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Essa quinta-feira, dia 23, será de pontapé inicial para o Super Rugby 2017, a grande liga que reúne 18 franquias de Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina e Japão. A competição tem um total de 17 rodadas, entre fevereiro e julho, sendo interrompida apenas em junho para os amistosos internacionais. Em julho começará a fase de mata-mata, culminando com a grande final no dia 5 de agosto.

 

O Super Rugby é atração do Watch ESPN, que exibirá todos os jogos ao vivo e sob demanda. Você está preparado(a) para a temporada?

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Formato

O modo de disputa do Super Rugby em 2017 seguirá o de 2016, com as 18 franquias sendo divididas em 2 grupos, o Grupo Australasiano e o Grupo Aficano, divididos 4 conferências: o Grupo Australiasiana é dividido em Conferência Australiana, com os 5 times da Austrália, e Conferência Neozelandesa, com os 5 times da Nova Zelândia; enquanto o Grupo Africano é dividido em Conferência África 1, com 3 times da África do Sul e 1 do Japão, e Conferência África 2, com os outros 3 times da África do Sul e 1 da Argentina. Cada equipe faz 15 jogos e folga em 2 rodadas. São 6 partidas contra equipes da própria conferência e outras 9 contra todas as equipes de duas outras conferências, com os duelos mudando a cada ano. Em 2017, seguintes embates serão:

  • – Conferência Australiana x Conferência Neozelandesa;
  • – Conferência África 1 x Conferência África 2;
  • – Conferência Australiana x Conferência África 2;
  • – Conferência Neozelandesa x Conferência África 1;

 

Ao final da temporada regular, o campeão de cada conferência terá vaga nas quartas de final, assim como os 3 melhores entre os demais do Grupo Australasiano e o melhor do Grupo Africano entre os demais. Dessa forma, avançarão às quartas de final 5 equipes de Nova Zelândia e Austrália e outras 3 de África do Sul, Argentina ou Japão. Os 4 campeões das conferências terão o mando de jogo nas quartas de final.

 

Quem é favorito?

O Super Rugby vem apresentando grande alternância de campeões. Nos últimos 10 anos, foram 7 campeões diferentes, sendo que nos últimos três anos foram campeãs equipes que jamais haviam levantado antes a taça: Waratahs em 2014, Highlanders em 2015 e Hurricanes em 2016. A última vez que uma equipes enfileirou dois títulos seguintes foi o Chiefs, em 2012 (quando também venceu pela primeira vez a liga) e 2013. Nos últimos 6 anos, o torneio vem sendo dominado por australianos e neozelandeses, sendo que a última vez que a taça foi parar na África do Sul foi em 2010, quando o Bulls faturou seu terceiro título (sendo o único time do país campeão do Super Rugby).

 

Em 2017, os sul-africanos deverão seguir em baixa, pois apenas o Lions, de Joanesburgo, vice campeão em 2016, parece bem e desafia seriamente desde já a hegemonia da Oceania. Os Jaguares argentinos, depois de um ano ganhando experiência na competição, podem estar prontos para desafiarem os times tradicionais, mas ainda têm que encontrar a fórmula certa para encararem uma liga na qual eles são os que mais viajam. Entretanto, a tabela de 2017 é mais favorável aos argentinos, que percorrerão 65% menos quilômetros do que em 2016, o que poderá fortalecer a equipe.

 

Na Oceania, os olhares estão novamente sobre os neozelandeses, com Chiefs, Hurricanes e Crusaders entre os favoritos, enquanto se espera mais dos Blues que em 2016. Do lado australiano, o Reds parece pronto para voltar ao protagonismo, mas Brumbies e Waratahs aparentam mais condições de fazerem frente aos neozelandeses. Ainda assim, ao que tudo indica, a temporada tem cara de mais um ano kiwi.

 

1ª rodada

*Horários de Brasília

Dia 23/02 – 05h45 – Rebels x Blues, em Melbourne

Dia 24/02 – 03h35 – Highlanders x Chiefs, em Dunedin

Dia 24/02 – 06h00 – Reds x Sharks, em Brisbane

Dia 25/02 – 01h15 – Sunwolves x Hurricanes, em Tóquio

Dia 25/02 – 03h35 – Crusaders x Brumbies, em Christchurch

Dia 25/02 – 05h45 – Waratahs x Force, em Sydney

Dia 25/02 – 10h05 – Cheetahs x Lions, em Bloemfontein

Dia 26/02 – 12h15 – Kings x Jaguares, em Porto Elizabeth

Dia 26/02 – 14h30 – Stormers x Bulls, na Cidade do Cabo

 

