Foto do primeiro amistoso de Rugby League 13s na história do Brasil, entre Band Saracens e Tatuapé. Foto: Lucas Sakai

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Sábado, dia 27, será histórico para o Rugby League – o rugby de 13 jogadores – brasileiro. Terá início o 1º Campeonato Brasileiro de Rugby League 13s, no Campo do Parque das Águas, em São Lourenço (MG).

O time da casa dará o pontapé inicial das semifinais recebendo o Tatuapé, de São Paulo. Depois, o Bandeirantes, também de São Paulo, duelará com o Rio de Janeiro XIII, o time carioca focado no Rugby League.

Os vencedores das semifinais vão fazer a final ainda em data e local a serem anunciados. Mas os perdedores se enfrentaram no próprio sábado pelo 3º lugar.

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O evento ainda contará com um amistosos feminino envolvendo as atletas que pleiteiam um lugar na futura seleção brasileira da modalidade.

“Realizaremos uma avaliação física dos atletas em parceria com a faculdade de educação física local, além de alguns testes físicos, nos jogos teremos a presença de alguns australianos, ingleses e samoanos, que tenho certeza que elevarão o nível da competição e deixarão os jogos muito duros e competitivos” ” O processo de organização esta sendo muito bom, a Prefeitura e os patrocinadores locais têm apoiado muito e teremos a presença de todo staff da Confederação, será uma grande festa, que tornará o Brasil Membro Afiliado da RLIF após este torneio de 13s, ou seja a expectativa é a melhor possível”, comentou Hugo Froes, presidente da Confederação Brasileira de Rugby League.

 

Semifinais

09h00 – São Lourenço x Tatuapé

13h00 – Rio de Janeiro x Bandeirantes

 

3º lugar

15h00

 

Final

Em data a ser definida

 

E para aquecer, confira o vídeo de Band 62 x 16 Tatuapé, o amistoso que foi o primeiro jogo da modalidade disputado no Brasil.

 

O que é o Rugby League?

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes e organizada por entidades distintas do Union. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union que reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França, onde segue bem abaixo do Union.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não é usado sistema de pontos bônus nas tabelas de classificação. A vitória vale 2 pontos, o empate 1 e a derrota 0;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;