Tempo de leitura: 8 minutos

ARTIGO COM VÍDEOS – Os amistosos deste sábado na Europa foram semelhantes a uma rodada do Six Nations, o mais importante torneio de nações do hemisfério norte. A Inglaterra recebeu a Irlanda em Twickenham. Gales recebeu a Itália no Millenium Stadium e a Escócia foi a Paris encarar a França no Stade de France.

 

Os embates marcaram o fim do aquecimento destas seleções antes da Copa do Mundo de Rugby que se inicia daqui a quase duas semanas, no dia 18 de setembro.

- Continua depois da publicidade -

 

 

 

Inglaterra supera a Irlanda em Twickenham

 

Jogando diante de mais de 80 mil torcedores, Inglaterra e Irlanda fizeram um jogo digno de sua rivalidade. O ataque inglês bem trabalhado e com a bola sempre chegando aos seus pontas, proporcionou ao time da Rainha seus dois tries no jogo: Johnny May e Anthony Watson foram arrasadores.

 

Logo nos minutos iniciais do jogo, um ataque bem sucedido e tramado por Ben Youngs que deixou Johnny May em ótimas condições de adentrar o ingoal irlandês e anotar o primeiro try do jogo. George Ford chutou e converteu.

 

A Irlanda não demorou a reagir. Logo depois, em seu ataque, na cobrança de um penal proporcionado pela defesa inglesa, Jonathan Sexton converteu e diminuiu. Neste momento o time da casa liderava o placar por 7 x 3.

 

O jogo se equilibrou por um período e as defesas conseguiam parar os ataques de seus adversários. Em momentos em que o ataque convencional não funciona, um bom abertura observa o jogo e tira uma jogada da cartola: George Ford, em um chute para a corrida de Anthony Watson, colocou a bola em disputa perto de Simon Zebo. Watson venceu a disputa e  adentrou o ingoal para anotar o segundo try da Inglaterra. Try que Ford não converteu. Inglaterra 12 x 3.

 

A partir de então a Inglaterra dominou o jogo e passou a pressionar a Irlanda. Ataques de várias fases e a Irlanda aliviando com chutes e pequenos contra-ataques. Aos 25 minutos, um novo try de May, mas devidamente não confirmado por que Tom Youngs serviu a May fazendo um pass forward. E a poucos minutos do fim do primeiro tempo, Anthony Watson perde uma oportunidade de ampliar o placar em uma corrida. A defesa da Irlanda o impediu próximo à linha do ingoal.

 

O segundo tempo começou disputado e com as equipes conseguindo anular as jogadas dos adversários. Em uma ocasião, aos 7 minutos, a Irlanda cometeu penal ao tentar anular uma jogada e na cobrança, Ford converteu mais 3 pontos para a Inglaterra, 15 x 3.

 

Sem perder tempo, Irlanda executa ataque e para pará-lo, a Inglaterra cometeu penalidade, que Sexton converteu.

 

Cinco minutos depois, após a cobrança de lateral, a Irlanda ensaiou a formação de um volante, e Jamie Heaslip fez típica jogada de oitavo e chocou-se com a defesa da Inglaterra a menos de 5 metros do ingoal. Na continuação da jogada, Paul O’Connell, apanha a bola e avança para anotar o try da Irlanda, que Sexton converteu. Assim a Irlanda encostava no placar: 15 x 13.

 

Aos 28 minutos, mais um try da Inglaterra invalidado. Agora por um passe para jogador impedido numa formação fixa. Daí para o fim do jogo, foram mais dois penais a favor da Inglaterra que Owen Farrell converteu, um aos 33 e outro aos 38 minutos. Dando os números finais ao placar: Inglaterra 21 x 13 Irlanda.

 

 

[youtube link=”https://youtu.be/_QQPk8OJxYI” width=”590″ height=”315″]

 

 

inglaterra novo 21   versus copiar  13   irlanda copy

 

Inglaterra 21 x 13 Irlanda, em Londres

Árbitro: Nigel Owens (Gales)

 

Inglaterra

 

Tries: May, Watson

Conversão: Ford

Penais: Ford, Farrell (2)

 

15 Mike Brown, 14 Anthony Watson, 13 Jonathan Joseph, 12 Brad Barritt, 11 Jonny May, 10 George Ford, 9 Ben Youngs, 8 Ben Morgan, 7 Chris Robshaw, 6 Tom Wood, 5 Geoff Parling, 4 Courtney Lawes, 3 Dan Cole, 2 Tom Youngs, 1 Joe Marler.

Suplentes: 16 Jamie George, 17 Mako Vunipola, 18 Kieran Brookes, 19 Joe Launchbury, 20 Billy Vunipola, 21 Richard Wigglesworth, 22 Owen Farrell, 23 Sam Burgess.

