Henrique-Platais

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Não foram apenas os atletas Tupis que tiveram uma experiência inédita nos Jogos Mundiais, em Cali (Colômbia), realizado entre 25 de julho e 4 de agosto. O brasileiro Henrique Platais, de 25 anos, também viveu um momento especial em sua carreira. Platais, árbitro de rugby desde 2006, apitou seis jogos da competição, incluindo a final do torneio, entre África do Sul e Argentina. Os sul-africanos levaram a melhor e venceram o duelo no Estádio Olímpico Pascual Guerrero por 33 x 24.

“Acredito que, até o momento, esse foi o principal jogo apitado na minha carreira. Venho trabalhando duro e, graças também ao trabalho de muitas pessoas, 2013 tem sido um ano de grandes conquistas para a arbitragem no Brasil. Sabia da minha responsabilidade e do trabalho de tantos anos para que isso viesse acontecer. Antes de entrar em campo na final falei com as pessoas que mais prezo e me mais me apoiaram nesse processo. Quando entrei em campo, levei esse apoio comigo e as coisas ficaram mais fáceis”, revelou Platais.

Na primeira fase, o árbitro carioca apitou três jogos. A abertura da competição entre África do Sul e Colômbia, vencida pelos Springboks por 43 x 0, além de Canadá 43 x 0 Colômbia e França 14 x 28 Argentina. Na fase final, Platais comandou mais três partidas, uma em cada fase da Taça Ouro. Nas quartas de final esteve em campo no jogo Argentina 49 x 5 Colômbia. Na semifinal apitou a vitória da Argentina sobre o Canadá por 19 x 7 e encerrou sua participação ao comandar a decisão do torneio.

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“Minha experiência na Colômbia foi inesquecível. Embora seja um evento de esportes não olímpicos, o World Games em si tem um ar de Olimpíada. Viver esse ambiente em Cali e representar o Brasil, não tem preço”, relatou Henrique Platais. Esta foi a última participação do rugby na competição internacional, uma vez que em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro, a competição passa a integrar a programação oficial das Olimpíadas.

Platais é a prova de que a arbitragem brasileira tem evoluído no rugby. Os Jogos Mundiais foram a terceira grande competição na carreira do fluminense, apenas em 2013. Ainda nesta temporada, esteve no Troféu Mundial Júnior, em Temuco, no Chile, e na Copa do Mundo de Rugby Sevens (RWCS), em Moscou, na Rússia. “Fui progredindo ao longo do torneio. Tive bom suporte e consegui melhorar a cada jogo, de modo que na última partida estava seguro e tive minha melhor apresentação. Saí contente, mas ainda tenho muito espaço para evoluir”, analisou.

Ex-jogador do Niterói Rugby, onde jogou até 2010, Henrique foi o primeiro árbitro brasileiro da modalidade a participar do Programa de Otimização de Talentos (TOP) da Federação Mundial de Rugby, em julho de 2011, na África do Sul. O programa busca identificar e polir os novos talentos do esporte na área de educação, treinamento e arbitragem. “O TOP é um marco na vida de qualquer árbitro. Comigo não foi diferente. O aprendizado que adquirimos é importantíssimo. No entanto não é apenas isso o que conta. Muitas pessoas do “lado de cá do Atlântico” foram agentes fundamentais nessa evolução acelerada que estou vivendo desde 2011. Não posso mencionar todos, mas em especial o Xavier Vouga teve um papel fundamental nesse processo que se iniciou em 2008″, reconheceu o juiz.

Escrito por: ZDL