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Sábado de jogões na tela da ESPN, com a rodada final da fase de grupos da Copa do Mundo pegando fogo! As decisões começam às 10h30 da manhã com a Escócia decidindo sua vaga nas quartas de final contra Samoa, que quer um lugar no Mundial de 2019. Na sequência, às 12h45, Austrália e Gales, já classificados às quartas, decidem quem encerra em primeiro lugar no Grupo A, ao passo que às 16h00 a Inglaterra se despede melancolicamente do Mundial, já eliminada, em seu único jogo fora de Londres, atuando desta vez em Manchester, na casa do Manchester City, contra o Uruguai.

 

Choque de azuis com muito em jogo

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Escócia e Samoa se enfrentam em Newcastle – próxima à fronteira com a Escócia, para a alegria dos torcedores de kilt – valendo muito para os dois lados. Para os escoceses, a vitória vale a classificação às quartas de final, enquanto para Samoa o triunfo é essencial para seguir com chances de classificação direta à Copa do Mundo de 2019 (dependendo ainda de uma vitória dos Estados Unidos sobre o Japão no domingo).

 

A Escócia teve oito mudanças no elenco, com destaque para a volta do abertura Finn Russell, que jogará ao lado de Greig Laidlaw, em dupla aclamada pela crítica. Na linha, ganham espaço Sean Maitland, Mark Bennett e Matt Scott, ao passo que John Hardie e Ryan Wilson serão a dupla de asas da equipe. Por fim, a primeira linha também terá dueto novo de pilares, com as entradas de Ross Ford e Alasdair Dickinson, dando reconhecidamente mais força à formação. Samoa não ficou atrás e terá sete mudanças, com Rey Lee-Lo e George Pisi fazendo nova dupla de centros e Maurie Fa’asavalu, Jack Lam e Alafoti Fa’osiliva compondo novo trio da terceira linha. O hooker Manu Leiataua também foi escalado e fará seu primeiro test por Samoa, ao passo que Fa’atoina Autagavaia substitui o suspenso Alesana Tuilagi na ponta. Kahn Fotuali’i, o scrum-half, será o capitão por conta da ausência de Ofisa Treviranus. Com o elenco, Samoa terá o conjunto mais experiente de toda a Copa.

 

Samoa decepcionou em suas atuações na Copa, sendo atropelada pela África do Sul (46 x 6) e dominada absolutamente pelo Japão (26 x 5). As fracas e pouco inspiradas atuações se somam à crise institucional que vive a União Samoana de Rugby e um dos poucos remédios que poderiam ajudar a impedir uma deterioração ainda maior da equipe seria a vitória sobre a Escócia e a classificação a 2019. No papel, entretanto, a situação não é boa para Samoa. A Escócia não é uma equipe temível quando o assunto são suas formações, mas as alterações na primeira linha, somadas à inexperiência do camisa 2 samoano, podem ser determinantes para que os escoceses voltem a mostrar força no scrum. Samoa tem uma média muito baixa de scrums perdidos, ao contrário da Escócia, que chega a quase dois por jogo em média, mas a tendência é de melhor do lado do Cardo. Já nos laterais a vantagem é escocesa, com Samoa, no entanto, tendo um desempenho razoável, de somente um em média perdido por partida.

 

Na terceiras linha o embate será interessante, com Samoa tendo um número elevado de turnovers ganhos, apesar dos resultados ruins. Já na linha, a vantagem é da Escócia, sobretudo na dupla de 9 e 10, muito mais criativa e aguda. Nos 3/4s, a capacidade escocesa é muito maior de achar os espaços e seu time é muito mais rápido e habilidoso. Enquanto o embate físico poderá pender para Samoa, a vantagem escocesa está no jogo de mãos veloz e na transição com qualidade do pack para a linha. Se a Escócia mostrou rendimento ruim no começo dos jogos, Samoa mostrou uma forma física declinante no fim das partidas e o aspecto de preparação física poderá também pender para o Cardo.

 

Apesar da vantagem escocesa e da má fase samoana, o jogo promete.

 

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10h30 – Escócia x Samoa, em Newcastle – ESPN AO VIVO

Árbitro: Jaco Peyper (África do Sul)

Assistentes: JP Doyle (Inglaterra) e Marius Mitrea (Itália) / TMO: Ben Skeen (Nova Zelândia)

 

Escócia: 15 Stuart Hogg, 14 Tommy Seymour, 13 Mark Bennett, 12 Matt Scott, 11 Sean Maitland, 10 Finn Russell, 9 Greig Laidlaw (c), 8 David Denton, 7 John Hardie, 6 Ryan Wilson, 5 Jonny Gray, 4 Richie Gray, 3 WP Nel, 2 Ross Ford, 1 Alasdair Dickinson.

Suplentes: 16 Fraser Brown, 17 Gordon Reid, 18 Jon Welsh, 19 Tim Swinson, 20 Josh Strauss, 21 Henry Pyrgos, 22 Peter Horne, 23 Sean Lamont.