 

Irlanda

 

Tries: O’Connell

Conversão: Sexton

Penais: Sexton (2)

 

15 Simon Zebo, 14 Tommy Bowe, 13 Jared Payne, 12 Robbie Henshaw, 11 Dave Kearney, 10 Jonathan Sexton, 9 Conor Murray, 8 Jamie Heaslip, 7 Sean O’Brien, 6 Peter O’Mahony, 5 Paul O’Connell (c), 4 Devin Toner, 3 Mike Ross, 2 Rory Best,/ 1 Jack McGrath.

Suplentes: 16 Richardt Strauss, 17 Tadhg Furlong, 18 Nathan White, 19 Donnacha Ryan, 20 Chris Henry, 21 Eoin Reddan, 22 Ian Madigan, 23 Darren Cave.

 

Histórico: 130 jogos, 75 vitórias da Inglaterra, 47 vitórias da Irlanda e 8 empates.

 

 

 

 

Gales paga muito caro por vitória contra Itália

 

Gales recebeu a Itália no Millennium Stadium e venceu com certa facilidade a equipe da bota. Mas como saldo, a vitória não foi assim tão boa, pois deixaram o campo contundidos na maca Rhys Webb e a sua maior esperança de pontos, Leigh Halfpenny. Halfpenny converteu 15 dos 23 pontos de Gales no jogo, mesmo saindo do jogo antes de seu fim. Warren Gatland está com sérios problemas com estas duas possíveis baixas de seu time para a Copa do Mundo.

 

Aos 2 minutos a Itália já saia na frente. Em uma boa jogada do craque do time Sergio Parisse que correu mis de meio campo, Leonardo Sarto pegou a bola em um ruck e avançou rumo ao ingoal. Tommaso Allan não converteu o try, mas pouco tempo depois ampliou o placar em uma cobrança de penal. O placar já marcava 8 x 0 para a Itália.

 

Aos 12 minutos, Gales reagiu com George North após passe de Scott Williams. North anotou o try, mas Halfpenny perdeu a conversão, pouco antes da contusão de Rhys Webb. Por causa do atendimento a Webb, que teve a perna machucada pela queda do scrum em cima dela, o jogo ficou um bom tempo parado.

 

Aos 29 minutos penal para Gales que Halfpenny não perdeu e a Itália reagiria aos 31 minutos, com outro penal convertido por Allan. Final do primeiro tempo, Itália vencia por 11 x 8.

 

Gales voltou mais forte no segundo tempo. Com seu scrum melhor e duas penalidades cobradas por Halfpenny aos 8 e aos 20 minutos, deram a Gales a liderança no placar, 14 x 11.

 

Mas poucos minutos depois, Carlo Canna, o abertura que entrou no jogo no intervalo, acertou um belo drop goal e igualou o placar novamente, agora em 14.

 

O empate durou pouco. A defesa italiana não conseguia parar o ataque galês sem penalidades e aos 24, 27 e 34 minutos, Gales converteu penalidades. As duas primeiras com Halfpenny antes de se machucar e a última com Dan Biggar.

 

No final do jogo, em um momento de pequena pressão italiana, Guglielmo Palazzani anotou os pontos finais da Itália com um try. Placar final: Gales 23 x 19 Itália.

 

Gales venceu o jogo, mas pagou um preço inesperado pela vitória. Rhys Webb e Leigh Halfpenny são peças importantes no time de Gatland.

 

 

[youtube link=”https://youtu.be/Ku5oLxJ1ryI” width=”590″ height=”315″]

 

 

gales  23   versus copiar   19    italia copy copy

 

Gales 23 x 19 Itália, em Cardiff

Árbitro: Jérôme Garcès (França)

 

Gales

 

Try: North
Penais: Halfpenny (5), Biggar

 

15 Leigh Halfpenny, 14 Alex Cuthbert, 13 Cory Allen, 12 Scott Williams, 11 George North, 10 Dan Biggar, 9 Rhys Webb, 8 Taulupe Faletau, 7 Sam Warburton, 6 James King, 5 Dominic Day, 4 Jake Ball, 3 Tomas Francis, 2 Ken Owens, 1 Gethin Jenkins.

Suplentes: 16 Kristian Dacey, 17 Paul James, 18 Aaron Jarvis, 19 Luke Charteris, 20 Ross Moriarty, 21 Gareth Davies, 22 Rhys Priestland, 23 Matthew Morgan.

 

Itália

 

Tries: Sarto, Palazzani

Penais: Allan (2)

Drop Goal: Canna

 

15 Andrea Masi, 14 Leonardo Sarto, 13 Luca Morisi, 12 Gonzalo Garcia, 11 Giovanbattista Venditti, 10 Tommaso Allan, 9 Edoardo Gori, 8 Sergio Parisse (c), 7 Francesco Minto, 6 Alessandro Zanni, 5 Joshua Furno, 4 Quintin Geldenhuys, 3 Martin Castrogiovanni, 2 Leonardo Ghiraldini, 1 Michele Rizzo.

