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 O São Paulo Saracens Bandeirantes (Band-Sarries) contratou o técnico neozelandês Jacob Mangin, o Jake, apresentado nesta terça-feira (13) no campo do Ibirapuera. O objetivo dos dirigentes do tradicional clube é de que o time adulto principal possa enfrentar 2015 com mais eficiência e superar os obstáculos da temporada que começa com o Brasil Sevens, em fevereiro, passa pelo Campeonato Paulista e termina com o Super 8, o Campeonato Brasileiro, principal meta da equipe rubro-negra.

Atualmente auxiliar-técnico da seleção brasileira de Sevens, em preparação para os Jogos Olímpicos Rio-2016, Jake volta a pisar em um terreno bem conhecido por ele. O neozelandês de 33 anos jogou no Band-Sarries e treinou a equipe M19 em 2010 e 2011. “O time tem qualidade, não há muito o que mudar. É forte e inteligente. Falta apenas acertarmos detalhes técnicos e táticos para finalizar o adversário e vencer os jogos”, analisou Jake com base nas partidas que assistiu em 2014.

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“É muito bom retornar e ver jogadores que trabalharam comigo no M19 como, Rodrigo e JP, defendendo o time principal”, enalteceu Jake com os planos já traçados para o ano. Vamos usar o Paulista como pré-temporada para o Super 8, nossa prioridade, mas pela tradição do Band-Sarries queremos chegar pelo menos ao “top four” (semifinais) em todos os campeonatos que disputarmos”.

A força da Nova Zelândia, país onde o rugby e a vela são os esportes mais populares, vai reger o Band-Sarries. O também neozelandês Josh Reeves, de 29 anos, integrante da comissão técnica desde setembro de 2014, permanecerá como treinador das equipes de sevens, masculina e feminina, além de atuar como jogador. “As meninas evoluíram técnica e culturalmente em relação aos nossos valores. Encerraram a temporada com muito mais confiança. E quando você está seguro e consciente de seu potencial, fica bem mais fácil para jogar”, asssegurou Josh, companheiro de Jake no Shirley Rugby Premier, time de Christchurch, na Nova Zelândia, onde ambos moravam.

Fora de campo – Outra novidade é a chegada do diretor esportivo, responsável por todas as categorias competitivas. O novo cargo será destinado a Marcos Proença Domingues, ex-jogador com muitos títulos conquistados, além de já ter desenvolvido projeto vitorioso com o M19. A experiência de Domingues deve fortalecer a administração do clube.

“Um dos meus principais objetivos será a captação de atletas. Quero deixar os meninos e meninas com a cara do Band-Sarries desde cedo, o que facilita o trabalho na transição para as demais categorias”, revelou Domingues, um dos fundadores do clube, em 1983. “Neste ano, por exemplo, nove jogadores que atuaram no M19 em 2014 subiram para o principal”. O elenco do Band-Sarries inicia a temporada com 40 atletas para uma carga anual de aproximadamente 30 jogos.

Sempre em sintonia com o presidente do clube, Joaquim Gabriel Mina, o CEO do Band-Sarries, Antonio Martoni, aproveitou o evento para destacar o bom ano de 2014 do time feminino, as Bandetes, bem como o crescimento das categorias de base, sempre tratadas com prioridade pelo clube. “Seguramente a categoria feminina foi a que mais se projetou internamente. Tenho a certeza de que mais títulos e muitos jovens atletas chegarão ao Band-Sarries em 2015”, garantiu o dirigente. “Vale salientar que alguns jogadores menores de 21 anos disputam vaga para clínica de um mês em Londres, no Centro de Treinamento de nosso parceiro, o Saracens, com possibilidade de profissionalização na Inglaterra”, lembrou.

“Na base, desenvolvemos categorias do M8 ao M19, o que significa muito trabalho, envolvimento do clube e qualificação dos jovens, para que tenhamos um futuro promissor”, avaliou Martoni. “Após movimentarmos mais de 2.200 crianças em 2014, o projeto para este ano é de ampliarmos as clinicas do Band-Sarries destinadas às escolas públicas e privadas, além de firmarmos parcerias com colégios da região”, anunciou um dos maiores entusiastas do rugby brasileiro.

 

Foto: ZDL/Divulgação