 

Samoa: 15 Tim Nanai-Williams, 14 Paul Perez, 13 George Pisi, 12 Rey Lee-Lo, 11 Fa’atoina Autagavaia, 10 Tusi Pisi, 9 Kahn Fotuali’i (c), 8 Alafoti Faosiliva, 7 Jack Lam, 6 Maurie Faasavalu, 5 Kane Thompson, 4 Teofilo Paulo, 3 Census Johnston, 2 Ma’atulimanu Leiataua, 1 Sakari Taulafo.

Suplentes: 16 Motu Matu’u, 17 Viliamu Afatia, 18 Anthony Perenise, 19 Faifili Levave, 20 Vavae Tuilagi, 21 Vavao Afemai, 22 Patrick Faapale, 23 Ken Pisi.

 

Histórico: 1o jogos, 8 vitórias da Escócia, 1 empate e 1 vitória de Samoa. Último jogo: Escócia 17 x 27 Samoa, em 2013 (amistoso);

 

O clássico do sábado!

Austrália e Gales fazem o jogo mais aguardado desse sábado em Twickenham, valendo a primeira posição do Grupo A para o vencedor. O jogo é enorme e os dois times estão embalados, mas a vantagem recente pende clamorosamente para os Wallabies, que venceram nada menos que os últimos dez jogos contra Gales. Os galeses simplesmente não sabem o que é vencer a Austrália desde 2008.

 

Gales viveu ao longo da Copa muita superação, com sua enfermaria lotada. Para o duelo com os Wallabies, o técnico Michael Cheika fez seis mudanças sobre o elenco que venceu Fiji, incluindo a entrada com a camisa 15 de Gareth Anscombe, que ainda não havia jogado no Mundial. George North jogará com a 13, enquanto Alex Cuthbert e Liam Williams – recuperado de lesão – serão os pontos. Ao lado de North estará Jamie Roberts, formando um miolo nos 3/4s de força física, rompedor, para levar problemas a Matt Giteau e tentar furar o incansável Tevita Kuridrani. Dan Biggar e Gareth Davies seguem como a dupla de sucesso de aberto e scrum-half, enquanto Faletau, Tipuric e Warburton formam uma forte terceira linha que buscará neutralizar a Austrália, hoje tida como a dona do melhor breakdown do mundo. Alun Wyn Jones e Luke Charteris formam uma excelente segunda linha que buscará exercer pressão no ponto fraco dos Wallabies, o lateral, enquanto Samson Lee, Scott Baldwin e Paul James formam a primeira linha, com James e Lee prometendo muita pressão no scrum.

 

A Austrália não terá Michael Hooper lesionado e para seu posto entra o jovem ascendente Sean McMahon, que formará a terceira linha com David Pocock e Scott Fardy, mantendo um nível excelente. O principal duelo certamente se fará no setor e muita da partida será decidido a partir de quem garantir maior volume de jogo. O lateral será o outro aspecto crucial da partida e os Wallabies terão a volta do gigante Dean Mumm na segunda linha, no posto do lesionado Simmons. O efeito poderá ser um alinhamento mais competitivo para os aussies, que precisam igualar Gales nessa formação. Michael Cheika teve mais uma mudança em seu time, com a entrada do ponta veterano Drew Mitchell no lugar do lesionado Rob Horne, dando rodagem de Copa do Mundo ao elenco.

 

A se ponderar ainda está a forma crescente do scrum australiano, que deixou de ser um problema para o time desde a chegada de Mario Ledesma no comando, e a maior experiência do elenco australiano, ainda mais diante de um remendado time galês. Se a linha sempre foi um ponto forte do time de Warren Gatland, o fato de não ter conseguido repetir formações poderá pesar contra os Dragões, sobretudo com os 3/4s australianos voando, em especial Israel Folau. Foley desabrochou no Mundial com a 10 também, tendo o apoio de Giteau a seu lado, ao passo que Will Genia parece reencontrar sua forma.

 

O favoritismo é australiano, ainda mais após vitória tão larga sobre a Inglaterra. Mas, Gales é pura superação. E pedir um pouco mais de um time que já tirou tanto de onde parecia não ter mais não parece ser algo de outro mundo.

 

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12h45 – Austrália x Gales, em Twickenham, Londres – ESPN AO VIVO

Árbitro: Craig Joubert (África do Sul)

Assistentes: Jérôme Garcès (França) e Stuart Berry (África do Sul) / TMO: Shaun Veldsman (África do Sul)

 

Austrália: 15 Israel Folau, 14 Adam Ashley-Cooper, 13 Tevita Kuridrani, 12 Matt Giteau, 11 Drew Mitchell, 10 Bernard Foley, 9 Will Genia, 8 David Pocock, 7 Sean McMahon, 6 Scott Fardy, 5 Dean Mumm, 4 Kane Douglas, 3 Sekope Kepu, 2 Stephen Moore (c) 1 Scott Sio.

