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duncan randall

Para falar sobre o título do SPAC no Super 10, Gustavo Gaiofato, do Portal do Rugby, entrevistou Duncan Randall, direto do SPAC Rugby. Confira a entrevista;

 

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1 – Ao que se deve a passagem do SPAC de uma campanha ruim no Paulista à melhora rodada a rodada no Super 10 até ser campeão?

Acho que a falta dos jogadores principais devido aos compromissos com a seleção. Mesmo quando retornaram, muitos estavam desgastado ou com lesões. Depois faltou ainda entrosamento pela falta de jogar e treinar juntos.
 
 
2 – O que mudou no time do primeiro semestre para o segundo semestre?
 
Ganhamos um novo treinador que focou bastante no nosso físico.  Voltamos a exigir dos jogadores um aspecto muito importante, o valor do rugby.  Os treinos se tornaram mais dinâmicos e, com isso, houve mais assiduidade por parte dos jogadores. Tudo isso ajuda um treino melhor.
 
 
3 – Para você, houve algum momento crucial para a temporada? Qual foi a contribuição da primeira vitória sobre o Pasteur no ano para o time se tornar campeão?
 
Acho o  momento crucial foi quando o novo técnico começou. Os resultados não foram imediatos, mas todo mundo estava disposto a trabalhar e o resultado veio. É sempre bom ganhar, ainda mais contra um time como Pasteur, um time de muita história e experiência. Aquele jogo foi importante porque precisávamos ganhar para nos qualificarmos, e não pode significar algo mais. Todos os jogos fizeram parte do construção do time que se tornou campeão. 

4 – Como você analisa as vitórias históricas na semifinal contra o São José e na final contra o Pasteur?

Estávamos prontos para levar o campeonato e tínhamos que passar por eles de qualquer jeito.  Se fosse o Pasteur no semifinal, depois teríamos que ganhar do São José também.  O Super 10 está cada vez mais equilibrado e todos os jogos sao difíceis. O Pasteur mostrou que final é final, ninguém entra para perder. Ganharmos do São José mostrou que ninguém é invencível. O São José trabalha muito bem e é uma referência, para ganhar deles tem que trabalhar muito.

5 – Como será o trabalho daqui para frente, depois do título?

Comentei com os jogadores que ganhar não é o mais dificil, o mais dificil é ficar em cima.  Isso vai ser nossa meta.  Continuar como referência nacional em todos os aspectos do esporte.  

 

6 – O que você avalia ser o mais importante nos treinos? A bagagem que os atletas do SPAC trazem dos treinos nas seleções nacionais têm alguma influência?

Neste momento, ainda não há tanta transferência de conhecimento. Os jogadores têm que se adaptar ao que a seleção quer, mas isso ainda não foi passado aos clubes. Os jogadores muitas vezes retornam lesionados.  Precisamos alinhar melhor os clubes e a CBRu sobre os treinos para não perder os poucos joagdores que temos por lesões, over-training etc.

7 – O que você espera da temporada de sevens que se aproxima?

Acho que vai ser muito disputado também. No ano passado aponto vários times supresas. Muitos clubes têm atletas de ponta que não aparecam no XV, mas vão destacar no 7s, uma modalidade que exije mais individualmente.   

8 – Você acha que com o título do SPAC e o espaço cada vez maior do rugby na mídia e no esporte brasileiro, haverão mais clubes e estes darão maior atenção ao Rugby, incluindo o SPAC?

A midia certamente ajuda muito no esporte, mas no curto prazo os times de elite ainda vão chamar mais atenção.  Outros clubes podem criar mais interesse nas suas regiões criando eventos como o Beach 7s do Morro de São Paulo.