Foto: World Rugby

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As 5 melhores seleções do planeta no XV feminino irão a campo nessa sexta-feira, dia 28, na Califórnia para a abertura da World Rugby Women’s Super Series, uma nova (na verdade, remodelada) competição que promete começar a mudar a cara da modalidade.

A Super Series de 2019 foi desenhada a fim de opor Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra e França (as 5 mais destacadas seleções do momento) em um sistema de todas contra todas, provendo 4 jogos de alto nível para os países que hoje lideram o desenvolvimento do XV feminino mundial. Neste ano, todos os jogos serão no complexo esportivo de Chula Vista, em San Diego (Estados Unidos).

Os jogos serão transmitidos ao vivo na  FLO RUGBY,

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Largada e favoritismo

No primeiro dia, os Estados Unidos enfrentarão a Inglaterra e o Canadá duelará com a Nova Zelândia. As duas seleções norte-americanas são as menos badaladas do momento e irão à primeira rodada em busca de superação, como francas atiradoras. Isso porque os EUA venceram apenas uma vez na história a Inglaterra, na final da Copa do Mundo de 1991 – desde então, as Red Roses venceram sempre e por boas margens. Já o Canadá simplesmente jamais derrotou a Nova Zelândia, com as Black Ferns também sempre soberanas nas partidas.

Inglaterra e Nova Zelândia aparecem como as grandes favoritas ao título. As neozelandesas venceram as inglesas na final da Copa do Mundo de 2017, naquele que foi o último confronto das duas potências. Mas, no jogo anterior, a vitória havia sido das Red Roses, que voltaram a sorrir em 2019, sendo campeã do Six Nations Feminino.

Porém, a França também vai forte ao torneio, na cola de Inglaterra e Nova Zelândia. As francesas foram campeãs do Six Nations em 2018, mesmo ano que derrotaram a Nova Zelândia em amistoso.

No momento, o Ranking Mundial Feminino tem o seguinte Top 5: 1 Nova Zelândia, 2 Inglaterra, 3 Canadá, 4 França, 5 Estados Unidos.

 

Estados Unidos em renovação

As Eagles jogarão a Super Series com um elenco renovado, pensando na Copa do Mundo de 2021. Para os desafios, o técnico Rob Cain chamou 28 atletas, das quais 7 são debutantes na seleção, incluindo 3 jogadoras que apareceram bem no sevens do país: Ashley Byrge, Bulou Mataitoga e Neariah Persinger.

Avançadas: Catie Benson (Life West), Charli Jacoby (Chicago North Shore), Nick James (HARC), Hope Rogers (USA Sevens), Katy Augustyn (Berkeley All Blues), Joanna Kitlinski (Glendale Merlins), Stacey Bridges (Beantown), Nicole Strasko (Life West), Alycia Washington (New York RC), Elizabeth Cairns (Life West), Rachel Johnson (ORSU), Asinate Serevi (Scion), Joyce Taufa (Lindenwood), Kate Zackary (c) (San Diego Surfers);

Linha: Ashlee Byrge (USA Sevens), Olivia Ortiz (Davenport), Gabby Cantorna (Glendale Merlins), Katana Howard (Twin City Amazons), Bui Baravilala (San Diego Surfers), Amy Naber-Bonté (Life West), Eti Haungatau (USA Sevens), Emily Henrich (Dartmouth), Alev Kelter (USA Sevens), Jennine Duncan (Seattle Saracens), Bulou Mataitoga (Berkeley All Blues), Neariah Persinger (Tulsa), Kristen Thomas (USA Sevens);

 

Canadá dando continuidade

O Canadá segue mantendo separados seus elencos de XV e sevens e o técnico Sandro Fiorino apostou em 30 atletas que já vinham atuando pela seleção em 2018. Porém, são somente 10 nomes que jogaram a Copa do Mundo de 2017.

 

Avançadas: Olivia DeMerchant (Fredericton Loyalists), Veronica Harrigan (London St. George’s), Maude Laliberté (CRQ), DaLeaka Menin (Calgary Hornets), Gillian Boag (Capilano), Laura Russell (c) (Toronto Nomads), Tyson Beukeboom (Cowichan Piggies), Ngalula Fuamba (TMR), Courtney Holtkamp (Red Deer Titans), McKinley Hunt (Aurora Barbarians), Sophie de Goede (Castaway Wanderers), Fabiola Forteza (CRQ), Jacey Grusnick (Barrhaven Scottish), Gabrielle Senft (Castaway Wanderers), Janna Slevinky (Kingston Panthers), Sara Svoboda (Toronto Saracens);

Linha: Lori Josephson (Guelph Redcoats), Brianna Miller (SABRFC), Taylor Black (Oakville Crusaders), Anaïs Holly (TMR), Sara Kaljuvee (Toronto Scottish), Alex Tessier (SABRFC), Marie Thibault (CRQ), Amanda Thornborough (Westshore), Alysha Corrigan (Charlottetown RFC), Paige Farries (Westshore), Marie-Pier Fauteux (Sherbrooke Abénakis), Sabrina Poulin (TMR), Elissa Alarie (SABRFC), Irene Patrinos (Toronto Saracens);

 

Nova Zelândia favorita, mas com caras novas

As Black Ferns vão à Califórnia como as favoritas ao título, pelo histórico de superioridade sobre as oponentes. O time de 30 nomes do técnico Glenn Moore vive renovação, com nada menos que 8 novatas no grupo. O setor mais renovado é a primeira linha, com 3 debutantes para cobrirem as ausências de Itunu (lesionada) e Fa’amausili (aposentada). Porém, a renovação se faz com a manutenção de nomes de referência, como Kendra Cocksedge, Selica Winiata, Kelly Brazier e Carla Hohepa.

