Tempo de leitura: 8 minutos

ARTIGO COM VÍDEOS – No sábado recheado de amistosos, Inglaterra e França festejaram junto de suas torcidas, com grandes vitórias – e convincentes – sobre África do Sul e Samoa, respectivamente, por 37 x 21 e 52 x 08. Já Gales, que vinha de dura derrota para os Wallabies, se reergueu e bateu a Argentina por sofridos 24 x 20, voltando a sorrir junto de seu torcedor.

 

Inglaterra quebra jejum contra a África do Sul

- Continua depois da publicidade -

Temporada de amistosos em novembro. As seleções do hemisfério sul vão ao norte para os amistosos da temporada. Após um empate contra os Barbarians na semana passada, a África do Sul foi encarar a Inglaterra em seu estádio, Twickenham.

 

Desde a Copa do Mundo, no ano passado, a seleção da África do Sul já mudou de técnico mas ainda não encontrou seu melhor jogo, mesmo Coetze chamando o que tem de melhor disponível. A Inglaterra, por outro lado, desde a Copa do Mundo, vem se dando bem após a chegada de Ed Jones. E hoje não foi diferente. A seleção da rosa não teve problemas para vencer os Boks. Fato que não ocorria desde 2006.

 

Apesar do início, em que os sul-africanos dominaram e impuseram duas pontuações logo de cara. Aos 3 minutos e aos 8, dois chutes de Patrick Lambie deram os números iniciais 6 x 0 para os Boks. Um penal e um drop goal faziam da Africa do Sul líder no placar.

 

Mas a Inglaterra jogando em casa, no seu estádio, reagiu e começou a dominar o jogo. Não demorou muito para esta reação aparecer no placar. Aos 12 minutos em bela jogada de George Ford, a bola chegou até a ponta e Jonny May a apoia dentro do ingoal adversário. Owen Farrell foi para o chute e converteu o try. Era a virada da Inglaterra. 7 x 6 para a Inglaterra neste momento.

 

As equipes disputavam território com muitos chutes a cada lado e isso fazia o jogo ficar concentrado no centro do campo. E isso propiciava a penais. Em um deles, Lambie converteu e nova virada aconteceu. 9 x 7 para os Boks no placar agora.

 

A disputa de chutes continuava e em um momento uma “bola viva” aconteceu. Ninguém conseguia segurar a bola que quicava e fugia das mãos dos jogadores.

 

Aos 27 minutos, Ford tentou um drop goal, mas falhou. Isso foi pouco antes do choque entre Billy Vunipola e Eben Etzebeth. Por causa disso, o jogo ficou paralisado por aproximadamente 3 minutos e Etzebeth teve que deixar o jogo.

 

Aos 33 anos, um colapso do scrum provocado pelos Boks proporcionou um penal para a Inglaterra que Farrell converteu. Inglaterra novamente na frente: 10 x 9. Pouco antes de outra jogada a favor da Inglaterra.

 

Aos 35 minutos, contra-ataque inglês com uma bela corrida de Mike Brown atrás de uma bola viva que quicava entrando ao ingoal. Na hora de apoiar, leve toque de Lambie, tira a bola do domínio de Brown, mas ela sobrou limpa para Courtney Lowes apoiar e marcar o segundo try da Inglaterra, com a confirmação do TMO. Farrell converteu e o placar foi para 17 x 9.

 

Aos 40 minutos, um penal para a Inglaterra no meio do campo. Elliot Daly foi para o chute e converteu mais 3 pontos para os ingleses que foram a Twickenham festejarem no intervalo.

 

Aos 4 minutos do segundo tempo, um ruck provocado por uma boa jogada do Billy Vunipola, Ben Youngs usou de astúcia para sair jogando e passou para Ford anotar seu try na partida. Quatro minutos depois, um penal para a Inglaterra e Farrell converteu. Inglaterra na frente 30 x 9.

 

Aos 18 minutos, depois de muitos chutes de um lado para o outro, Johan Goosen, que substituiu Lambie, entrou no ingoal da Inglaterra e marcou um try para a África do Sul. Ele mesmo chutou, mas não converteu. Mas oito minutos depois, Ben Youngs em outra jogada genial, deixou Farrell livre para anotar seu try no jogo. Ele mesmo foi para o chute e converteu. Agora o placar era de 37 x 14 para a Inglaterra.

 

No fim do jogo, faltando apenas dois minutos, Willie le Roux, ao fim de uma jogada de troca de passes por toda a linha da África do Sul, apoiou a bola no ingoal inglês e marcou mais um try para os Boks. Ruan Combrinck foi aos postes e converteu o try. Dando os números finais ao placar de 37 x 21.

