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Faltam somente 10 dias para o Super 10! A entrevista de hoje é com Duncan Randall, presidente do SPAC, o maior campeão brasileiro de Rugby. Veja o que os ingleses preparam para a principal competição do ano.

PdR – No ano passado, o SPAC teve uma temporada exuberante, mas o início de 2013 vem sendo ruim. A que se deve a queda? 

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Muitos jogadores na seleção e alguns com lesões – isso se nota pelos resultados diferentes quando estamos com time completo e quando ficamos sem os jogadores de seleção.

 

PdR – Como o SPAC vem se planejando para o Super 10? O time terá novidades? 

Estamos trabalhando bastante o game plan, vamos buscar ter o time bastante equilibrado sem depender apenas nos forwards ou nos backs

 
 
PdR – Quais os pontos fracos e os pontos fortes do time? Quais os atletas que poderão despontar? 
 
Precisamos ter mais jogadores ainda. O ideal é ter 35 jogadores experientes mas ainda não temos. Mesmo assim, o time já jogou um certo tempo junto e está bem entrosado. Esperamos que os jogadores da seleção despontem mais, mas talvez teremos surpresas com alguns jogadores novos.
 
 
PdR – Como reduzir a dependência dos atletas das seleções? E qual vem sendo a sintonia entre o trabalho realizado no clube com o realizado pelas seleções? Há intercâmbio no trabalho? 
Ainda falta diálogo entre a CBRu, Federações e clubes. Isso é importante para o esporte crescer com qualidade. Os clubes tem que ter um elenco maior para nao sentir a falta dos jogadores da seleção. Foram convocados doze jogadores do SPAC, isso é um numero muito grande.
 
 
PdR – Quais as metas para o Super 10? 
 
Esperamos melhorar da nossa companha de 2012 (ou seja, ser campeão).
 
 
PdR – É possível medir o impacto do fator casa para o SPAC? O clube tem talvez o melhor campo do país e nunca precisa mudar seu mando de jogo. 
Jogar em casa sempre é melhor, mesmo pela infra-estrutura.  O fator casa não muda muito, exceto pela comodidade. Tendo uma infra razoável, jogamos emqualquer lugar. A falta de opções disso atrapalha o crescimento do esporte no país.
 
 
PdR – Os juniores recém promovidos do M18 campeão paulista sofreram no Paulista adulto, onde os requisitos físicos são maiores. Acha que vão sentir mais pressão ainda no Super 10? 
 
Isso é normal aqui no Brasil, o país não tem muita tradição no esporte ainda. Lá fora, os juniores começam bem mais cedo e compensam o tamanho com técnica e acabam sofrendo menos lesões. Eles também começam a jogar com os adultos em jogos mais fáceis ou pelo 2o ou 3o time para ganhar experiência. Aqui no Brasil, não tem muito esta possibilidade. Os exemplos disso seriam o Leco, Alemão, João Neto e o Jardel “Cocasso”. Subiram direto sem problemas e começaram mais novos que a maioria. Atletas que jogaram apenas um ou dois anos antes de subir para adulto sentiram mais dificuldades.