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A Copa do Mundo de Rugby está chegando e as seleções entrarão em campo. Mas, as seleções são reflexo de suas categorias de base ou algumas vem se beneficiando de seu poderio econômico e naturalizando atletas para suprirem suas carências? Quando se trata de esporte profissionais, os “importados” viram “artigo” comum nas prateleiras das seleções. É verdade que nem todos os jogadores nascidos fora dos países que defendem adotaram suas novas pátrias por acaso. Alguns imigraram para seus novos países ainda menores de idade e lá cresceram e se desenvolveram no rugby, e outros adotaram as pátrias de seus pais ou avós.

 

Cada atleta tem uma situação, mas apenas dois países na Copa do Mundo de 2015 têm 100% de seus jogadores nascidos em seus territórios: Argentina e Geórgia.

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E os demais? Quem importou mais jogadores? Se você achava que era a Itália, o Japão, a Austrália ou a França se enganou. Quem mais tem atletas que nasceram fora é Samoa, com 12 jogadores nascidos na Nova Zelândia, mas todos com origens familiares em Samoa. O mesmo caso pode ser dito sobre Tonga, Gales e Escócia, que vem na sequência com 11 jogadores, ao contrário dos 10 importados pelo Japão, 7 deles neozelandeses, sem vínculos familiares com a Terra do Sol Nascente. O Japão ganha o prêmio de honra de “Importador do Mundial”.

 

Como era de se esperar, a Nova Zelândia é a campeã de exportações, com 37 neozelandeses de nascimento atuando por outros países.

 

Samoa – 12 atletas
Ole Avei (Nova Zelândia), Manu Leiataua (Nova Zelândia), Motu Matu’u (Nova Zelândia),, Anthony Perenise (Nova Zelândia), Fa’atiga Lemalu (Nova Zelândia), Filo Paulo (Nova Zelândia), Kane Thompson (Nova Zelândia), Jack Lam (Nova Zelândia), Kahn Fotuali’I (Nova Zelândia), Michael Stanley (Nova Zelândia), Johnny Leota (Nova Zelândia), Tim Nanai-Williams (Nova Zelândia);

 

Escócia – 11 atletas
Willem Nel (África do Sul), Tim Swinson (Inglaterra), David Denton (Zimbábue), John Hardie (Nova Zelândia), Josh Strauss (África do Sul), Ryan Wilson (Nova Zelândia), Sean Maitland (Nova Zelândia), Tommy Seymour (Estados Unidos), Tim Visser (Holanda), Sam Hidalgo-Clyne (Espanha), Henry Pyrgos (Inglaterra);

 

Gales – 11 atletas
Tomas Francis (Inglaterra), Aaron Jarvis (Inglaterra), Jake Ball (Inglaterra), Luke Charteris (Inglaterra), Taulupe Faletau (Tonga), James King (Austrália), Dan Lydiate (Inglaterra), Hallam Amos (Inglaterra), Alex Cuthbert (Inglaterra), Matthew Morgan (Inglaterra), George North (Inglaterra);

 

Tonga – 11 atletas
Uili Kolo’ofai (Nova Zelândia), Tevita Mailai (Austrália), Tukulua Lokotui (Nova Zelândia), Joe Tuineau (Fiji), Steve Mafi (Austrália), Jack Ram (Austrália), Kurt Morath (Nova Zelândia), Siale Piutau (Nova Zelândia), Viliami Tahitu’a (Nova Zelândia), Telusa Veainu (Nova Zelândia), Will Helu (Nova Zelândia);

 

Japão – 10 atletas
Michael Leitch (Nova Zelândia), Justin Ives (Nova Zelândia), Hendrik Tui (Nova Zelândia), Luke Thompson (Nova Zelândia), Michael Broadhurst (Nova Zelândia), Male Sau (Nova Zelândia), Karne Hesketh (Nova Zelândia), Ryu Holani (Tonga), Amanaki Mafi (Tonga), Craig Wing (Austrália);

 

França – 10 atletas
Rory Kockott (África do Sul), Scott Spedding (África do Sul), Bernard Le Roux (África do Sul), Uini Atonio (Nova Zelândia), Vincent Debaty (Bélgica), Thierry Dusautoir (Costa do Marfim), Yannick Nyanga (República Democrática do Congo), Fulgence Ouedraogo (Burkina Faso), Sofiane Guitoune (Argélia), Noa Nakaitaci (Fiji);

 

Austrália – 9 atletas
Quade Cooper (Nova Zelândia), Dean Mumm (Nova Zelândia), Will Skelton (Nova Zelândia), Joe Tomane (Nova Zelândia), Tevita Kuridrani (Fiji), Henry Speight (Fiji), David Pocock (Zimbábue), Stephen Moore (Arábia Saudita), Will Genia (Papua Nova Guiné);

 

Itália – 9 atletas
Sergio Parisse (Argentina), Matias Aguero (Argentina), Martin Castrogiovanni (Argentina), Gonzalo Garcia (Argentina), Joshua Furno (Austrália), Luke McLean (Austrália) Quintin Geldenhuys (África do Sul), Dario Chistolini (África do Sul), Samuela Vunisa (Fiji);

 

Estados Unidos – 8 atletas*
Niku Kruger (África do Sul), AJ McGinty (Irlanda), Al McFarland (Austrália), Matekitonga Moekiola (Tonga), Takudzwa Ngwenya (Zimbábue), Greg Peterson (Austrália), John Quill (Irlanda), Hayden Smith (Austrália);

* outros dois atletas, Andrew e Shalom Suniula, nasceram na Samoa Americana, território dos Estados Unidos, mas que possui sua seleção própria de rugby.

 

Canadá – 6 atletas
Richard Thorpe (Inglaterra), Harry Jones (Inglaterra), Matt Evans (Inglaterra), Daniel van der Merwe (África do Sul), Gordon McRorie (Escócia) Nanyak Dala (Nigéria);

 

Irlanda – 5 atletas
Nathan White (Nova Zelândia), Jared Payne (Nova Zelândia), Jamie Heaslip (Israel), Jordi Murphy (Espanha), Richardt Strauss (África do Sul);

 

Nova Zelândia – 5 atletas
Ben Franks (Austrália), Tawera Kerr-Barlow (Austrália), Jerome Kaino (Samoa Americana), Malakai Fekitoa (Tonga), Waisake Naholo (Fiji);

 

Romênia – 4 atletas
Michael Wiringi (Nova Zelândia), Otar Turashvili (Geórgia), Johannes van Heerden (África do Sul), Paula Kinikinilau (Tonga);

 

Inglaterra – 3 atletas
Mako Vunipola (Nova Zelândia), Billy Vunipola (Austrália), Brad Barritt (África do Sul);

 

Fiji – 3 atletas
Campese Ma’afu (Austrália), Ben Volavola (Austrália), Joshua Matavesi (Inglaterra);

 

Namíbia – 2 atletas*
Louis van der Westhuizen (África do Sul), Renaldo Bothma (África do Sul);

 

África do Sul – 1 atleta
Tendai Mtawarira (Zimbábue);

 

Uruguai – 1 atleta
Alejo Corral (Argentina).