Tempo de leitura: 6 minutos

Em Dublin, o Aviva Stadium lotou para o confronto entre Irlanda e Austrália, os donos da casa vindo de um triunfo diante dos Springboks e os Wallabies derrotados pelos Bleues na semana passada. Um jogaço, digno das melhores equipes do mundo.

Os donos da casa começaram pegando fogo, com dois tries e um penal em apenas quinze minutos de jogo. Sexton abriu o placar com um chute e depois de desperdiçar um penal fácil, ele mostrou que está com as habilidades em dia, acionando Simon Zebo na ponta, livre para marcar. A multidão ainda celebrava o try quando Tommy Bowe conseguiu uma grande interceptação, matando o contra-ataque adversário e avançando sem oposição até o ingoal, para delírio da torcida local. 17 a 0 em apenas quinze minutos de jogo, um início dos sonhos para os irlandeses.

- Continua depois da publicidade -

 Mas a Austrália não é uma das melhores seleções do mundo à toa. Phipps colocou os Wallabies no jogo logo depois com um lindo try, roubando a bola em um bom contra ataque irlandês e se livrando de três marcadores para uma corrida de mais de sessenta metros para apoiar no ingoal e recolocar os visitantes no jogo. Dois minutos depois, a partida se incendiou de vez, com um grande contra ataque australiano resultando em um try muito controverso para os Wallabies. Pela ponta, Foley acaba recebendo um passe que parece ter sido para a frente, mas o árbitro validou o tento.

Com dez minutos para o fim, os Wallabies consolidaram a reação com seu terceiro try, um try com muito apoio e duas furadas na linha irlandesa, finalizado por Phipps novamente. Foley errou o chute, mas logo depois, adicionou três pontos colocando a Austrália na frente pela primeira vez no jogo. Sexton empatou no último lance da etapa.

O segundo tempo mostrou outro ritmo de jogo. As equipes se contiveram mais nos ataques, e os primeiros pontos sairam com chutes de Sexton e Foley. A velocidade do jogo diminuiu muito, e as equipes se revezaram na posse de bola e domínio territorial equilibrado, mas sem grandes chances. Rob Kearney acertou a trave em um lindo drop goal de longe e da lateral esquerda, mas Sexton tratou de colocar a Irlanda na frente com um penal. Seu jogo de chutes foi uma das principais armas da Irlanda para ganhar terreno. 

Nos vinte minutos finais, os Wallabies passaram a dominar a posse de bola (chegaram a ter 89% da posse de bola no período), mas não chegaram ao ingoal adversário e perdiam a posse em momentos importantes, fruto do bom trabalho defensivo da Irlanda. A pequena vantagem manteve a tensão em alta até os segundos finais, quando Bowe conseguiu um turnover, selando o triunfo Esmeralda, que encerra seus amistosos de forma invicta com três vitórias.

 

irlanda copy(20) 26versus copiar23 (20)  Wallabies copy

Árbitro: Glen Jackson (Nova Zelândia)

Irlanda

Tries: Zebo, Bowe

Conversões: Sexton (2)

Penais Sexton (3)

 

Austrália

Tries: Phipps (2), Foley

Conversões: Foley

Penal: Foley (2)

 

Irlanda: 15 Rob Kearney, 14 Tommy Bowe, 13 Robbie Henshaw, 12 Gordon D’Arcy, 11 Simon Zebo, 10 Jonathan Sexton, 9 Conor Murray, 8 Jamie Heaslip, 7 Rhys Ruddock, 6 Peter O’Mahony, 5 Paul O’Connell(c), 4 Devin Toner, 3 Mike Ross, 2 Rory Best, 1 Jack McGrath.

Suplentes: 16 Sean Cronin, 17 Dave Kilcoyne, 18 Rodney Ah You, 19 Dave Foley, 20 Tommy O’Donnell, 21 Eoin Reddan, 22 Ian Madigan, 23 Felix Jones.

Austrália: 15 Israel Folau, 14 Adam Ashley-Cooper, 13 Tevita Kuridriani, 12 Matt Toomua, 11 Henry Speight, 10 Bernard Foley, 9 Nick Phipps, 8 Ben McCalman, 7 Michael Hooper(c), 6 Luke Jones, 5 Rob Simmons, 4 Sam Carter, 3 Sekope Kepu, 2 Saia Fainga’a, 1 James Slipper.