 

Avançadas: Phillipa Love (Canterbury), Toka Natua (Waikato), Aleisha-Pearl Nelson (Auckland), Leilani Perese (Counties Manukau), Olivia Ward-Duin (North Harbour), Forne Burkin (Canterbury), Luka Connor (Bay of Plenty), Te Kura Ngata-Aerengamate (Counties Manukau), Eloise Blackwell (Auckland), Karli Faneva (Bay of Plenty), Joanah Ngan-Woo (Wellington), Charmaine Smith (Auckland), Lesley Elder (c) (Bay of Plenty), Charmaine McMenamin (Auckland), Marcelle Parkes (Wellington), Kennedy Simon (Waikato), Pia Tapsell (North Harbour);

Linha: Kendra Cocksedge (Canterbury), Arihiana Marino-Tauhinu (Counties Manukau), Chelsea Alley (Waikato), Kelly Brazier (Bay of Plenty), Krysten Cottrell (Hawke’s Bay), Ruahei Demant (Auckland), Theresa Fitzpatrick (Auckland). Carla Hohepa (Waikato), Ayesha Leti-I’iga (Wellington), Natahlia Moors (Auckland), Alena Saili (Southland), Renee Wickliffe (Bay of Plenty), Selica Winiata (Manawatu);

 

Inglaterra experiente

As Red Roses querem de todo modo o título do torneio, para entrarem em 2020 (véspera de Mundial) em seu melhor. O técnico Simon Middleton nomeou força máxima, com a base do time campeão do Six Nations de 2019. A referência Sarah Hunter é a capitã, mas o time tem desfalques por lesões, como Vicky Fleetwood, Amy Cokayne, Jess Breach, Rachael Burford ou Katy Daley-Mclean, todas atletas importantes de fora. Ainda assim, há muita experiência no elenco, com 14 atletas vice campeãs mundiais de 2017.

 

Avançadas: Sarah Bern (Bristol), Hannah Botterman (Saracens), Vickii Cornborough (Harlequins), Chloe Edwards (Harlequins), Ellena Perry (Saracens), Lark Davies (Worcester), Heather Kerr (Darlington Mowden Park), Clara Nielson (Bristol), Zoe Aldcroft (Gloucester-Hartpury), Cath O’Donnell (Loughborough), Abbie Scott (Harlequins), Sarah Beckett (Waterloo), Poppy Cleall (Saracens), Sarah Hunter (c) (Loughborough), Marlie Packer (Saracens);

Linha: Natasha Hunt (Gloucester-Hartpury), Claudia MacDonald (Wasps), Leanne Riley (Harlequins), Zoe Harrison (Saracens), Emily Scott (Harlequins), Tatyana Heard (Gloucester-Hartpury), Amber Reed (Bristol), Emily Scarratt (Loughborough), Carys Williams (Loughborough), Sarah McKenna (Saracens), Kelly Smith (Gloucester-Hartpury), Lydia Thompson (Worcester), Lagi Tuima (Bristol);

 

França com força máxima

As Bleues terão treinador novo para o torneio, Stéphane Eymard, que apostou em começar seu trabalho dando continuidade ao que já vinha sendo feito. O treinador contará com atletas renomadas do calibre da melhor do mundo de 2018 Jessy Tremoulière, fullback, e um pack invejável de Safi N’Diaye, Lenaig Corson e Romane Ménager. A desvantagem da França é folgar na rodada inicial e encarar uma saquência de 4 partidas sem pausa, enquanto inglesas e neozelandesas terão suas pausas no meio do torneio.

 

Avançadas: Lise Arricastre (Lons), Annaëlle Deshayes (Rouen), Célia Domain (Blagnac), Clara Joyeux (Blagnac), Agathe Sochat (Montpellier), Caroline Thomas (Romagnat), Laure Touyé (Blagnac), Lénaïg Corson (Stade Français), Audrey Forlani (Blagnac), Fiona Lecat (Toulouse), Safi N’Diaye (Montpellier), Julie Annery (Bobigny), Axelle Berthoumieu (Blagnac), Coumba Diallo (Stade Français), Gaëlle Hermet (Toulouse), Romane Menager (Montpellier), Laure Sansus (Toulouse);

Linha: Pauline Bourdon (Bayonne), Camille Cabalou (Toulouse), Emma Coudert (Romagnat), Camille Imart (Toulouse), Morgane Peyronnet (Montpellier), Gabrielle Vernier (Lille), Cyrielle Banet (Montpellier), Caroline Boujard (Montpellier), Maëlle Filopon (Toulouse), Marine Ménager (Montpellier), Élise Pignot (Romagnat), Jessy Trémoulière (Stade Rennais);

 

*Horários de Brasília

Sexta-feira, dia 28 de junho

versus copiar

17h00 – Inglaterra x Estados Unidos, em San Diego – FLO RUGBY AO VIVO

Árbitro: Joy Neville (Irlanda)

Histórico: 17 jogos, 16 vitórias da Inglaterra e 1 vitória dos Estados Unidos. Último jogo: Inglaterra 57 x 05 Estados Unidos, em 2018 (amistoso);

 

versus copiar

20h00 – Canadá x Nova Zelândia. em San Diego – FLO RUGBY AO VIVO

Árbitro: Sara Cox (Inglaterra)

Histórico: 14 jogos e 14 vitórias da Nova Zelândia. Último jogo: Nova Zelãndia 48 x 05 Canadá, em 2017 (Copa do Mundo);

 

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02/07 – Nova Zelândia x Estados Unidos

 

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