Suplentes: 16 Tatafu Polota-Nau, 17 James Slipper, 18 Greg Holmes, 19 Rob Simmons, 20 Ben McCalman, 21 Nick Phipps, 22 Matt Toomua, 23 Kurtley Beale.

 

Gales: 15 Gareth Anscombe, 14 Alex Cuthbert, 13 George North, 12 Jamie Roberts, 11 Liam Williams , 10 Dan Biggar, 9 Gareth Davies, 8 Taulupe Faletau, 7 Justin Tipuric, 6 Sam Warburton (c), 5 Alun Wyn Jones, 4 Luke Charteris, 3 Samson Lee, 2 Scott Baldwin, 1 Paul James.

Suplentes: 16 Ken Owens, 17 Aaron Jarvis, 18 Tom Francis, 19 Jake Ball, 20 Ross Moriarty, 21 Lloyd Williams, 22 Rhys Priestland, 23 James Hook.

 

Histórico: 38 jogos, 27 vitórias da Austrália, 1 empate e 10 vitórias de Gales. Último jogo: Gales 28 x 33 Austrália, em 2014 (amistoso);

 

Pela honra!

Manchester volta a receber a Inglaterra. É o primeiro jogo da seleção inglesa em casa fora de Twickenham desde 2009, quando os ingleses enfrentaram os Pumas em Manchester, no Old Trafford, casa do Manchester United. A Inglaterra volta à grande cidade do Norte contra outro sul-americano, o Uruguai, em outro palco, o Ettihad Stadium, casa do Manchester City. No mesmo dia, Old Trafford, o maior estádio, estará recebendo Leeds Rhinos e Wigan Warriors na final da Super League, o Campeonato Inglês de Rugby League, e a piada é que é a partida do jogo de 13 jogadores que é o principal evento do dia na cidade, pois a Inglaterra já deu melancolicamente adeus à Copa do Mundo.

 

Fechando a porta e apagando a luz, Stuart Lancaster fez várias alterações em seu XV, para dar chance de alguns atletas jogarem o Mundial e revitalizar o espírito do elenco. Afinal, ele mesmo dizia que o grupo da Rosa era para 2019, pela juventude e inexperiência. Nomes como Danny Care, Henry Slade, Jack Nowell, Alex Goode e James Haskell estarão em campo. O Uruguai, por sua vez, fez duas mudanças para sua despedida do Mundial, com a volta do abertura Felipe Berchesi, voltando no lugar de Alejo Durán, e a entrada do pilar Mateo Sanguinetti no posto do veterano Alejo Corral.

 

A Inglaterra não tem desculpas para não fazer um largo placar, já que a vantagem é óbvia. O objetivo é fazer uma figura boa diante da torcida de Manchester. carente por jogos internacionais.

 

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16h00 – Inglaterra x Uruguai, em Manchester – ESPN AO VIVO

Árbitro: Chris Pollock (Nova Zelândia)

Assistentes: Angus Gardner (Austrália) e Federico Anselmi (Argentina) / TMO: George Ayoub (Austrália)

 

Inglaterra: 15 Alex Goode, 14 Anthony Watson, 13 Henry Slade, 12 Owen Farrell, 11 Jack Nowell, 10 George Ford, 9 Danny Care, 8 Nick Easter, 7 Chris Robshaw (c), 6 James Haskell, 5 Geoff Parling, 4 Joe Launchbury, 3 Dan Cole, 2 Tom Youngs, 1 Mako Vunipola.

Suplentes: 16 Jamie George, 17 Joe Marler, 18 David Wilson, 19 George Kruis, 20 Tom Wood, 21 Richard Wigglesworth, 22 Jonathan Joseph, 23 Mike Brown.

 

Uruguai: 15 Gaston Mieres, 14 Santiago Gibernau, 13 Joaquin Prada, 12 Andres Vilaseca, 11 Rodrigo Silva, 10 Felipe Berchesi, 9 Agustín Ormaechea, 8 Alejandro Nieto, 7 Matias Beer, 6 Juan Manuel Gaminara, 5 Jorge Zerbino, 4 Santiago Vilaseca (c), 3 Mario Sagario, 2 Carlos Arboleya, 1 Mateo Sanguinetti.

Suplentes: 16 Nicolas Klappenbach, 17 Oscar Duran, 18 Alejo Corral, 19 Mathias Palomeque, 20 Diego Magnol 21 Agustín Alonso, 22 Alejo Durán, 23 Manuel Blengio.

 

Histórico: 1 jogo e 1 vitória da Inglaterra, 111 x 13, em 2003 (Copa do Mundo).

 

*Horários de Brasília

 

SeleçãoJogos 2014-16Pontos 2015-16Pontos 2014-16
Luxemburgo82036
Eslovênia81428
Sérvia81018
Áustria80511
Dinamarca80508