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No dia 21 de abril, próximo sábado, terá início finalmente a Major League Rugby, a nova liga profissional dos Estados Unidos. A expectativa é grande para a competição, que começaram “low profile”, apostando em poucas contratações internacional (mas boas, como o capitão fijiano do título olímpico Kolinisau e o ídolo americano Ngwenya), foco nos talentos locais e estádios modestos, entre 3 e 6 mil lugares, buscando criar um ambiente comunitário forte para as partidas.

Torneio com os pés no chão, mas não por isso menos profissional. O grande trunfo da MLR para a sua temporada inaugural foi a parceria com a ESPN para a transmissão dos jogos nos Estados Unidos, online ou na TV.

A MLR será a segunda tentativa dos EUA de criarem uma liga profissional de rugby. Em 2016, o país teve o lançamento da PRO Rugby, que durou apenas uma temporada e fechou com prejuízo e controvérsias. A grande diferença agora entre a MLR e a PRO é que a MLR foi fundada por uma mescla de clubes já existentes – que criaram suas próprias franquias profissionais, como nos casos de Seattle, Glendale e Austin – e equipes fundadas do zero por empresários locais. Cada equipe tem um percentual da liga e novos times ingressantes deverão pagar para entrarem na MLR no futuro. Já as equipes da PRO eram todas pertencentes à própria liga – e o modelo não deu certo.

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O futuro da MLR inclusive já está sendo planejado, com uma equipe em Nova York já confirmada para 2019, enquanto Dallas e Toronto (Canadá) negociam admissão. Já há rumores sobre São Francisco, Boston e Vancouver também.

 

Formato

  • 7 equipes, que disputam 8 partidas. Cada equipe enfrenta todos os oponentes 1 vez e joga 2 vezes contra 2 times;
  • A temporada regular tem 10 semanas, de 21 de abril a 23 de junho. Cada time folgará em 2 semanas. Não haverá pausa na liga para os jogos da seleção dos Estados Unidos em junho;
  • Os 4 primeiros colocados avançarão às semifinais, disputas no dia 30 de junho, em rodada dupla no Infinity Park, em Glendale, região de Denver;
  • Grande final no dia 7 de julho, no Torrero Stadium, em San Diego;

 

Equipes

Austin Elite

Cidade, Estado: Austin, Texas

Estádio: Round Rock MPC (3.000 lugares)

Destaques: Austin conta com os irmãos Suniula, de muita história na seleção dos EUA, além de uma dos melhores jogadores do país no momento, o terceira linha Hanco Germishuys, forward artilheiro do ARC 2018;

 

Glendale Raptors

Cidade, Estado: Glendale/Denver, Colorado

Estádio: Infinity Park (5.000 lugares)

Destaques: A equipe da região de Denver conta com atletas importantes na criação da seleção estadunidense; o scrum-half Shaun Davies, o abertura Will Magie e o centro Bryce Campbell;

 

Houston SaberCats

Cidade (Estado): Houston (Texas)

Estádio: Dyer Stadium (6.000 lugares)

Destaques: Os SaberCats impressionaram na preparação, com públicos superior a 5 mil pessoas. O time foi o que contratou a maior estrela estrangeira para a liga: Osea Kolinisau, capitão de Fiji no Rio 2016. Houston ainda terá o pilar irlandês Adam Macklin, que tem no currículo 30 jogos por Ulster;

 

New Orleans Gold

Cidade, Estado: Nova Orleans, Luisiana

Estádio: Eagle Athletic Facility (3.000 lugares)

Destaques: O NOLA Gold buscou reforços mais perto de casa, com a vinda do importante pilar canadense Hubert Buydens e do segunda linha chileno Nikola Bursic, além do abertura americano JP Eloff, um dos líderes do time;

 

San Diego Legion

Cidade, Estado: San Diego, Califórnia

Estádio: Torrero Stadium (6.000 lugares)

Destaques: O representante californiano da liga apostou em fortalecer seu elenco com Eagles e repatriou um dos grandes nomes da história do rugby dos EUA, o ponta Taku Ngwenya, que por tantos anos jogou no rugby francês. Além dele, outros nomes experientes da seleção desembarcaram em San Diego: o oitavo Cam Dolan, o pilar Tony Purpura, o scrum-half Nate Augspurger, o ponta e fullback Mike Te’o e o abertura Ben Cima. Time forte;

 

Seattle Seawolves

Cidade, Estado: Seattle, Washington

Estádio: Starfire Stadium (4.500 lugares)

Destaques: Já o Seattle Seawolves – equipe agora parceria dos Crusaders, da Nova Zelândia – aproveitou a proximidade geográfica com o Canadá e contratou nada menos que 8 jogadores do país vizinho, entre eles o capitão e scrum-half canadense Phil Mack e o hooker Ray Barkwill. Mas, a grande contratação de Seattle foi o ídolo do sevens inglês Matt Turner;

 

Utah Warriors

Cidade, Estado: Salt Lake City, Utah

Estádio: Zions Bank Stadium (5.000 lugares)

Destaques: Salt Lake City é uma das cidades dos Estados Unidos com o maior número de polinésios e, não por acaso, os Warriors trouxeram 4 jogadores de Tonga, entre os quais Fetu’u Vainikolo, ponta com passagem pelos Highlanders, do Super Rugby, e pelo Exeter Chiefs, da Inglaterra. Mas, bons nomes estadunidenses também estão no grupo, como o centro Paul Lasike e o oitavo David Tameilau.