Seleção Brasileira de Rugby League Feminino campeã sul-americana de 2018.

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A RLIF – Federação Internacional de Rugby League, o rugby de 13 jogadores – anunciou hoje a lista das 8 seleções que participarão da Copa do Mundo Feminina de Rugby League de 2021: e o Brasil vai jogar a maior competição da modalidade pela primeira vez na história!

A Copa do Mundo de Rugby League é o Mundial mais antigo da bola oval, nascido em 1954, com o torneio masculino. Já o torneio feminino foi criado em 2000 e é disputado em conjunto com o Mundial masculino, a fim de promover a categoria feminina. Em 2021, o Mundial será na Inglaterra, com início para o torneio feminino no dia 13 de novembro e fina no dia 27 do mesmo mês.

Em novembro de 2019 serão sorteados os grupos. Serão 8 seleções participantes: além do Brasil (único debutante), estarão na competição Austrália (campeã de 2013 e 2017), Nova Zelândia (campeã de 2000, 2005 e 2008), Inglaterra, Papua Nova Guiné, Ilhas Cook, Canadá (que estiveram no Mundial de 2017) e França (que retorna ao torneio).

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O Brasil conquistou sua vaga após ser campeão do inédito Sul-Americano em 2018, em São Paulo, ao vencer a Argentina (48 x 00). O jogo não valia na época classificação direta, mas com a Confederação Brasileira de Rugby League conquistando filiação à RLIF na condição de membro afiliado (e reconhecimento do Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania) o país se tornou apto a disputar uma competição da RLIF.

 

O que é o Rugby League?

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a RLIF – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;

 

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