Argentina recebe o Pré-Olímpico Sul-Americano! Vale vaga no Rio 2016!

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Sexta, sábado e domingo, dias 5, 6 e 7, serão as datas mais importantes do ano no rugby sevens da América do Sul, com a cidade de Santa Fé, na Argentina, recebendo os torneios pré-olímpicos masculino e feminino do continente. Os jogos acontecem no clube CRAI, que ainda recebe no domingo um amistoso masculino de XV entre a seleção da província de Santa Fé e a seleção da América do Sul, o Sudamérica XV.

No torneio masculino, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia, Venezuela e Peru se enfrentarão no sistema de todos contra todos valendo a classificação ao Rio 2016. O campeão do torneio terá seu lugar assegurado nos Jogos Olímpicos, ao passo que o segundo e o terceiro colocados garantirão vaga no Torneio Pré-Olímpico mundial, que acontece no ano que vem, com data e local a definir, envolvendo 16 seleções de todos os continentes com uma vaga no Rio 2016 como prêmio.

Já o torneio feminino contará com oito seleções, as mesmas sete que jogarão o torneio masculino, com a adição da Costa Rica. O sistema é o mesmo do masculino, com todos os times se enfrentando. O campeão também garantirá a vaga nos Jogos Olímpicos, ao passo que o segundo e o terceiro colocados terão vaga no Pré-Olímpico mundial.

O Brasil não estará presente em nenhum dos dois torneios, uma vez que já tem seu lugar assegurado no Rio 2016. Porém, a arbitragem brasileira estará representada com Henrique Platais e Nayara Lima.

O que esperar dos torneios?

No torneio masculino, amplo favoritismo da Argentina, como esperado. Os Pumas irão a campo com quase força máxima, contando com seus principais nomes que atuaram na Série Mundial de Sevens, entre eles Nicolás Bruzzone (capitão), Javier Rojas (artilheiro da Argentina no circuito mundial) e Segundo Tuculet (maior anotador de tries da Argentina no circuito). O Uruguai aparece como a segunda força, tendo disputado o Hong Kong Sevens do ano passado.

Apesar de tanto Uruguai como Chile já terem batido a Argentina recentemente, seus feitos foram contra seleções argentinas desfalcadas de nomes importantes. O Uruguai, no entanto, vai ao torneio com um título levantado sobre a Argentina, no Sul-Americano de 2012, o que inspira os Teros para jogarem em Santa Fé. Os uruguaios, no entanto, têm a cabeça mais voltada para o XV no momento, o que poderá beneficiar seu maior rival pelas vagas no Pré-Olímpico mundial, o Chile, que chega como a terceira força do torneio e também um dos favoritos às vagas no Pré-Olímpico mundial. Os chilenos vão à Argentina com elenco completo e com muito mais foco que os Teros. Nos jogos entre os dois neste ano, um empate e uma vitória uruguaia, ambos em Viña del Mar.

Correndo para surpreender uruguaios e chilenos estão paraguaios e colombianos, que aparecem como os times que correm por fora. O Paraguai, no entanto, decepcionou no Sul-Americano de 2014, caindo diante da Colômbia. Nenhum dos dois disputou o último torneio de Viña, que valia vaga em Hong Kong, mas estiveram em campo em janeiro no torneio de Mar del Plata, que valia lugar nos Jogos Pan-Americanos. Novamente, a Colômbia derrotou o Paraguai, impondo um curto, mas incômodo, tabu aos Jacarés. Peru e Venezuela completam o torneio e têm poucas chances de manterem seus sonhos olímpicos vivos.

No torneio feminino, o equilíbrio é ainda maior. A Argentina desponta como a favorita por conta de jogar em casa, mas e por ter conquistado o último torneio de Mar del Plata – assegurando vaga no Pan junto a Colômbia. As colombianas são as grandes oponentes das argentinas na disputa da vaga olímpica, que, sem dúvida alguma, seria a mais importante conquista das duas seleções – e ainda mais importante para o rugby colombiano, que garantiria uma projeção internacionais jamais vista. A Colômbia perdeu por 17 x 0 para as argentinas em Mar del Plata, mas ostentam três vice-campeonatos sul-americanos, o último em 2012, terminando em vantagem sobre as argentinas nessas oportunidades.

Correndo por fora vem a Venezuela, que tem também reais chances de classificação ao Rio 2016 ou, pelo menos, ao Pré-Olímpico mundial, o que também seria o maior feito e a maior projeção internacional já alcançada pelo rugby venezuelano. A Venezuela acabou o torneio de Mar del Plata no terceiro lugar, mas conquistou vitória sobre a Colômbia na primeira fase, e já acumulou um vice sul-americano e quatro terceiros lugares no continental entre 2004 e 2009.

Na cola das venezuelanas e pensando seriamente no Pré-Olímpico está o Uruguai, que nos últimos anos flertou com a segunda posição na América do Sul – abaixo do Brasil – mas não teve sucesso. As Teras têm três terceiros lugares seguidos nos últimos três anos no torneio continental, mas foram mal em Mar del Plata, acabando abaixo de Chile e Paraguai. Chilenas e paraguaias são justamente as principais concorrentes pelo terceiro lugar, tendo reais chances de vencerem as uruguaias e as venezuelanas. O Chile já conseguiu um terceiro lugar sul-americano, em 2011, enquanto o Paraguai é uma seleção em ascensão, comprovada pela vitória sobre o Uruguai em Mar del Plata. Já Peru e Costa Rica têm poucas chances no torneio.