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Nesse sábado, as principais forças do Rugby feminino brasileiro se encontram em Embu das Artes para a segunda edição do BR Sevens. Com equipes de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás, e muitos estilos de jogo, o torneio encerra a temporada de Seven-a-side de 2012 e deve mostrar alguns novos talentos que não tem a chance de aparecer ao longo do ano, devido o ainda escasso calendário feminino.

O Portal do Rugby preparou uma prévia dos grupos, com as chances de cada um. Para a fase final os vencedores de cada grupo e os três melhores segundos colocados, o que deve tornar a disputa pela primeira posição ainda mais intensa na primeira fase.

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Vejam o regulamento da competição

 

 

Grupo A: SPAC (SP), Curitiba (PR), Pasteur (SP)

O SPAC, atual campeão do Super Sevens e do BR Sevens foi a equipe que mais sofreu com a convocação das Amazonas para a segunda etapa da Série Mundial de Sevens. Nada menos cinco jogadoras do time titular (Paula Ishibashi, Thais Rocha, Maira Behrendt, Mari Ramalho e Angélica Gevaerd) deixarão de lutar pelo bicampeonato, e tem o desfalque de Ayna, lesionada, que vai deixar a briga pelo título ainda mais acirrada.

Isso porque apesar de tudo, o SPAC não pode deixar de ser considerado um dos grandes favoritos ao título. Pelo menos duas selecionaveis estarão em campo, e o grupo é muito experiente para sair com a primeira posição do grupo. Completam o grupo o time do Curitiba, que deve levar um grupo menos experiente, e não vai poder contar com as jogadoras que uma semana atrás, sagraram-se campeãs nacionais juniores e Pasteur, convidado pela organização, mas que possui um grupo já acostumado à enfrentar alguns dos melhores times do Brasil. Ambas equipes devem lutar pela segunda vaga e tentar se garantir nas quartas de final.

A jogadora do SPAC e também da seleção, Gabi Pioli,  comenta a situação do atual campeão: ” Eu nunca penso que somos favoritas em nenhum jogo ou campeonato, e acredito que o time pensa assim também. Sempre treinamos muito forte, fazemos a aprte física por fora e entramos confiantes e bem entrosadas nos jogos, a vitória vem por consequência. No SPAC não separamos jogadoras por serem da seleção ou não, todas treinam juntas e sabem as mesmas coisas, ou seja, apesar das ausências, somos um time altamente competitivo, conhecemos o tipo de jogo de cada uma e as suas características.”

 

Grupo B: Niterói (RJ), Rio Branco (SP), Tornados Indaiatuba (SP)

As rubro-negras do Niterói são as grandes favoritas para vencer o grupo B e tem apenas um desfaque para as Amazonas. Campeã estadual e terceiro colocado no Super Sevens, as fluminenses devem ter um forte rival no ascendente Rio Branco, quinto colocado no SPAC Lions, que não cessou os treinos desde o último campeonato em dezembro e uniu forças com o grande time do Bandeirantes para buscar evoluir ainda mais. Completa o grupo o time do Tornados Indaiatuba, que tem um time forte fisicamente, mas pouco experiente para enfrentar grupos mais coesos.

A capitã das Pelicanas, Robéia Luci, comentou as expectativas do grupo para o torneio: “O BR SEVENS será um campeonato bem disputado, onde todas as equipes estão se preparando muito para o torneio, os jogos serão difíceis, mas estamos trabalhando bastante e acreditamos que alcançaremos nossos objetivos. O nível está tão bom, vencerá o torneio a equipe que errar menos. Nossa expectativa é ficar entre os 6 melhores colocados, assim garantiremos a vaga para disputar as todas etapas, entretanto estamos focadas no título.”

 

Grupo C: Desterro (SC), Vitória (ES), Recife (PE)

Com quatro importantes desfalques para a competição (a capitã Júlia Sardá, Beatriz Pereira e Taís Balconi servindo a seleção, e Maira Magdaleno que espera seu segundo filho do jogador João Luiz “Ige”) o desafio das catarinenses é  conter o ímpeto do Vitória, que vem embalado depois do título inédito no SPAC Lions de 2012 e buscando a primeira posição do grupo para fugir da loteria pelas vagas de segundo colocado.

Correndo por fora, mas longe de ser um time fácil de se bater, estão as aguerridas Brubas do Recife, representante do Nordeste e equipe mais tradicional da região. Em 2012, a equipe venceu não só o estadual, mas também disutou como convidada a versão feminina da Copa Brasil Central e sagrou-se campeã. Renata Barros, uma das mais experientes jogadoras do Recife comentou: “Estamos muito confiantes, pois treinamos intensamente após o Nordeste Sevens, sem nenhum recesso de final de ano. Nos preparamos no campo e numa academia funcional, todas juntas, o que deu um gás maior ao time. O time está muito rápido.”

 

Grupo D: Charrua (RS), BH Rugby (MG), Jacareí (SP)

No grupo D, o Charrua é o favorito para passar na primeira posição. Com um conjunto muito forte e cada vez mais técnico, o representante do Rio Grande do Sul terá o desfalque de uma das grandes revelações do Rugby brasileiro, a jovem Luiza Campos, que também integra a seleção brasileira, mas ainda é o favorito para vencer o bom time do BHRugby que deve ficar com a segunda vaga. O Jacareí mostrou potencial em sua crescente base M18, mas o adulto não deve superar suas adversárias.

 

Grupo E: São José (SP), Bandeirantes (SP), Goianos (GO)

 

Fechando o grupo feminino, estão São José, Bandeirantes e Goianos, o que deve formar o grupo mais equilibrado da primeira fase. O Goianos chegou ao vice-campeonato do SPAC Lions, batendo o Bandeirantes na fase de grupos e o SPAC na semifinal, o que deu moral para o grupo que vai novamente buscar a classificação. São José e Bandeirantes cederam uma jogadora cada para as Amazonas (Edna Santini do São José e Juliana Esteves do Bande), mas os dois times seguem fortes. O Bandeirantes decaiu no final do Super Sevens, terminando a competição em quinto lugar, exatamente atrás das joseenses, mas o grupo vem treinando forte e conta com jogadoras de muita habilidade, como Bia Menini, Manuela Nunes e Nivia Boz, tornando o time muito perigoso.

A experiente jogadora do Goianos e ex-bandeirantina Marcela Giantomassi comentou: “Sem dúvida é um dos campeonatos mais importantes que vamos participar no Seven. Isso mostra a evolução do rugby no Brasil e do rugby do centro oeste, estamos preparados para enfrentar os melhores times do Brasil, todos com muita confiança, acreditamos no trabalho que estamos fazendo tanto o masculino quanto o feminino. Nosso time pode não ter uma história, mas nós vamos fazer o nosso presente, vamos jogar o nosso melhor e aprender com os melhores times.”