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Apelido: Stejarii (Carvalhos)

População: 20.000.000

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Capital: Bucareste

Continente: Europa

Principais títulos: Europeu de Nações/Troféu da FIRA (9 vezes) e Copa das Nações do World Rugby (2 vezes, 2012 e 2013)

Mundiais disputados: Todos

Melhor campanha em Mundiais: 3º lugar na fase de grupos (1987, 1991 e 1999)

Copa do Mundo de 2011: 5º lugar na fase de grupos

Caminho para o Mundial 2015:

02/02/2013 – Portugal 13 x 19 Romênia; 09/02/2013 – Romênia 29 x 14 Rússia; 23/02/2013 – Espanha 15 x 25 Romênia; 09/03/2013 – Bélgica 9 x 32 Romênia; 16/03/2013 – Romênia 9 x 9 Geórgia; 01/02/2014 – Romênia 24 x 0 Portugal; 08/02/2014 – Rússia 3 x 34 Romênia; 22/02/2014 – Romênia 32 x 6 Espanha; 08/03/2014 – Romênia 29 x 10 Bélgica; 15/03/2014 – Geórgia 22 x 9 Romênia;

Técnico de 2015: Lynn Howells

2015: Grupo D

23/09 – x França – Histórico: 51 jogos, 8 vitórias, 41 derrotas e 2 empates. Último jogo: Romênia 14 x 62 França, em 2006 (amistoso);

27/09 – x Irlanda – Histórico: 8 jogos, 8 derrotas. Último jogo: Irlanda 43 x 12 Romênia, em 2005 (amistoso);

06/10 – x Canadá – Histórico: 5 jogos, 3 vitórias e 2 derrotas. Último jogo: Romênia 18 x 9 Canadá, em 2014 (amistoso);

11/10 – x Itália – Histórico: 41 jogos, 16 vitórias, 22 derrotas e 3 empates. Último jogo: Itália 24 x 18 Romênia, em 2007 (Copa do Mundo).

 

Tradição é o que não falta para os romenos. Um dos países mais tradicionais do mundo do rugby, a Romênia esteve em todos os Mundiais até hoje e tem em seu currículo vitórias históricas contra a França, pelo antigo torneio da FIRA, atual Europeu de Nações, que contava com a participação francesa até 1997. Da criação da competição em 1936 até a derrota inédita da França para a Itália em 1997, a Romênia foi a única seleção a derrotar os franceses, conseguindo o feito oito vezes, das quais cinco lhe renderam o título do torneio. Foi justamente um dos duelos entre França e Romênia que resultaram no recorde mundial de público para jogos de rugby: 100 mil pessoas assistiram a França 16 x 15 Romênia, na capital romena Bucareste, em 1955.

 

Por conta dos fortes laços com o sistema educacional francês, a Romênia incorporou com fervor o rugby, tornando-o um dos mais populares esportes do país. Os romenos estiveram nos Jogos Olímpicos de 1924 e, depois da instalação do regime comunista no país, após a Segunda Guerra Mundial, o rugby não parou de crescer, sendo fortemente apoiado pelo governo. O auge da equipe foi nos anos 80, quando os romenos tinham nível para jogar o Five Nations – atual Six Nations – mas jamais foram convidados a ingressar na competição. Nos anos 70, os romenos já impressionavam, tendo perdido para Gales por apenas um ponto de diferença e vencido dez jogos em gira contra equipes provinciais da Nova Zelândia. Em 1980, a Romênia empatou com a Irlanda e, em 1981, perdeu por apenas 14 x 6 para os All Blacks, depois de ter dois tries anulados. Em 1983 veio, enfim, a vitória sobre Gales por 24 x 6, incontestável e, em 1984, os romenos venceram pela primeira vez a Escócia. Já em 1988, veio a primeira vitória fora de casa sobre seleções britânicas, derrotando Gales por 15 x 9, em Cardiff. Já em 1990 os Carvalhos, como são conhecidos, alcançaram a primeira vitória sobre a França em solo francês, 12 x 6.

 

Com o fim do comunismo, o financiamento ao rugby caiu e a renovação das seleções sofreu duro golpe, com a Romênia perdendo a força de antes. Na Copa do Mundo de 2011, apesar de perder todas as suas partidas, a Romênia teve lampejos do seu passado quase derrotando a Escócia. Os Carvalhos, no entanto, perderam terreno para a Geórgia e se tornaram a segunda força do Europeu de Nações. Como reza a tradição do rugby do país, sua grande força está no pack de forwards, temido mundialmente – e famoso pela agressividade. Há um verdadeiro abismo de qualidade entre a linha e os avançados, que se torna evidente quando o elenco romeno é analisado, contando com forwards espalhados por importantes times da França e atletas de linha restritos ao rugby nacional. Contudo, em suas últimas apresentações, a Romênia vem mostrando evolução na linha, sobretudo de abertura Florin Vlaicu, da equipe e maior pontuador da história da Romênia, e do fullback Catalin Fercu, recém-incorporado ao Saracens.

 

No pack, os destaques estão com a primeira linha, de Paulica Ion, do Perpignan, e Mihai Lazar, do Castres, e na terceira linha, com Valentin Ursache, do Oyonnax. A preparação para o Mundial incluiu a disputa em junho da Copa das Nações, em Bucareste, da qual os romenos saíram campeões, atropelando a Namíbia e ganhando com contundência dos Jaguares argentinos, em jogo que o pack romeno deu seu recado e levou os argentinos a seguidos penais, o que sempre será uma boa arma para o time amarelo do Leste Europeu, especialmente se Vlaicu estiver em dia inspirado nos arremates.

 

Jogando no Grupo D, a Romênia terá poucas chances, com derrotas quase certas para Irlanda e França. Diante da Itália, os romenos também terão dificuldades, pois a força dos italianos está justamente no melhor setor romeno. É no jogo com o Canadá que está a esperança dos Carvalhos, uma vez que os romenos bateram os canadenses ano passado em amistoso em Bucareste por 18 x 9, em jogo sem tries. No papel, porém, o favoritismo é ainda levemente canadense.

 

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