As equipes

Conferência África 1

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Sunwolves

Cidade: Tóquio

País: Japão

Estádios: Estádio Príncipe Chichibu (27.000 lugares), em Tóquio / Singapore Sports Hub, em Cingapura (55.000 lugares)

Títulos: 0

2016: 18º lugar geral

2017: O time japonês terminou na última colocação no ano de sua estreia, mas a expectativa é de melhor dos Sunwolves, que reformularam seu elenco e estão mais próximos da seleção japonesa. Objetivo é fugir da lanterna e enfileira algumas vitórias.

 

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Bulls

Cidade: Pretória

País: África do Sul

Estádio: Loftus Versfeld (51.700 lugares)

Títulos: 3 (2007, 2009 e 2010)

2016: 9º lugar geral

2017: Os Bulls, vice campeões de 2013, terminaram no fraco 9º lugar em todas as últimas 3 temporadas e estão sedentos por um passo adiante. A meta é chegar ao mata-mata e o time tem talento necessário, com muita força no pack, liderado por Adriaan Strauss, mas o jogo dos Touros precisa se modernizar ainda e melhoras na linha são esperadas com a volta de Handré Pollard. Olho nos Bulls na primeira pelo G8.

 

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Cheetahs

Cidade: Bloemfontein

País: África do Sul

Estádio: Free State Stadium (48.000 lugares)

Títulos: 0

2016: 14º lugar geral

2017: Os Cheetahs chegam ao Super Rugby sempre pouco badalados, mas estão credenciados pelo título invicto da Currie Cup em 2016, o Campeonato Sul-Africano. Jogo aberto e envolvente, mas costumeiramente com problemas na defesa. Os Cheetahs podem surpreender na luta pelo mata-mata, mas o realismo indica que ainda estão longe de alcançar esse objetivo.

 

Stormers logo

Stormers

Cidade: Cidade do Cabo

País: África do Sul

Estádio: Newlands Stadium (51.900 lugares)

Títulos: 0

2016: Eliminado nas Quartas de final / 4º lugar geral na 1ª fase

2017: Os Stormers chegaram aos playoffs nos últimos dois anos, mas em 2017 a situação será muito mais difícil para o time do Cabo, que perdeu nomes importantes, como Vincent Koch e Schalk Burger, e terá uma tabela mais dura, encarando os neozelandeses. Os Stormers sempre são fortes no pack, mas agora a proposta do time é jogar um rugby aberto, inspirando-se na fórmula de sucesso dos Lions. O craque do sevens Senatla estará no elenco. Missão mata-mata outra vez.

 

Conferência África 2

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Kings

Cidade: Porto Elizabeth

País: África do Sul

Estádio: Nelson Mandela Bay Stadium (48.400 lugares)

Títulos: 0

2016: 17º lugar geral

2017: Grande candidato ao último lugar, os Kings só não foram os piores do último Super Rugby porque venceram os Sunwolves. O time de Porto Elizabeth ainda vive em situação financeira precária e seu elenco é modesto. Não ser o lanterna será uma conquista.

 

lions rugby

Lions

Cidade: Joanesburgo

País: África do Sul

Estádio: Emirates Airlines Ellis Park (62.500 lugares)

Títulos: 1 (1993)*

2016: Vice campeão / 2º lugar geral na 1ª fase

2017: Os Lions são hoje os mais fortes competidores entre os sul-africanos, tendo quebrado a ortodoxia do jogo sul-africano no ano passado para chegar a um empolgante vice campeonato. O time de Joanesburgo almeja o título do Super Rugby e aposta na forma de Faf De Kler, Elton Jantjes, Warren Whiteley, Jaco Kriel, Ruan Combrinck & cia para isso.

 

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Sharks

Cidade: Durban

País: África do Sul

Estádio: Growthpoint Kings Park (55.00 lugares)

Títulos: 0

2016: Eliminado nas Quartas de final / 8º lugar geral na 1ª fase

2017: Os Sharks todo ano formam um elenco com bons nomes, mas o passo adiante não é dado e o gosto de decepção fica para o torcedor de Durban. Desta vez, a tônica do lado dos Tubarões é renovação e a dependência da criatividade de Pat Lambie pode ser o calcanhar de Aquiles da equipe. O objetivo é ir ao mata-mata, claro, mas dúvidas pairam em Natal.

