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O World Rugby anunciou hoje um novo pacote de regras a serem testadas na temporada 2015-16 do rugby mundial. A entidade usará competições menores mas de bom nível para avaliar as regras novas e, caso sejam um sucesso, poderão ser oficializadas em 2017 e inseridas nas Leis do Rugby.

 

As regras experimentais foram longamente estudadas por um grupo de especialistas do World Rugby  e têm por objetivo manter o rugby evoluindo em acordo com as novas exigências físicas do rugby – prezando pela segurança dos atletas – bem como dinamizar o jogo e garantir a melhor qualidade do espetáculo.  Os testes e possíveis mudanças nas Leis do Rugby fazem parte de um ciclo de revisão promovido pelo World Rugby de quatro em quatro anos.

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Desde a temporada 2014-15, novas regras vem sendo testadas no NRC, o Campeonato Australiano, e na Welsh Premiership, o Campeonato Galês, e para a temporada 2015-16 os testes serão feitos também no Campeonato Francês de Aspirantes (o campeonato para equipes “B” do Top 14), no Campeonato do Exército Britânico, no Campeonato Interescolar Galês e em três competições de seleções: o Troféu Mundial Junior de 2016, a Nations Cup de 2016 e a Tbilisi Cup de 2016, além do Pacific Challenge do mesmo ano.

 

Confira as regras a serem testadas:

  • – o try passará a valer 6 pontos, enquanto a conversão permanecerá valendo 2 pontos;
  • – o penal try valerá 8 pontos e não será seguido de conversão;
  • – o chute de penalidade valerá 2 pontos;
  • – o drop goal valerá 2 pontos;
  • – caso o time sem a posse de bola fizer um scrum girar, um novo scrum será formado no local onde o scrum anterior foi interrompido;
  • – caso o time que esteja atacando cometer uma penalidade dentro do in-goal do oponente que devesse ser punida com um scrum, a equipe defensora ganhará a opção de chutar a bola para a lateral a partir dos 5 metros de defesa, além de poder escolher o scrum;
  • – no scrum, quando o árbitro der o primeiro comando “agachem”, os primeiras linhas deverão ficar ombro a ombro com os seus oponentes, mas não poderão empurrar a formação. Quando o árbitro der o comando de “segurem”, os primeiras linhas deverão posicionar corretamente seus braços, dividindo os dois primeiros tempos claramente. Formado o scrum, o árbitro dará o comando “já”, que deverá ser prontamente executado.
  • – ao introduzir a bola no scrum, o scrum-half poderá alinhar seu ombro com a linha que divide os dois lados do scrum, podendo, portanto, ficar mais próximo de sua equipe;
  • – o hooker poderá assinalar para o scrum-half do time que introduz a bola no scrum de que ele está pronto para receber a bola;
  • – caso uma equipe não tenha atletas de primeira linha suficientes para seguir com disputa nos scums, os scrum sem disputa serão formados obrigatoriamente com 8 atletas de cada lado;
  • – o maul deverá se mover adiante no máximo 5 segundos após ser formados. Caso contrário, um scrum será marcado;
  • – caso um penal seja marcado após o tempo de jogo se esgotar, a equipe que sofreu o penal poderá chutar a bola para a lateral e o alinhamento lateral poderá ser realizado, permitindo que o jogo prossiga;
  • – caso o árbitro deixe o jogo seguir após infração com vantagem para um dos lados e a vantagem acaba por conta de nova infração o árbitro consultará o capitão do time com a posse de bola sobre qual penalidade é mais vantajosa a seu time;
  • – o atleta que estiver fora de campo e receber a bola será considerado o responsável pela bola sair e o alinhamento lateral será formado a favor da equipe adversária;
  • – no sevens, infrações no kick-off poderão ser punidas com um free kick;

 

Clique aqui para acessar o documento oficial do World Rugby sobre as regras experimentais.

 

6 COMENTÁRIOS

  1. Mudar algumas regras para deixar o rugby mais seguro é sensato e compreensivo, porém alterar regras básicas de jogo como quanto vale o try, drop goal e penal é querer tirar uma marca do esporte e um legado deixado. Se mudassem quanto vale um gol no futebol, o mundo todo reclamaria de quebra de tradição. Alem da lei do scrum-half que permite se alinhar cm sua primeira linha, dificulte a contestação que é permitida no rugby e m scrums e lines que amamos tanto, dando aquela competividade. Não curto muito o “rugby-cobaia” que a entidade quer implementar.

    Se isso se tornar regra efetiva, espero que quando tiver 60 anos o rugby não vire “touch” para ser mais politicamente correto.

  2. Ensaio valendo 3, conversão, ressalto e penalidade valendo 1 cada teria a mesma proporção e seria melhor.

    Uma dúvida em uma das sugestões:
    “caso um penal seja marcado após o tempo de jogo se esgotar, a equipe que sofreu o penal poderá chutar a bola para a lateral e o alinhamento lateral poderá ser realizado, permitindo que o jogo prossiga”

    E se a equipe que sofreu a penalidade estiver ganhando o jogo e quiser encerrá-lo?