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A Taça Tupi já tem um semifinalista e três clubes promovidos à elite do Campeonato Brasileiro. Nesse sábado, O Band Saracens, já promovido, manteve seu 100% e se garantiu nas semifinais vencendo o Rio Branco por 78 x 00.
Outro invicto é o BH Rugby, que carimbou seu retorno à elite depois de 4 anos na segundona, vencendo o Niterói por 28 x 13, enquanto o Charrua atingiu seu objetivo de anos garantindo sua primeira promoção após vencer o clássico de Porto Alegre contra o arquirrival San Diego por 16 x 10. O San Dego, no entanto, segue próximo da promoção, assim como está o Guanabara, que atropelou o Rio Rugby no clássico carioca por 68 x 07 e pôs um pé na elite. Já o Chapecó seguiu na perseguição à promoção ao passar pelo Joaca por 19 x 10.
No próximo fim de semana, o feriado será de descanso para a maioria dos times, que só voltarão a campo no dia 16 para a rodada final da fase de grupos. Porém, dois jogos serão disputados, com o Templários recebendo o Pé Vermelho, em jogo adiado da quinta rodada para que o Templários jogasse o Paulista B, e com o BH recebendo o Guanabara, em duelo adiado da segunda rodada.
Clássico de uma ideia só
O Band Saracens carimbou sua classificação à semifinal com vitória acachapante no “Clássico das Ideias” sobre o Rio Branco. As equipes começaram se testando no início, mas o domínio do Sarries logo se fez evidente e se materializou no try de Paganini abrindo a contagem do dia, aos 15 minutos. Dois minutos depois, foi a vez de Devon ampliar, colocando um ritmo que os Pelicanos simplesmente não conseguiam acompanhar, deixando muitos espaços para os visitantes avançarem.
Com a cabeça mais fria em relação ao jogo de ida, o Band soube manter a calma para aproveitar todas suas oportunidades, transformando cada posse de bola em uma nova chance de try, que veio novamente com Paganini e Zinho, finalizando o primeiro tempo em 24 a 0.
O segundo tempo de calor forte começou e o Band ampliou a frente logo na abertura da etapa final com Erick, seguido de Bruno Gil, que passou da terceira para a primeira linha e fez mais uma grande exibição. Ainda mais ofensivo com alterações no elenco, os tries do Band saíram em sequência, explorando sempre as pontas, por onde saíram tries de Erick e Pablo, ou ainda pelo centro, aproveitando os sidesteps sempre fulminantes de Laurent, que deixou dois e ainda serviu Leandro Caetano em outra oportunidade, facilitando as conversões de Erick Iglesias. 78 x 00 no placar final.
0078
Rio Branco 00 X 78 Band Saracens
Árbitro: Rafael Nichioka
Local: Rio Branco Granja Vianna – Cotia, SP
Band Saracens
Tries: Gabriel Paganini (3), Erick Iglesias (2), Laurent Bourda-Couhet (2), Devon Muller, Eduardo “Zinho” Alves, Bruno Melo, Leandro “Cavalo” Caetano e Pablo Hernandes
Conversões: Erick Iglesias (9)
BH Rugby volta à elite e segue 100%
Clique aqui para as fotos de Luís Cláudio Amaral.
Festa em Minas Gerais, com o BH Rugby garantindo seu retorno à primeira divisão nacional. No duelo de escolas tradicionais, os mineiros levaram a melhor sobre os fluminenses, que estão em situação delicada até mesmo para a briga pela promoção.
O primeiro tempo foi todo do BH, que voou baixo e marcou nada menos que 3 tries sem resposta – todos sem conversão. A linha da casa esteve com tudo, com o ponta Alvaro, o scrum-half Walisson e o fullback Vitor correndo para o in-goal do Nikity. Antes do intervalo, Rogério ainda chutou penal e o placar de 18 x 00 conduzia o time da casa tranquilo à segunda etapa.
