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Já anteriormente revelado, o projeto de uma Liga Sul-Americana profissional foi confirmado pelo CEO da Confederação Brasileira de Rugby, Agustín Danza.

Em conversa com o Portal do Rugby, Danza confirmou que a Liga está sendo planejada pelas federação de Brasil, Uruguai, Chile e Argentina, com apoio do World Rugby (a federação internacional).

A Liga surge com a proposta de ocupar um lugar acima dos clubes na pirâmide do alto rendimento dos países em questão, em conformidade com o modelo já utilizado em outros países do Hemisfério Sul, como Nova Zelândia, Austrália e África do Sul. As equipes da Liga seriam o nível superior da estrutura, criando uma base de jogadores profissionais para as seleções.

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O modelo da Liga será misto, com a expectativa de aporte de recursos privados, sendo que é provável que o Brasil tenha duas equipes (a confirmar). A competição deverá começar entre 2019 e 2020, com o calendário devendo ser melhor delineado nas próximas reuniões. Os meses da competição ainda não foram definidos também.

Segunda Danza, tal estrutura ainda será exposta aos clubes e alinhada com eles, mas, como ocorre em outros países, é provável que os jogadores profissionais tenham como foco a Liga Sul-Americana.

Já com relação à Pro Series, a liga brasileira profissional, proposta por iniciativa privada no ano passado, ainda não houve uma definição sobre seu futuro e como ela poderia se articular com a Liga Sul-Americana.

Ainda em 2017, a CBRu havia lançado sua proposta para ter uma equipe profissional brasileira jogando a Currie Cup, o Campeonato Sul-Africano, mas, segundo Danza, a Liga Sul-Americana substitui tal iniciativa no planejamento da entidade.

No próximo mês, maiores detalhes deverão ser revelados.

 

Pirâmide? Como funciona?

Atualmente, muitos países que têm rugby profissional estruturam suas competições separando clubes amadores de franquias profissionais (em geral nascidas a partir das antigas seleções estaduais/provinciais/regionais).

Na Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Irlanda, Escócia e Gales os clubes são amadores, uma vez que as entidades profissionais são as franquias de Super Rugby e PRO14. Ao contrário desses países, França e Inglaterra têm os clubes no topo da estrutura.

Nos casos de Nova Zelândia, Austrália e África do Sul, a estrutura é a mostrada abaixo, com equipes distintas jogando em cada nível:

3 COMENTÁRIOS

  1. Seria incrível se isso se transformasse em realidade! Mas me mantenho cético. Uma competição assim seria muito dispendiosa e não teria apelo de midia suficiente. Em razão disso, não acredito que a ideia sairá do papel. Afinal não chegaram a ser viabilizados nem mesmo aqueles prometidos jogos entre o campeão e vice do super 8 de 2016 e o 5º e 6º colocados do Uruguaio de clubes daquele ano – jogos que tinham sido combinados entre as respectivas federações (ao menos foi isso que a CBRU divulgou à época) e que deveriam ter acontecido no ano passado. Então creio ser difícil viabilizar economicamente esse campeonato. À exceção, talvez, da Argentina, as demais federações aparentam não terem verba para isso. Se o Chile, por exemplo, tem notórias dificuldades para o financiamento inclusive de sua seleção nacional, como imaginar que eles teriam condições de sustentar uma franquia profissional nessa liga sul-americana?! E o Brasil teria esse dinheiro??? Acho que não! Sinceramente, torço para que eu esteja equivocado!