Suplentes: 16 James Hanson, 17 Tetera Faulkner, 18 Benn Robinson, 19 Will Skelton, 20 Jake Schatz, 21 Will Genia, 22 Quade Cooper, 23 Kurtley Beale. 

 

Artigo por Daniel Venturole

 

Sem brilho, Springboks vencem na Itália

A Italia iniciou com a ambição de se valer como mandante. Logo nas primeiras ações Parisse habilitou Masi com um passe rápido após um tackle, o fullback chutou em direção ao ingoal, porém não havia ninguém para finalizar. Haimona teve a oportunidade de abrir o marcador para a Azurri com um penal aos sete minutos, mas a bola nem sequer deixou o campo de jogo, fazendo com que os sul-africanos recuperassem sua posse. O scrum italiano se mostrava forte, em uma dessas formações aos onze, os sul-africanos foram engolidos, deu-se a segunda chance para Haimona que não desperdiçou, chutando muito bem o penal, abrindo o placar no Estadio Euganeo.

Logo após pontuar a Itália se complicou na defesa e quase viu os Springboks pontuarem com reposição perigosa. A pressão verde e ouro era irresistível. Aos quinze Pat Lambie descontou para os visitantes após chutar muito bem na cobrança de penal. Parisse teve bons momentos na primeira etapa, jogador sempre diferenciado, aproveitou bem os espaços em jogo franco de muitas fases abertas para ambos os lados. Aos vinte, os Boks já dominavam as ações no lado esquerdo do ataque, após alguns rucks neste setor, Reinach viu o pilar Oosthuizen que recebeu passe livre de marcação, facilmente anotou o primeiro try da partida, Lambie não converteu. No apagar das luzes Haimona deixou o placar mais justo cobrando bem outro penal, colocando os Boks dois pontos à frente.

O segundo tempo evidenciou o jogo que para os italianos era mais importante se defender das investidas sul-africanas que tentar atacar incisivamente e liberar prechas no setor defensivo. Na prática o que se viu foi o jogo predileto dos sulistas, a pressão. O partida era truncada, a imponência fisica dos Springboks era gritante. Aos vinte Reinach, o homem do jogo, após troca de passes ficou livre da marcação e com muita velocidade deixou seu try no lado direito do ataque, Pollard converteu.

Nos ultimos dez minutos de partida a Itália se igualou em volume de jogo e passou a pressionar. Quando o campo defensivo está aberto, o ponta gosta demais disso, Bryan Habana não poderia ficar desmarcado. Uma boa troca de passes terminou nas mãos do velocista que fez um belo try no último lance, Pollard converteu, consolidando um triunfo sem muito brilho dos Springboks.

 

 

italia copy copy (06) 06versus copiar22 (08) springbok-logo copy copy

Árbitro: Jérôme Garcès (França)

Itália

Penais: Haimona (2)

 

África do Sul

Tries: Oosthuizen,  Reinach, Habana

Conversões: Pollard (2)

Penal: Lambie

 

Itália: 15 Andrea Masi, 14 Luke McLean, 13 Michele Campagnaro, 12 Luca Morisi, 11 Leonardo Sarto, 10 Kelly Haimona, 9 Edoardo Gori, 8 Sergio Parisse, 7 Samuela Vunisa, 6 Alessandro Zanni, 5 Joshua Furno, 4 Quintin Geldenhuys, 3 Martin Castrogiovanni, 2 Leonardo Ghiraldini, 1 Matias Aguero.

Suplentes: 16 Andrea Manici, 17 Alberto De Marchi, 18 Dario Chistolini, 19 Marco Bortolami, 20 Francesco Minto, 21 Guglielmo Palazzani, 22 Luciano Orquera, 23 Giulio Toniolatti.

África do Sul: 15 Johan Goosen, 14 JP Pietersen, 13 Jan Serfontein, 12 Jean de Villiers (c), 11 Bryan Habana, 10 Pat Lambie, 9 Cobus Reinach, 8 Duane Vermeulen, 7 Teboho Mohoje, 6 Marcell Coetzee, 5 Victor Matfield, 4 Eben Etzebeth, 3 Coenie Oosthuizen, 2 Adriaan Strauss, 1 Trevor Nyakane.

Suplentes: 16 Bismarck du Plessis, 17 Gurthrö Steenkamp, 18 Julian Redelinghuys, 19 Lood de Jager, 20 Nizaam Carr, 21 Francois Hougaard, 22 Handré Pollard, 23 Willie le Roux.

 

Artigo por Leandro Vieira

 

Foto: Getty Images