E a volta do intervalo foi igual ao primeiro tempo, com mais 2 tries saindo em questão de 15 minutos para o BH, com o ponta Chico e o hooker Batata. 28 x 03. O Niterói ainda esboçou uma reação tardia, com try de Loback, mas já sem tempo para uma virada. 28 x 13, números finais. Agora, o BH encarar duas partidas contra o Guanabara para se garantir nas semifinais.
2813
BH Rugby 28 X 13 Niterói
Árbitro: Marcel Santos
Local: UniBH – Belo Horizonte, MG
BH Rugby
Tries: Alvaro Menna, Walisson Rodrigues, Vitor Andrade, Chico Vianna e Daniel “Batata” Faioli
Penais: Rogério Brito (1)
Niterói
Try: Daniel Loback
Conversão: Pedro Rangel (1)
Penais: Pedro Rangel (2)
Guanabara no trilho da primeira divisão
O Campo Olímpico do Rio de Janeiro recebeu o clássico carioca entre Rio Rugby e Guanabara, que valia demais, com os dois times na busca pela vitória que daria maior tranquilidade na sequência da briga pela promoção. E a história do jogo foi bem distinta daquela do primeiro turno, quando o Rio emergiu vitorioso. Desta vez, o Guanabara não deu chances ao rival e fez 68 x 07 incontestáveis.
Foi um show da linha do Guanabara, com nada menos que 9 dos 10 tries saindo dos 3/4s. Foram 5 tries em cada tempo, e o primeiro try saiu logo aos 6′, com o ponta chutador Zé Vitor Tavares, que ainda marcaria um total de 19 pontos para o Guana. O centro Junior e o abertura Caio estiveram em dia inspirado e fizeram nada menos que 3 tries cada (2 hat-tricks).
Apenas no segundo tempo o Rio Rugby consrguiu descontar, mas já sem chances de reação. O Rio jogará sua vida na busca pela promoção pegando no dia 16 o Niterói, em duelo direto, ao passo que o Guanabara terá dois confrontos com o BH nas dois próximos fins de semana, valendo a promoção e as semifinais da Taça Tupi.
0768
Rio Rugby 07 X 68 Guanabara
Árbitro:
Local: Campo Olímpico da UFRJ – Rio de Janeiro, RJ
Rio Rugby
Try: Gabriel Rangel
Conversão: Gabriel Rangel (1)
Guanabara
Tries: Johnson Junior (3), Caio Ferreira (3), Zé Vitor Tavares, Paul Lausucq e penal try
Conversões: Zé Vitor Tavares (4) e Caio Ferreira (1)
Penais: Zé Vitor Tavares (2)
A primeira vez do Charrua veio do jeito mais saboroso
San-Cha de gala! Um dos clássicos mais quentes do Brasil, o dérbi de Porto Alegre valia a promoção antecipada e inédita aos dois rivais gaúchos, com Charrua e San Diego preparando-se para uma das grandes batalhas da história do duelo. A vantagem recente no clássico era do San Diego, que já havia vencido os três duelos realizados no ano, mas o Charrua conseguiu quebrar a má sequência, para o delírio de seu torcedor.
Foi um jogo icônico, que teve o Charrua dominando o início da partida e abrindo 13 x 00 em menos de 20 mnutos, com um penal de Arthur seguido por dois épicos tries do centro Uary, aos 40 anos de idade sem decisivo. Ambos não foram convertidos e as esperanças do San Diego estavam absolutamente de pé.
Os verdes desperdiçaram um penal fácil de frente aos paus antes da pausa, mas começaram o segunda tempo focados e seu pack funcionou, enquanto o Charrua estava reduzido a 14 homens por amarelo. Aos 48′, saiu o primeiro try do San Diego na base do pick and go e o segundo veio com um contra ataque em velocidade fulminante do fullback Erick Dysiuta. Mas, em um dia ruim para os chutadores, nenhuma das conversões entrou e os Índios seguiram na frente por 13 x 10. O preço foi pago pelos verdes e, aos 78′, em um final digno de um grande clássico, o San Diego cedeu o penal da vitória para Arthur chutar e decretar o 16 x 10 para o Charrua.
Com a derrota, o San Diego agora se prepara para receber o Chapecó no jogo que valerá a promoção à elite, ao passo que o Charrua receberá o Joaca para confirmar sua passagem às semifinais.
