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A Confederação Brasileira de Rugby publicou uma nota de esclarecimento após a notícia publicada sobre o fechamento da Academia de Alto Rendimento de Curitiba. Segue a nota na íntegra:

 

Em face de notícias recentemente tornadas públicas que não condizem com a realidade do Sistema de Alto Rendimento da CBRu, vimos, pela presente, prestar importante esclarecimento para a comunidade do rugby brasileiro.

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Entre outubro do 2014 e abril de 2015, a CBRu concebeu o Sistema de Alto Rendimento e implementou a contratação de staff para gerir 6 academias localizadas em 5 cidades: São Paulo, São José dos Campos, Niterói, Curitiba, Novo Hamburgo e Florianópolis.

 

As academias estão funcionando com aproximadamente 350 atletas treinando rotineiramente.

 

Os primeiros 6 meses de funcionamento das academias foi um período de aprendizado e evolução. Todos jogadores das academias identificados com potencial de alto rendimento foram avaliados com testes nutricionais (peso de gordura, peso ósseo, peso muscular e dobras), de força (exercícios de força máxima), de resistência (test aeróbicos, de reação, etc) e técnicos (habilidades).

 

Os jogadores seguiram um programa de treinamento individual de Alto Rendimento, visando uma melhoria significativa em todas as dimensões. Há jogadores que perderam 10kg de gordura, ganharam 10kg de músculos, melhoraram sprints em 20%, melhoraram habilidades, etc.

 

Relevantes recursos da CBRu são investidos na implementação do Sistema de Alto Rendimento.

 

É obrigação da CBRu garantir que os recursos sejam investidos corretamente. O funcionamento e o sucesso do Sistema de Alto Rendimento é avaliado com uma multiplicidade de métricas:

 

1) Presença de Adultos nas academias (>70%)

2) Presença de Juvenis nas academias (>70%)

3) Presença de Atletas Femininas nas academias (>70%)

4) Melhoria de força nos atletas que treinaram (3 testes)

5) Melhoria nutricional nos atletas que treinaram (2 testes)

6) Melhoria de resistência nos atletas que treinaram (7 testes)

7) Melhoria de performance nas habilidades posicionais (18 possíveis testes – depende da posição)

 

Todas as academias foram avaliadas inicialmente em março e, recentemente, em novembro.

 

Como resultado das medições e das interações diárias, a gestão técnica da CBRu concluiu que a Academia de Curitiba não estava produzindo resultados satisfatórios:

1) A quantidade de atletas adultos treinando frequentemente era insuficiente. (um a tres atletas adulto)

2) A quantidade de atletas juvenis treinando frequentemente era insuficiente (dois a cinco atletas juvenis)

3) Os atletas adultos que treinaram frequentemente tiveram piores resultados nos testes de novembro vs os testes de março, indicando uma deterioração nas suas condições físicas.

 

É dever da CBRu para a comunidade do rugby agir rapidamente para corrigir falhas e minimizar a perda de recursos. No caso específico da Academia de Curitiba foi avaliado que precisamos (i) primeiro, fazer um trabalho focado na detecção de talento na região, e (ii) depois, retomar o funcionamento da Academia. Somente assim poderemos garantir treinamentos produtivos, onde os atletas poderão se desenvolver de forma apropriada.

 

Em face do acima exposto, decidiu-se pelo fechamento temporário da Academia de Curitiba e pela realocação de recursos à detecção de talento na região.

 

Entendemos que o Estado do Paraná é uma região muito importante para o Rugby Brasileiro. O clube Curitiba é um exemplo de sucesso na região, todavia, não podemos financiar uma academia baseada no sucesso de um único clube.

 

As considerações acima foram repassadas pelo CEO da CBRu, Agustin Danza, aos representantes da Federação Paranaense de Rugby, Sr. Renato Dedini, Sr. Aluiso Dutra e Sr. Juarez Villela, detalhadamente, na Assembleia Geral Extraordinária realizada em São Paulo no dia quatro de dezembro passado.

 

A CBRu continua trabalhando ativamente para o crescimento do rugby brasileiro, a longo prazo claro, para garantir o sucesso das nossas iniciativas.

 

Atenciosamente,

 

Confederação Brasileira de Rugby

4 COMENTÁRIOS

  1. Que piada essa nota da cbru. Quando os outros clubes possui um jogador de elite se despontando e com chances a seleção, a primeira ação da CBRU é “realocar” o atleta para um clube de ponta. Afirma ser para um crescimento do atleta, mas esquece os clubes que não são da primeira casta. E assim vamos definindo o rugby brasileiro, com um modelo de desenvolvimento totalmente contrário ao aplicado nos outros países que começam a despontar.