Perrin fez o último try espanhol em outra jogada em velocidade da linha.

No ainda, ainda havia tempo do Brasil mostrar qualidade com a bola em mãos. Aos 77’, Buda atropelou pela ponta e deixou para Moisés correr para o terceiro try. E Gelado, com o tempo já esgotado, rompeu a defesa ibérica para permitir a corrida de Yan rumou ao último try. 67 x 28, números finais.

Os Tupis pensam agora no Americas Rugby Championship, que começará em fevereiro.

 

67versus copiar28

Espanha 67 x 28 Brasil, em Villajoyosa

Árbitro: Sean Gallagher (Irlanda)

Espanha

Tries: Pinto (3), Linklater, Peluchon, Auzqui, Barthere, Alvarez, Gimeno, Bonan e Perrin

15 Charlie Malie, 14 Brad Linklater, 13 Mathieu Peluchon, 12 Thibaut Alvarez, 11 Ignacio Contardi, 10 Daniel Snee, 9 Guillaume Rouet, 8 Thibaut Vissenssang, 7 Gautier Gibouin (c), 6 Pierre Barthere, 5 Anibal Bonan, 4 David Barrera, 3 Jonathan Garcia, 2 Marco Pinto, 1 Beñat Auzqui;

Suplentes: 16 Fernando Lopez, 17 Juan Anaya, 18 Jesus Moreno, 19 Kalokalo Gavidi, 20 Jaime Nava, 21 Sebastien Rouet, 22 Alvaro Gimeno, 23 Fabien Perrin;

Brasil

Tries: Moisés (2), Endy e Yan

Conversões: Josh (4)

15 Daniel Sancery, 14 De Wet Van Niekerk, 13 Felipe Sancery (c), 12 Moisés Duque, 11 Stefano Giantorno, 10 Josh Reeves, 9 Matheus Cruz, 8 André “Buda” Arruda, 7 Cléber “Gelado” Dias, 6 Arthur Bergo, 5 Mauri Canterle, 4 Lucas “Bruxinho” Piero, 3 Pedro Bengaló, 2 Endy Willian Pinheiro, 1 Michel Olimpo Gomes;

Suplentes: 16 Yan Rosetti, 17 Lucas Abud, 18 Caique Silva, 19 Alexandre “Texugo” Alves, 20 Matheus “Matias” Daniel, 21 Douglas Rauth, 22 Lucas “Zé” Tranquez, 23 Lucas Muller;


Foto: CBRu