1610
Charrua 16 X 10 San Diego
Árbitro: Lucas Santos
Local: Sociedade Hípica Portoalegrense – Porto Alegre, RS
Charrua
Try: Uary Gondim (2)
Penais: Arthur Dalpizzolo (2)
San Diego
Tries: Bruno “Mantegão” e Erick Dysiuta
Chapecó vivo e com ambição
Os dois catarinenses foram a campo em Chapecó precisando vencer para seguirem respirando na briga pelo ascenso. E quem levou a melhor foi o Chapecó, afirmando-se como a segunda força do estado no momento.
Começando a rodada em terceiro lugar, o Joaca começou melhor o jogo e fez seu try logo aos 9′, com o centro Augusto, seguido de penal certeiro de Peruch para fazer 10 x 00 para as Corujas. O Chapecó logo equilibraria as ações e aos 16′ o oitavo Duan rompeu para o try dos donos da casa, mas sem conversão. O restante do primeiro tempo foi de placar imutável, com 10 x 05 no intervalo.
O segundo tempo foi do Chapecó. A virada veio aos 48′, com try do ponta Bruxo, colocando 12 x 10 no marcador para os anfitriões. As chances se somaram para os dois lados, mas, aos 64′, foram os chapecoenses que liquidaram a fatura, com try do centro Gargamel. O Chapecó ainda buscou o precioso quarto try para o bônus, mas os pontos acabaram não saindo. 19 x 10, números finais terríveis para o Joaca e esperançosos para o Chapecó.
1910
Chapecó 19 X 10 Joaca
Árbitro: Samuel Grando
Local: Campo da Cordilheira Alta
Chapecó
Tries: Duan Barp, Alisson “Bruxo” Silva e Daniel “Gargamel” Piva
Conversões: Cícero Leite (2)
Joaca
Try: Augusto Bortolás
Conversão: Luiz Guilherme Peruch (1)
Penal: Luiz Guilherme Peruch (1)
Clube | Cidade (Estado) | Pts | J | V | E | D | 4+ | 7- | PP | PC | SP |
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Grupo A | |||||||||||
Band Saracens | São Paulo (SP) | 30 | 6 | 6 | 0 | 0 | 6 | 0 | 429 | 72 | 357 |
Pé Vermelho | Londrina (PR) | 15 | 6 | 3 | 0 | 3 | 3 | 0 | 215 | 184 | 31 |
Templários | São Bernardo do Campo (SP) | 14 | 6 | 2 | 1 | 3 | 4 | 0 | 141 | 299 | -158 |
Rio Branco | São Paulo (SP) | 4 | 6 | 0 | 1 | 5 | 2 | 0 | 92 | 322 | -230 |
Grupo B | |||||||||||
Guanabara | Rio de Janeiro (RJ) | 21 | 6 | 4 | 0 | 2 | 3 | 2 | 199 | 95 | 104 |
BH Rugby | Belo Horizonte (MG) | 19 | 6 | 4 | 0 | 2 | 3 | 0 | 140 | 106 | 34 |
Niterói | Niterói (RJ) | 14 | 6 | 3 | 0 | 3 | 2 | 0 | 124 | 109 | 15 |
Rio Rugby | Rio de Janeiro (RJ) | 5 | 6 | 1 | 0 | 5 | 0 | 1 | 62 | 211 | -149 |
Grupo C | |||||||||||
Charrua | Porto Alegre (RS) | 24 | 6 | 5 | 0 | 1 | 3 | 1 | 132 | 74 | 58 |
San Diego | Porto Alegre (RS) | 19 | 6 | 4 | 0 | 2 | 1 | 2 | 109 | 81 | 28 |
Chapecó | Chapecó (SC) | 9 | 6 | 2 | 0 | 4 | 0 | 1 | 87 | 122 | -35 |
Joaca | Florianópolis (SC) | 6 | 6 | 1 | 0 | 5 | 0 | 2 | 63 | 114 | -51 |
Foto: Luís Cláudio Amaral – BH x Niterói