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ARTIGO COM VÍDEOS – Que jogo maluco! A terceira rodada do Six Nations se encerrou neste domingo com uma partida completamente “fora da caixa” entre Inglaterra e Itália em Londres. A expectativa do mundo era que os ingleses conquistassem sua 17ª vitória consecutiva (uma a menos que o recorde que pertence aos All Blacks) com facilidade, mas o torcedor que foi a Twickenham se descabelou com a tática proposta pela Itália. Os Azzurri jogaram pelo orgulho, em meio a um turbilhão de críticas e clamares por sua ejeção do Six Nations, e levaram a partir com o placar em aberto até o fim. Apenas com o placar já resolvido os ingleses abriram na diferença e fecharam o jogo com uma vitória bonificada de 36 x 15, cujo placar é enganoso sobre como se desenrolou o jogo.
Os primeiros 20 minutos de jogo viram domínio italiano e uma Inglaterra desde o início confusa sobre a postura dos visitantes de simplesmente não disputarem os rucks, o que induziu a Rosa aos erros e às indecisões. Os italianos poderiam ter aberto o marcador no início, mas o abertura Tommaso Allan não foi feliz e errou os dois primeiros penais. Os ingleses atacaram pela primeira vez levando perigo apenas aos 23′, quando a primeira boa pressão inglesa fez efeito e Dane Cole cravou o primeiro try dos anfitriões em maul. Opção que funcionou.
A Itália, contudo, manteve-se fiel à sua tática e inclusive encerrou a primeira etapa com posse de bola superior, em 57%, ainda que sua forma nos tackles seguiu com aproveitamento baixo, assim como seu lateral. A determinação italiana em impedir os ingleses de alargarem rapidamente o placar colheu frutos. Aos 33′, Allan se redimiu dos penais perdidos e acertou um drop goal, punindo a Inglaterra pela conversão perdida e deixando o placar em somente 5 x 3. Os ingleses sentiram e a Itália domina o restante do primeiro tempo. Aos 39′, Van Schalkwyk rompeu a defesa da Rosa, os Azzurri reciclaram a bola e ganharam penal. O chute era fácil, Allan, contudo, errou, acertando a trave, mas com a defesa inglesa desatenta Venditti apanhou o rebote e rompeu para um try impactante ao final da primeira etapa, colocando 10 x 05 no placar para os visitantes.
O segundo tempo começou com a Inglaterra mais focada e a Itália pagando pela velha desatenção em jogadas simples. Em penal nas 22, Danny Care efetuou rapidamente a cobrança e pegou a defesa azul desguarnecida, cravando o try do empate. Outra vez a conversão foi perdida, mas o try deu embalo à Inglaterra e desconcertou a defesa italiana, que seguiu errando tackles e, aos 47′, Haskell rompeu a linha de vantagem e a Rosa trabalhou com propriedade a bola até a ponta para Daly correr para o precioso terceiro try. 17 x 10.
O momento de vantagem inglesa, no entanto, passou, e a Itália seguiu com determinação e fé em seu esquema de jogo de desestruturar os rucks, criando cada vez mais confusão do lado inglês na disputa pela bola. O efeito foi uma Inglaterra que se manteve confusa e vulnerável, apenas de conseguir ter mais posse de bola no segundo tempo. Aos 60′, veio o golpe italiano, com Campagnaro entortando a defesa inglesa na velocidade para fazer um lindo try. Allen, todavia, errou a conversão e o empate não veio.
O lance capital ocorreu aos 68′. A Inglaterra produziu contra-ataque mortal com chute nas costas da defesa italiana e o perigo foi “futebolisticamente” afastado por um “carrinho” de Canna, jogando a bola pela lateral. O alinhamento inglês foi bem e os anfitriões souberam trabalhar as fases até criarem muito espaço na ponta para Farrell esticar o passe e Nowell correr livre para o quarto try (do bônus necessário), pondo um fim no conto de fadas italiano.
Nos 10 mninutos finais a Itália não teve mais condições físicas de aguentar o ritmo e a Inglaterra liquidou a fatura com mais dois tries, de Te’o e Nowell novamente. Jogão da parte dos Azzurri e vitória suada do lado da Rosa, 36 x 15. Nota de destaque ainda para a grande arbitragem de Romain Poite, que soube lidar muito bem com a táticas ousadas dos italianos na disputa pela bola e com a tensão inglesa pelo jogo “maluco”.
No próximo sábado, não haverá rodada do Six Nations. Os dois times voltarão a campo no dia 11 de março, quando a Itália será mandante a França, enquanto a Inglaterra receberá a Escócia em um jogo que tem tudo para marcar época, valendo para os ingleses o recorde mundial de vitórias, a Tríplice Coroa para os dois lados e, claro, a liderança do Six Nations com uma rodada para o fim.
