Tempo de leitura: 2 minutos

Nesta quinta-feira, o técnico irlandês da Itália, Conor O’Shea, anunciou seu elenco para a disputa do Six Nations, que começa no primeiro fim de semana de fevereiro.

 

O treinador dos Azzurri confirmou Sergio Parisse no time e chamou somente um debutante, o segunda linha Federico Ruzza. São 32 nomes de olho já no jogo do dia 5 contra Gales, dos quais 26 jogam pelos dois times italianos do PRO12 (sendo 11 no Benetton Treviso e 15 no Zebre), 1 atua no Campeonato Italiano (o Eccellenza) e 5 no exterior. Apenas 5 atletas convocados não nasceram na Itália: Gega (Albânia, mas aprendeu rugby na Itália), Parisse (Argentina), Van Schalkwyk e Steyn (África do Sul) e McLean (Austrália).

- Continua depois da publicidade -

 

Avançado: Pietro Ceccarelli (Zebre), Dario Chistolini (Zebre), Lorenzo Cittadini (Bayonne, França), Andrea Lovotti (Zebre), Sami Panico (Calvisano, Eccellenza), Tommaso D’Apice (Zebre), Ornel Gega (Treviso), Leonardo Ghiraldini (Toulouse, França), George Fabio Biagi (Zebre), Joshua Furno (Zebre), Marco Fuser (Treviso), Federico Ruzza (Zebre), Andries Van Schalkwyk (Zebre), Marco Barbini (Treviso), Simone Favaro (Glasgow, Escócia), Maxime Mata Mbanda’ (Zebre), Francesco Minto (Treviso), Sergio Parisse (c) (Stade Français, França), Abraham Jurgens Steyn (Treviso);

 

Linha: Giorgio Bronzini (Treviso), Edoardo Gori (Treviso), Marcello Violi (Zebre), Tommaso Allan (Treviso), Carlo Canna (Zebre), Tommaso Benvenuti (Treviso), Tommaso Boni (Zebre), Michele Campagnaro (Exeter Chiefs, Inglaterra), Luke McLean (Treviso), Giulio Bisegni (Zebre), Angelo Esposito (Treviso), Giovambattista Venditti (Zebre), Edoardo Padovani (Zebre);

 

Arrivederci Treviso, bongiorno Dogi?

Enquanto isso, o futuro italiano no PRO12 vem sendo debatido. O presidente do Comitê de Rugby do Vêneto, Marzio Innocenti, declarou nesta semana que o Benetton Treviso não deveria seguir representando a Itália na liga e que deveria ser substituído pelo time I Dogi, tradicional selecionado da região do Vêneto, com o intuito de representar toda a região e fortalecer os clubes vênetos. A Itália não segue hoje o modelo de representações regionais no PRO12, uma vez que escolheu em 2010 o Treviso, clube que havia conquistado o Campeonato Italiano 10 vezes em um espaço de 14 anos antes de abandonar a competição para disputar o PRO12. O Treviso é um dos grande clubes do Vêneto, regional mais forte tradicionalmente no rugby italiano, e desde então não vem enfrentando seus rivais, como Rovigo, Petrarca Padova, San Donà e Mogliano, que permaneceram no Eccellenza.

 

O presidente do Treviso, Amerino Zatta, se disse surpreso com as declarações de Innocenti, pois a Benetton, empresa patrona de seu clube, já havia mostrado interesse no passado na constituição do Dogi, porém teve que abandonar o projeto por falta de acordo entre os clubes. Zatta deixou claro que o Treviso não se oporia a tal projeto, mas que seria preciso vontade de todos para o Dogi acontecer.

 

A discussão reapareceu agora por conta da abertura das negociações da renovação da participação dos times italianos no PRO12. Em debate também está o futuro do Zebre, da cidade de Parma, franquia mantida hoje pela própria Federação Italiana de Rugby, que vem tendo especulada sua relocação para Roma, onde poderia usar o Stadio Flaminio, estádio “fantasma” desde que a seleção italiana de rugby deixou de mandar seus jogos nele em favor do maior Stadio Olimpico.