 

jaguares

Jaguares

Cidade: Buenos Aires

País: Argentina

Estádio: Estadio José Amalfitani (49.500 lugares)

Títulos: 0

2016: 13º lugar geral

2017: Os Jaguares têm tudo neste ano para fazerem uma campanha superior a 2016. Os argentinos já conhecem bem o torneio e já têm conhecimento dos percalços o bastante para um planejamento superior. A tabela também ajuda os Jaguares, que não pegarão mais os neozelandeses, e sim os australianos. O elenco é basicamente o dos Pumas e a qualidade para o salto adiante é óbvia. É hora de ir ao mata-mata.

 

Conferência Austrália

Brumbies logo

Brumbies

Cidade: Canberra

País: Austrália

Estádio: Canberra Stadium (25.000 lugares)

Títulos: 2 (2001 e 2004)

2016: Eliminado nas Quartas de final / 7º lugar geral na 1ª fase

2017: Os Brumbies são sempre fortes candidatos a mata-mata no lado australiano do Super Rugby e sob o comando do técnico Stephen Larkham o time de Canberra jamais ficou de fora dos playoffs. Os Brumbies não terão mais a liderança de Stephen Moore e sofreram com lesões na pré temporada, o que poderá ter um impacto sobretudo no início do certame.

 

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Force

Cidade: Perth

País: Austrália

Estádio: Nib Stadium (20.500 lugares)

Títulos: 0

2016: 16º lugar geral

2017: Historicamente o mais fraco dos australianos, o Force sofreu na temporada passada e em 2017 o objetivo é simplesmente não sofrer na luta contra a lanterna. O time de Perth revelou bons nomes recentemente, como Haylett-Petty, e trouxe Curtis Rona da NRL. Momentos melhores são esperados do lado azul da força.

 

melbourne rebels

Rebels

Cidade: Melbourne

País: Austrália

Estádio: AAMI Park (30.000 lugares)

Títulos: 0

2016: 12º lugar geral

2017: Nascido em 2011, o Melbourne Rebels jamais em sua história foi ao mata-mata e esse fato vem freando o desenvolvimento da franquia numa cidade apaixonada por outra bola oval, a do futebol australiano. Os Rebels se reforçaram pensando em fazerem a “campanha da história” e chegarem ao mata-mata, com destaque para Koroibete, vindo do Rugby League. Olho nos Rebels, mas eles certamente correrão apenas por fora.

 

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Reds

Cidade: Brisbane

País: Austrália

Estádio: Suncorp Stadium (52.500 lugares)

Títulos: 3 (1994, 1995, 2011)*

2016: 15º lugar geral

2017: Do céu ao inferno, o campeão de 2011 viveu anos muito ruins recentemente, mas se reforçou para 2017 trazendo velhos ídolos do rugby aussie: Quade Cooper estará de volta, assim com Scott Higginbothan. Os Reds ainda ganharam a liderança de Stephen Moore e George Smith, mas ainda há muito o que ser provado. No auge, todos foram grandes jogadores, mas se são nomes para 2017 é outra questão. Destaque para Lachlan Maranta, vindo do Rugby League. O objetivo é voltar a ser grande.

 

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Waratahs

Cidade: Sydney

País: Austrália

Estádio: Allianz Stadium (45.500 lugares)

Títulos: 1 (2014)

2016: 10º lugar geral

2017: Os Waratahs tiveram uma última temporada irregular e perderam o lugar no mata-mata apenas dois anos após terem erguido a taça. Os azuis de Sydney não aceitam nada menor que o G8, mas o elenco deixa dúvidas, sobretudo após perder Kurtley Beale e Wycliff Palu. Momento de reformulação do lado dos ‘Tahs que poderá lhes custar o playoff. Apreensão do lado de Sydney.

 

Conferência Nova Zelândia

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Blues

Cidade: Auckland

País: Nova Zelândia

Estádio: Eden Park (50.000 lugares)

Títulos: 3 (1996, 1997, 2003)

2016: 11º lugar geral

2017: Time da maior cidade da Nova Zelândia, tricampeão do Super Rugby e hoje considerado o mais fraco da Nova Zelândia. Os Blues viveram situação preocupante nos últimos tempos e o reflexo das arquibancadas vazias preocupou demais a liga. Porém, para 2017, a volta do time de Auckland ao mata-mata é uma possibilidade real, com um elenco jovem e de boa qualidade, já mais maduro e preparado para o passo adiante. Olho nos irmãos Ioane e, claro, no reforço de Sonny Bill Williams.