Inglaterra 36 x 15 Itália, em Londres
Árbitro: Romain Poite (França)
Inglaterra
Tries: Nowell (2), Cole, Care, Daly e Te’o
Conversões: Farrell (3)
15 Mike Brown, 14 Jonny May, 13 Ben Te’o, 12 Owen Farrell, 11 Elliot Daly, 10 George Ford, 9 Danny Care, 8 Nathan Hughes, 7 James Haskell, 6 Maro Itoje, 5 Courtney Lawes, 4 Joe Launchbury, 3 Dan Cole, 2 Dylan Hartley (c), 1 Joe Marler;
Suplentes: 16 Jamie George, 17 Mako Vunipola, 18 Kyle Sinckler, 19 Tom Wood, 20 Jack Clifford, 21 Ben Youngs, 22 Henry Slade, 23 Jack Nowell;
Itália:
Tries: Venditti e Campagnaro
Conversões: Allan (1)
Drop goal: Allan (1)
15 Edoardo Padovani, 14 Giulio Bisegni, 13 Michele Campagnaro, 12 Luke McLean, 11 Giovanbattista Venditti, 10 Tommaso Allan, 9 Edoardo Gori, 8 Sergio Parisse (c), 7 Simone Favaro, 6 Abraham Steyn, 5 Andries Van Schalkwyk, 4 Marco Fuser, 3 Lorenzo Cittadini, 2 Leonardo Ghiraldini, 1 Andrea Lovotti;
Suplentes: 16 Ornel Gega, 17 Michele Rizzo, 18 Pietro Ceccarelli, 19 George Biagi, 20 Maxime Mata Mbanda’, 21 Giorgio Bronzini, 22 Carlo Canna, 23 Tommaso Benvenuti;
Seleção | Jogos | Pontos |
---|---|---|
Inglaterra | 5 | 19 |
Irlanda | 5 | 14 |
França | 5 | 14 |
Escócia | 5 | 14 |
Gales | 5 | 10 |
Itália | 5 | 0 |
- Vitória = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota = 0 pontos;
- Anotar 4 ou mais tries = 1 ponto extra;
- Perder por diferença de 7 pontos ou menos = 1 ponto extra;
Inglaterra inabalável no M20
O final de semana contou ainda com a terceira rodada do Six Nations M20. A Inglaterra segue líder após atropelar a Itália por 46 x 00. Os outros dois jogos foram mais parelhos e empolgantes. Em casa, a Irlanda despachou a França com um 27 x 22 sofrido, com os verdes abrindo 21 x 10 e segurando a reação dos azuis. Já Escócia e Gales produziram um jogaço na Escócia, com os galeses vencendo por embasbacantes 65 x 34, em jogo de 8 tries para Gales e 6 para a Escócia.
RBS Six Nations M20
Inglaterra 46 x 00 Itália, em Darlington
Irlanda 27 x 22 França, em Dublin
Escócia 34 x 65 Gales, em Cumbernauld
Seleção | Jogos | Pontos |
---|---|---|
Inglaterra | 4 | 27 |
França | 4 | 15 |
Gales | 4 | 14 |
Irlanda | 4 | 13 |
Escócia | 4 | 7 |
Itália | 4 | 2 |
- Vitória = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota = 0 pontos;
- Anotar 4 ou mais tries = 1 ponto extra;
- Perder por diferença de 7 pontos ou menos = 1 ponto extra;
Foto: INPHO – 6 Nations
Parabens à Itália e a equipe de treinadores que deram um show na criança que é o treinador da
da Inglaterra quando as coisas não vão de acordo com a sua vaidade pomposa. A história de
esporte tem muitos exemplos de inovações técnicas que, ainda estranhas, são de acordo com a
que as regras permitem.
Na natação há várias exemplos inclusive de um deles o nado borboleta foi inventado através de uma
nadadora BRASILEIRA em Jogos Olímpicos. Mais recente uma nadadora Americana reduziu em muito
o recorde mundial, dentro das regras, em borboleta que resultou em mudança nas regras deste estilo.
A regra de impedimento no rugby para quem está à frente da bola quando chutada a frente exigindo que
o impedido não avaça até atleta sua que estava atrás do chutador ou o próprio chatador lhe coloca fora
de impedimento. Uns trinta anos atrás esta regra foi mudada porque a Australia dentro da regra da época
avançava com monte de atletas que estavam à frente do chute. Austrália sempre teve treinadoes bem
inteligentes que conseguiam estes feitos. Parabens ao Sul africano e Irlandês que conseguiram mostrar
que as regras estão ai para serem estudadas afinco.