 

Esse resultado fez a moral da Inglaterra crescer, ainda mais com a idéia de Ed Jones colocar Youngs, Ford e Farrell para jogarem juntos. Esse trio está fazendo a linha da Inglaterra jogar muito leve e rápida. Billy Vunipola e Joe Lauchburry foram excelentes no pack de forwards inglês. E não podemos deixar de mencionar o retorno de Dylan Hartley ao selecionado, sempre muito importante para a primeira linha dos XV da Rosa.

 

Para os Boks, restam os próximos amistosos para tentar salvar a temporada. A queda de rendimento após a Copa do Mundo quando foram surpreendidos pelo Japão (deste Ed Jones que está na Inglaterra), os sul-africanos estão patinando e com muitas dificuldades para encontrar seu jogo novamente. Allister Coetzee está com tremendas dificuldades em encaixar o time dos Boks novamente. No próximo sábado, a África do Sul visitará a Itália e a Inglaterra receberá Fjii.

 

inglaterra novo37versus(12)21springboks logo

Inglaterra 37 x 21 África do Sul, em Londres (Twickenham)

Árbitro: Jérôme Garcès (França)

 

Inglaterra

Tries: May, Lowes, Ford e Farrell.

Conversões: Farrell(4)

Penais: Farrell(2) e Elliot Daly
15 Mike Brown, 14 Marland Yarde, 13 Elliot Daly, 12 Owen Farrell, 11 Jonny May, 10 George Ford, 9 Ben Youngs, 8 Billy Vunipola, 7 Tom Wood, 6 Chris Robshaw, 5 Courtney Lawes, 4 Joe Launchbury, 3 Dan Cole, 2 Dylan Hartley, 1 Mako Vunipola;

Suplentes: 16 Jamie George, 17 Joe Marler, 18 Kyle Sinckler, 19 Dave Attwood, 20 Nathan Hughes, 21 Danny Care, 22 Ben Te’o, 23 Jonathan Joseph;

 

África do Sul

Tries: Goosen e le Roux

Conversões: Combrinck (1)

Penais: Lambie (2)

Drop goal: Lambie (1)

15 Willie le Roux, 14 Ruan Combrinck, 13 Francois Venter, 12 Damian de Allende, 11 JP Pietersen, 10 Pat Lambie, 9 Rudy Paige, 8 Warren Whiteley, 7 Pieter-Steph du Toit, 6 Willem Alberts, 5 Lood de Jager, 4 Eben Etzebeth, 3 Vincent Koch, 2 Adriaan Strauss, 1 Tendai Mtawarira;

Suplentes: 16 Bongi Mbonambi, 17 Steven Kitshoff, 18 Lourens Adriaanse, 19 Franco Mostert, 20 Nizaam Carr, 21 Faf de Klerk, 22 Johan Goosen, 23 Lionel Mapoe;

França enfim vence e convence

Jogando em Toulouse, a França começou sua caminhada em novembro reencontrando a boa forma com uma vitória contundente sobre Samoa por

 

O primeiro tempo foi de domínio completo dos Bleus, que abriram 26 x 03 com tranquilidade, mostrando um rugby solto, com a cara, enfim, do técnico Guy Novès. Quem abriu o placar foi Samoa por meio de penal aos 8′, mas o primeiro try francês saiu com o fijiano-francês Virimi Vakatawa, que foi o nome do jogo, aos 12′. E Yoann Huget, de volta ao time, e Charles Ollivon cravaram mais dois tries franceses antes do intervalo.

 

No segundo tempo, Samoa esboçou a reação com Lee-Lo cravando o try de honra dos polinésios, mas logo viria a resposta francesa com outra grande jogada de linha, com Gaël Fickou. Samoa não conseguiu mais seguir com sua reação e Vakatawa ainda cruzou mais duas vezes o in-goal para completar um grande hat-trick, além de um penal try para a França, fechando a vitória em 52 x 08.

 

A França receberá no sábado que vem a Austrália, ao passo que Samoa visitará a Geórgia.

 

França vermelho52versus(12)08samoa copy

França 52 x 08 Samoa, em Toulouse

Árbitro: JP Doyle (Inglaterra)

 

França

Tries: Vakatawa (3), Huget, Fickou, Ollivon e penal try

Conversões: Serin (2) e Machenaud (2)

Penais: Machenaud (2)

15 Scott Spedding, 14 Yoann Huget, 13 Rémi Lamerat, 12 Wesley Fofana, 11 Virimi Vakatawa, 10 François Trinh-Duc, 9 Maxime Machenaud, 8 Loann Goujon, 7 Kévin Gourdon, 6 Louis Picamoles, 5 Yoann Maestri, 4 Julien Le Devedec, 3 Uini Atonio, 2 Guilhelm Guirado (c), 1 Jefferson Poirot;

Suplentes: 16 Camille Chat, 17 Cyril Baille, 18 Sébastian Vahaamahina, 19 Charles Ollivon, 20 Baptiste Serin, 21 Jean-Marc Doussain, 22 Gaël Fickou, 23 Rabah Slimani;

