João Neto/Fotojump

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A notícia vem do jornalista uruguaio Ignacio Chans, do site Referí. O World Rugby (a federação internacional) estuda assegurar uma vaga direta na Copa do Mundo de Rugby de 2023 para cada um dos 6 continentes, o que abriria um caminho mais acessível para nações sul-americanas como Uruguai e Brasil para garantirem lugar na competição.

Atualmente, a América do Sul é o único continente sem uma vaga direta na Copa do Mundo. O sistema de classificação para 2019 funcionou da seguinte maneira:

  • 12 vagas para os 12 melhores do Mundial 2015 (Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina, França, Irlanda, Gales, Escócia, Inglaterra, Itália, Japão e Geórgia);
  • 2 vagas para a Oceania (Fiji e Tonga);
  • 1 vaga para a Europa (Rússia);
  • 1 vaga para a África (Namíbia);
  • 1 vaga para a América do Norte (EUA);
  • 1 vaga entre América do Norte e América do Sul (Uruguai);
  • 1 vaga entre Europa e Oceania (Samoa);
  • 1 vaga para a Repescagem Mundial, envolvendo 4 equipes:
    • o perdedor de América do Norte/América do Sul (Canadá, que acabou vencendo), o perdedor de Europa/Oceania (Alemanha), 1 vaga entre Ásia/Oceania (Hong Kong) e 1 vaga para a África (Quênia);

 

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A nova proposta, segundo o Referí, prevê:

  • 12 vagas para os 12 melhores do Mundial 2015;
  • 1 vaga para a Oceania;
  • 1 vaga para a Europa;
  • 1 vaga para a África;
  • 1 vaga para a América do Norte;
  • 1 vaga entre América do Sul;
  • 1 vaga para a Ásia;
  • 2 vagas a serem definidas;
    • A Repescagem Mundial teria igualmente ao menos 1 equipe da América do Sul;

As vagas das Américas deveriam ser definidas a partir da classificação do Americas Rugby Championship, como já vem sendo debatido.

A maior oposição a um novo modelo de vagas deverá vir de Europa e Oceania.

As Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2023 deverão ter seu formato oficializado em novembro, após o término da Copa do Mundo de 2019.

 

Na prática, o que isso significa para o Brasil?

Se o modelo de Eliminatórias para 2023 for igual o de 2019, o Brasil precisaria vencer o Uruguai de qualquer modo e pelo menos mais uma seleção de nível semelhante ou superior ao do Uruguai (provavelmente o Canadá, na primeira repescagem e, em caso de derrota, haveria uma segunda chance necessitando vencer uma seleção europeia, provavelmente Espanha ou Romênia ou Rússia, além de um africano, provavelmente o Quênia, e um asiático, provavelmente Hong Kong).

Um novo novo modelo faria necessário apenas superar o Uruguai. Em caso de derrota, ainda haveria uma segunda chance numa, que envolveria tanto os europeus já citados como um time norte-americano.

1 COMENTÁRIO

  1. Ainda acho muito elitista por parte da World Rugby manter a copa com 20 seleções pra 2023. Acredito que uma copa do mundo que será realizada no ano em que as primeiras regras fazem 200 anos que foram elaboradas por Webb Ellis, seria a oportunidade perfeita de aumentar o número de participantes para 24 e acrescentar as oitavas-de-final à tabela. E ainda tem o fato de que 60% das seleções participantes já ganham classificação automática pela participação no torneio anterior, mantendo a mesma panelinha na elite do rugby mundial a décadas. Acho que mais justo seria apenas o país sede e o último campeão terem classificação automática e as outras 22 vagas ficarem abertas para serem disputadas em eliminatórias continentais.