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A Confederação Brasileira de Rugby League (CBRL) deu um passo a mais. A entidade, fundada há 1 ano (1º de junho de 2018) teve duas conquistas neste mês.

A primeira foi ser reconhecida oficialmente pelo ONED, a Organização Nacional das Entidades do Desporto, entidade que congrega as federações esportivas não olímpicas no Brasil. O ONED representa tais entidades no conselho da Secretaria Especial do Esporte (antigo Ministério do Esporte).

Com tal reconhecimento, a CBRL teve confirmada sua promoção de filiação dentro da RLIF – a Federação Internacional de Rugby League. Até então o Brasil era um membro observador e, com isso, não estava apto vaga na Copa do Mundo de Rugby League.

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Com o apoio de um órgão oficial do governo, a CBRL agora é membro afiliado da RLIF, o segundo nível de filiação da entidade, que já permite ao Brasil receber recursos da RLIF, bem como participar de Mundiais.

“O Brasil agora poderá participar dos eventos oficiais, como Copa do Mundo e Americas Cup, além de receber mais apoio da RLIF nos eventos internos. O próximo passo é tornar-se Membro Pleno, então teremos apoio nas viagens”, comentou Hugo Froes, presidente da CBRL. ” Fomos o país que se tornou mais rápido Membro afiliado, na história do esporte”.

Apenas países 18 são membros plenos: Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Fiji, Samoa, Tonga, Ilhas Cook, Inglaterra, França, Gales, Escócia, Irlanda, Rússia, Ucrânia, Sérvia, Líbano, África do Sul e Jamaica. Um dos critérios para ser membro pleno é ter campeonato principal masculino com 8 clubes, segunda divisão com 4, feminino com 4 e juvenil com 6.

 

Clubes no Brasil

 ClubeCidade Estado Rede social
Baixo GuanduBaixo GuanduES
MelinaCuiabáMTInstagram
Vila NovaGoiâniaGOInstagram
Maringá HawksMaringáPRFacebook
Rio SharksRio de JaneiroRJFacebook
Rio WarriorsRio de JaneiroRJFacebook
WolvesSanta Bárbara d'OesteSPInstagram
Minas MinersSão LourençoMGFacebook
UrutauSão José dos PinhaisPRFacebook
São Paulo RaidersSão PauloSPInstagram
Vitória RhinosVitóriaESInstagram
TaubatéTaubatéSPFacebook
FênixUmuaramaPR

 

O que é o Rugby League?

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a RLIF – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;