Suplentes: 16 Andrea Manici, 17 Matias Aguero, 18 Lorenzo Cittadini, 19 Valerio Bernabò, 20 Samuela Vunisa, 21 Guglielmo Palazzani, 22 Carlo Canna, 23 Luke McLean.

 

Histórico: 23 jogos, 20 vitórias de Gales, 2 vitórias da Itália e 1 empate.

 

 

 

França precisa de try no fim para vencer a Escócia

 

Em um jogo morno, a França venceu a Escócia no Stade de France em Paris. A pontuação do jogo foi praticamente penais cobrados por Michalak (França) e Laidlaw (Escócia). Os tries só saíram no quarto final da partida, porção do jogo que teve um pouco mais de emoção.

 

Podemos resumir o primeiro tempo a sete eventos distintos: o penal perdido por Michalak aos 5 minutos, aos 5 penais convertidos, dos quais 3 para a Escócia com chutes de Greig Laidlaw e 2 para a França, cobrados por Michalak e ao try de Fofana invalidado por ter recebido um pass forward na jogada. Esse foi o primeiro tempo que terminou 9 x 6 para a Escócia.

 

A primeira metade do segundo tempo, a história continuava a mesma. Apenas penais; e para a França. Michalak converteu os dois, um logo aos 3 minutos e outro aos 18 minutos, à beira do pequeno momento de emoção do jogo.

 

Aos 20 minutos Laidlaw arrisca um chute em profundidade de inversão de jogo. Chuta pouco antes do meio campo, ainda em seu território e Tommy Seymour, na ponta oposta, correu para alcançar a bola e anotar o try. Try convertido por Laidlaw. A Escócia retomava a frente no placar. 16 x 12.

 

Jogando em casa, a França pressionava a Escócia, e nesta pressão saiu a punição a David Denton, o oitavo da Escócia. Jogando com um a mais, a França dominou o scrum e aos 32 minutos, em uma jogada após uma disputa por scrum, Noa Nakaitaci invadiu o ingoal e apoiou a bola para marcar o try da França. Morgan Parra chutou aos postes e converteu. França na frente: 19 x 16.

 

O placar não se alteraria mais, mas a Escócia perdeu duas oportunidades de alterar o placar. A primeira aos 34 minutos em uma boa corrida Sean Maitland, mas evitada por Yoann Huget. A segunda, um penal que Laidlaw desperdiçou a poucos segundos do fim do jogo. Placar final 19 x 16 para a França.

 

 

[youtube link=”https://youtu.be/gqjfEjkZdeI” width=”590″ height=”315″]

 

 

França vermelho   19 versus copiar   16   escocia

 

 

França 19 x 16 Escócia, em Paris

Árbitro: Wayne Barnes (Inglaterra)

 

França

 

Try: Nakaitaci

Conversão: Parra

Penais: Michalak (3), Spedding

 

15 Scott Spedding, 14 Yoann Huget, 13 Mathieu Bastareaud, 12 Wesley Fofana, 11 Noa Nakaitaci, 10 Frédéric Michalak, 9 Sébastien Tillous-Borde, 8 Louis Picamoles, 7 Damien Chouly, 6 Thierry Dusautoir (c), 5 Alexandre Flanquart, 4 Pascal Papé (c), 3 Rabah Slimani, 2 Guilhem Guirado, 1 Eddy Ben Arous.

Suplentes: 16 Dimitri Szarzewski, 17 Vincent Debaty, 18 Nicolas Mas, 19 Bernard le Roux, 20 Yannick Nyanga, 21 Morgan Parra, 22 Rémi Talès, 23 Alexandre Dumoulin.

 

Escócia

 

Try: Seymour

Conversão: Laidlaw

Penais: Laidlaw (3)

Cartão amarelo: Denton

 

15 Sean Maitland, 14 Tommy Seymour, 13 Mark Bennett, 12 Matt Scott, 11 Tim Visser, 10 Finn Russell, 9 Greig Laidlaw, 8 David Denton, 7 John Hardie, 6 Ryan Wilson, 5 Jonny Gray, 4 Richie Gray, 3 Willem Nel, 2 Ross Ford, 1 Alasdair Dickinson.

Suplentes: 16 Fraser Brown, 17 Gordon Reid, 18 Jon Welsh, 19 Tim Swinson, 20 Alasdair Strokosch, 21 Sam Hidalgo-Clyne, 22 Duncan Weir, 23 Sean Lamont.

 

Histórico: 89 jogos, 52 vitórias da França, 34 vitórias da Escócia e 3 empates.