 

Chiefs

Chiefs

Cidade: Hamilton

País: Nova Zelândia

Estádio: Waikato Stadium (25.800 lugares)

Títulos: 2 (2012 e 2013)

2016: Semifinalista / 5º lugar geral na 1ª fase

2017: Um dos grandes favoritos ao título do Super Rugby, o Chiefs já deu suas cartas no começo da temporada vencendo o Brisbane Tens. O time de Waikato mostrou no ano passado um rugby aberto, envolvente e elevou a um novo patamar o conceito de busca por espaços. Brodie Retallick, Sam Cane, Aaron Cruden, Lienert-Brown, Damian McKenzie, Tawera Kerr-Barlow… é uma constelação vestindo a camisa dos Chiefs.

 

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Crusaders

Cidade: Christchurch

País: Nova Zelândia

Estádio: AMI Stadium (18.600 lugares)

Títulos: 7 (1998, 1999, 2000, 2002, 2005, 2006 e 2008)

2016: Eliminado nas Quartas de final / 6º lugar geral na 1ª fase

2017: O fim da era Carter-McCaw e o jejum já de quase 10 anos sem títulos preocupam o torcedor da franquia mais vitoriosa da história do Super Rugby. Os Crusaders seguem entre os fortes candidatos à classificação ao mata-mata e não podem ser descartados da luta pela taça, ainda mais liderados por nomes como Kieran Read, Israel Dagg, Owen Franks e Sam Whitelock. Mas os comandados do técnico Scott Robertson (o “Razor”, que já treinou o Brasil) sabem da pressão, mas sabem também de sua qualidade, ainda mais com Canterbury continuando hegemônica no campeonato nacional. Os ‘Saders seguem vivos, mas correm por fora.

 

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Highlanders

Cidade: Dunedin

País: Nova Zelândia

Estádio: Forsyth Barr Stadium (30.700 lugares)

Títulos: 1 (2015)

2016: Semifinalista / 3º lugar geral na 1ª fase

2017: Outro candidatíssimo ao título, o Highlanders tem uma das linhas mais envolventes da liga, com Aaron Smith (precisando mostrar “serviço” após ano conturbado), Ben Smith, Lima Sopoaga, Waisake Naholo e jovens promessas como Tevita Li. O time do extremo conta com um grupo vitorioso e entrosado que poderá fazer a diferença na hora das decisões. Mas, no “mano a mano” com Hurricanes e Chiefs, muitos apostam contra os Highlanders.

 

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Hurricanes

Cidade: Wellington

País: Nova Zelândia

Estádio: Westpac Stadium (34.500 lugares)

Títulos: 1 (2016)

2016: Campeão / 1º lugar geral na 1ª fase

2017: Atual campeão e talvez ainda o maior candidato ao título, o time da capital da Nova Zelândia é brilhante em todos os setores do campo. O técnico Chris Boyd tem talento de sobra na linha, com a dupla TJ Perenara e Beauden Barrett, o monstro Julian Savea e Nehe Milner-Skudder, com Dane Coles e Ardie Savea dando as cartas no pack. Mas, do mesmo jeito que os Hurricanes têm talento, eles também têm pressão. E na concorrência com a constelação dos Chiefs isso poderá pesar. O Super Rugby promete, sobretudo entre os neozelandeses!

 

Lista de campeões do Super Rugby (desde 1996)

1 – Crusaders (Nova Zelândia) – 7 títulos

2 – Blues (Nova Zelândia) – 3 títulos

Bulls (África do Sul) – 3 títulos

4 – Brumbies (Austrália) – 2 títulos

Chiefs (Nova Zelândia) – 2 títulos

6 – Highlanders (Nova Zelândia) – 1 título

Hurricanes (Nova Zelândia) – 1 título

Reds (Australia) – 1 título

Waratahs (Austrália) – 1 título

 

Lista de campeões desde o Super 10 (desde 1993)

1 – Crusaders (Nova Zelândia) – 7 títulos

2 – Blues (Nova Zelândia) – 3 títulos

Bulls (África do Sul) – 3 títulos

Reds (Australia) – 3 títulos

5 – Brumbies (Austrália) – 2 títulos

Chiefs (Nova Zelândia) – 2 títulos

7 – Highlanders (Nova Zelândia) – 1 título

Hurricanes (Nova Zelândia) – 1 título

Lions (África do Sul) – 1 título

Waratahs (Austrália) – 1 título