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O Portal do Rugby segue sua prévia de artigos especiais para o Super 10 com o Niterói RFC, do Rio de Janeiro. Rafael de Luna falou sobre a preparação do hexacampeão nacional (1976, 1979, 1983, 1984, 1986, 1990), que busca quebrar o jejum de títulos.

 

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– Neste início de ano, o Niterói tropeçou diante do Rio Rugby no estadual e está arriscado de perder o título que há tantos anos é seu. Quais as dificuldades que o clube vem enfrentando no início do ano?

O Niterói Rugby está passando por um processo de renovação nos últimos anos. Em 2008, foi vice-campeão brasileiro com um time bastante experiente. Desde então, tem investido em categorias de base e renovado seu plantel – a união com o UFF Rugby fez parte dessa estratégia. Desse modo, temos um time ainda jovem, com muitos jogadores que começaram no rugby universitário, mas que apesar de alguns maus resultados nos dois últimos campeonatos nacionais, vêm melhorando muito. A derrota contra o Rio Rugby é natural, tanto da renovação do time, quando do desenvolvimento das demais equipes fluminenses, o que é muito sadio e importante para o Niterói Rugby. A tendência é que o Estadual felizmente seja cada vez mais disputado, mas o Niterói não tem medo de perder sua hegemonia no Estado, pois certamente ainda é a equipe mais forte do Rio de Janeiro.

 
– Em 2011, o Niterói terminou na lanterna do Super 10, mas deu mostras de melhoras em 2012. O que esperar da equipe ara 2013? Quais as diferenças do time com relação aos anos passados?
 
O resultado em 2011 fez parte do processo de renovação mencionado. Boa parte do elenco daquele ano disputava pela primeira vez o Super 10. Ano passado, mesmo com um time ainda jovem e inexperiente, montamos uma equipe mais competitiva. Tivemos muita dificuldades de pontuar e os placares do último campeonato muitas vezes não refletiram o equilíbrio em campo. Temos certeza que esse anos iremos melhorar ainda mais, explorando um novo sistema tático e mantendo os pontos positivos (como a linha rápida e um line eficiente), jogando de igual para igual, como o Niterói sempre fez, com todos os adversários. 
 
 
– O que vem sendo trabalhado especificamente para o Super 10? Quais os pontos fortes e os pontos fracos da equipe?
 
O jogo de mão sempre foi um diferencial do Niterói e isso está sendo explorado. A equipe deste ano está mais equilibrada, alternando jogadores mais jovens com outros mais experientes. Além disso, acredito que não teremos mais os efeitos da ansiedade e nervosismo que muitos jogadores sentiram ao estrear no campeonato nacional. Estamos trabalhando ainda para melhorarmos nossa defesa e tomarmos menos tries do que no último Super 10.
 
A equipe não apresenta no elenco muitas diferenças em relação ao ano passado, com exceção de alguns jogadores lesionados e outros que retornam de lesões. Temos investido muito na categoria de base, mas praticamente todo o nosso juvenil ainda é Sub-18, não podendo ainda estrear no Super 10.
 
 
– Teremos novidades no elenco? O time vem se renovando? Como vem sendo o trabalho na base e seus efeitos no time principal?
 
O crescimento do rugby no estado têm se refletido no surgimento de novos times em cidades que ainda não tinham clubes. Entretanto, como no resto do Brasil, esses novos times têm revelado dificuldades de continuidade. Assim, o Niterói ainda é a principal referência na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Ano passado alguns jogadores de outros clubes se mostraram interessados em integrar o Niterói para disputar o Super 10. Este ano isso também irá acontecer, embora dentro do limite de 3 jogadores determinado pelo regulamento do campeonato. Fora de campo, nossa principal preocupação é viabilizar a construção de uma sede para o clube na cidade.
 
Temos um time juvenil que vêm jogando junto há pelo menos 3 anos, mas a média de idade ainda é de 17 anos. A renovação também foi muito importante para o time feminino, já que nossas melhores jogadoras tinham uma média de idade de 25 anos. Acreditamos que o efeito desse trabalho no time adulto masculino começará a ser sentido somente em 2014 ou 2015.