 

Samoa

Try: Lee-Lo

Conversão: Fa’apale (1)

15 Paul Williams, 14 Paul Perez, 13 George Pisi, 12 Rey Lee-Lo, 11 David Lemi (c), 10 Patrick Faapale, 9 Kahn Fotuali’i, 8 Genesis Mamea-Lemalu, 7 Jack Lam, 6 Alafoti Faosiliva, 5 Filo Paulo, 4 Christopher Vui, 3 Census Johnston, 2 Manu Leaiataua, 1 Zac Taulafo;

Suplentes: 16 Elia Elia, 17 Logovi’i Mulipola, 18 Anthony Perenise, 19 Jeff Lepa, 20 Gregory Foe, 21 Pele Cowley, 22 D’Angelo Leuila, 23 Ken Pisi;

 

Gales se ergue e vence a Argentina no sofrimento

Jogando em Cardiff, Gales e Argentina produziram um duelo de primeiro tempo de pouca emoção, mas com um ótimo segundo tempo e uma vitória sofrida de Gales por 24 x 21, reencontrando o caminho das vitórias após ser trucidado pela Austrália na semana passada.

 

O primeiro tempo foi de poucos espaços, com 6 x 3 para os Dragões, com dois penais de Halfpenny, fazendo jus ao amplo domínio territorial galês, de mais de 60% de posse de bola e muita força de seu pack, que levou problemas aos Pumas. Os galeses, no entanto, lamentaram não terem somado pontos no fim da primeira etapa, quando Herrera deixou a Argentina com um homem a menos, por amarelo.

 

A volta do intervalo deixou a disputa mais animada, com Dan Biggar quebrando a defesa sul-americana e Liam Williams se esticando para cravar o primeiro try dos anfitriões, logo aos 43′, depois de ótima sequência de fases em velocidade. 11 x 3, sem a conversão. A resposta argentina foi rápida, com Landajo brilhantemente cobrando com rapidez um penal, pegando a defesa galesa desarrumada para desferir um chute para Hernández guardar o primeiro try dos Pumas, deixando a diferença em 11 x 10.

 

O jogo pegou fogo e Gales chegou a seu segundo try aos 55′, com grande trabalho do pack vermelho após lateral, com Gareth Davies achando o espaço para ampliar a 8 pontos a vantagem galesa. Os Pumas não se renderam e, aos 61′, foi a vez de Landajo espremer o espaço para o segundo try azul, com o TMO validando o apoio.

 

Com 18 x 17 no placar, a tensão jogou com os dois lados e foram os galeses que emergiram vitoriosos, com Halfpenny arrematando penal aos 66′, Sánchez respondeu com outro penal aos 74′ e, após drop goal perdido, Halfpenny guardou o penal da vitória galesa aos 78′. 24 x 20 e fim de papo no Principality Stadium.

 

No sábado que vem Gales recebe o Japão e a Argentina visita a Escócia.

 

gales24versus(12)21UAR_copy_copy.jpg

Gales 24 x 21 Argentina, em Cardiff

Árbitro: Angus Gardner (Austrália)

 

Gales

Tries: Liam Williams e Gareth Davies

Conversões: Halfpenny (1)

Penais: Halfpenny (4)

15 Leigh Halfpenny, 14 George North, 13 Jonathan Davies, 12 Scott Williams, 11 Liam Williams, 10 Dan Biggar, 9 Gareth Davies, 8 Ross Moriarty, 7 Justin Tipuric, 6 Sam Warburton, 5 Alun Wyn Jones, 4 Luke Charteris, 3 Tomas Francis, 2 Ken Owens, 1 Gethin Jenkins (c);

Suplentes: 16 Scott Baldwin, 17 Nicky Smith, 18 Samson Lee, 19 Cory Hill, 20 James King, 21 Lloyd Williams, 22 Gareth Anscombe, 23 Jamie Roberts;

 

Argentina

Tries: Hernández e Landajo

Conversões: Sánchez (2)

Penais: Sánchez (2)

15 Joaquín Tuculet, 14 Matías Moroni, 13 Matías Orlando, 12 Juan Martín Hernández, 11 Ramiro Moyano, 10 Nicolás Sánchez, 9 Martín Landajo, 8 Facundo Isa, 7 Javier Ortega Desio, 6 Pablo Matera, 5 Matías Alemanno, 4 Guido Petti, 3 Ramiro Herrera, 2 Agustín Creevy (c), 1 Lucas Noguera;

Suplentes: 16 Julián Montoya, 17 Santiago García Botta, 18 Enrique Pieretto, 19 Leonardo Senatore, 20 Tomás Lezana, 21 Tomás Cubelli, 22 Santiago Gonzalez Iglesias, 23 Santiago Cordero;

 

Foto: Getty Images