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Vamos falar de Jogos Olímpicos? Afinal, faltam apenas 7 dias para a abertura do Rio 2016! E nós já estamos em nossa reta final das prévias para o torneio. Na última quarta, passamos a limpo o grupo do Brasil, o Grupo A do torneio masculino, e agora falaremos do Grupo B! Nele estão favoritos às medalhas também, com África do Sul e Austrália prometendo um grande duelo pela ponta da chave, enquanto a França corre por fora querendo fazer jus à fama de seu rugby também no sevens. Completando o grupo, a Espanha estará no Rio de Janeiro como um passo essencial de seu crescimento, mas não deverá fazer frente às potências.

 

Quem será que fatura a chave e quem avança às quartas de final? Vale lembrar que na fase de grupos do Rio 2016 terão vaga nas quartas de final os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados.

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África do Sul

Apelido: Blitzboks

Classificação 2015-16: 3º lugar

Títulos mundiais: Série Mundial de Sevens de 2008-09 / Jogos da Commonwealth de 2014 / Jogos Mundiais de 2013

Títulos de etapas:África do Sul (2008, 2013, 2014, 2015), Dubai (2003, 2006, 2008, 2014), Estados Unidos (2011, 2013, 2014), Inglaterra (2005, 2011), Austrália (2008, 2009), Escócia (2011, 2013), Nova Zelândia (2002), Gales (2002), Singapura (2004), França (2006) e Japão (2013)

Técnico: Neil Powell

Elenco: Kyle Brown (c), Tim Agaba, Philip Snyman, Werner Kok, Dylan Sage, Kwagga Smith, Rosko Specman, Cheslin Kolbe, Cecil Afrika, Justin Geduld, Juan de Jongh e Seabelo Senatla.

 

Prévia: A África do Sul desembarca no Brasil entre as grandes favoritas à medalha de ouro, junto de Fiji e Nova Zelândia. Os Boks têm muitos prós e contras na análise sobre seu favoritismo a medalhas. Por um lado, os auriverdes terminaram a temporada 2015-16 com um excelente vice campeonato, sem jamais terminar um torneio abaixo do quinto lugar, tendo o segundo melhor ataque e contando em seu elenco o atual melhor jogador do mundo em 2015, o tanque Werner Kok (que pouco jogou na temporada, por conta de lesão) (foto), e o artilheiro da Série Mundial, Seabelo Senatla, verdadeira máquina de tries, com 66 anotados (18 a mais que o segundo colocado). Além deles, os Boks têm o criativo Cecil Afrika, melhor do mundo de 2011 no sevens, Juan de Jongh, com 14 tests de XV pela África do Sul, e o capitão Kyle Brown, que liderou o país na conquista da medalha de ouro inédita dos Jogos da Commonwealth de 2014, maior conquista do sevens sul-africano, por se tratar de um torneio quase do mesmo nível do torneio olímpico. É justamente o título de 2014 que inspira os comandados do técnico Neil Powell, no comando da equipe desde 2013.

 

Por outro lado, os sul-africanos vem sistematicamente falhando desde 2009 em recuperar o título da Série Mundial de Sevens, apesar de sempre cotados entre os favoritos, e nesta temporada em especial conquistaram somente uma das dez etapas, em dezembro passado, justamente em casa. O último título sul-africano longe de sua torcida foi em dezembro de 2014, em Dubai, logo após a conquista dos Jogos da Commonwealth, o que certamente preocupa o torcedor dos Boks. Saber vencer na hora que mais importante é o que falta aos sul-africanos nos últimos tempos.

 

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Austrália

Apelido: Thunderbolts

Classificação 2015-16: 4º lugar

Títulos: Nova Zelândia (2001), China (2001), Malásia (2001), Austrália (2002), Inglaterra (2010) e Japão (2012) / Jogos da Commonwealth – Prata em 2010 e Bronze em 1998 e 2014

Técnico: Andy Friend

Elenco: Nick Malouf, Jesse Parahi, Henry Hutchison, Lewis Holland, James Stannard, Con Foley, Cameron Clark, Pat McCutcheon, Ed Jenkins, Allan Fa’alava’au, John Porch e Tom Cusack.

 

Prévia: Quarta colocada da temporada 2015-16, quinta na temporada 2014-15 e medalhista de bronze nos Jogos da Commonwealth, a Austrália está na briga direta pelo pódio no Rio 2016, ainda que não seja a maior favorita. Os australianos não apostaram em atletas do XV, mantiveram a base da equipe que vinha jogando com grande regularidade na Série Mundial. A Austrália teve uma grande revelação na temporada, o jovem artilheiro Henry Hutchinson, e nomes bem rodados no circuito, como Jenkins, Fa’alava’au, Holland e Stannard, que podem, se em dia inspirado, causar estragos até nas grandes potências. O problema australiano é a inconstância de título. Na última temporada os aussies não ganharam nenhuma etapa, apesar de terem obtido dois vices, incluindo o vice da etapa de Sydney, quando perderam jogo polêmico para os All Blacks, que colocaram um homem a mais em campo. O jejum de títulos de etapas do circuito já vem desde 2012. A Austrália não acompanhou o investimento no sevens de seus rivais.

 

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França

Apelido: Les Bleus

Classificação 2015-16: 11º lugar

Títulos: França 2005 / Grand Prix Europeu 2013 e 2014

Técnico: Fréderic Pommarel

Elenco: Jérémy Aicardi, Steeve Barry, Terry Bouhraoua, Julien Candelon, Damien Cler, Manoël Dall’Igna, Vincent Inigo, Pierre-Gilles Lakafia, Jonathan Laugel, Stephen Parez, Virimi Vakatawa e Sacha Valleau.

 

Prévia: A França é uma verdadeira montanha russa no circuito. Sem grandes investimentos no sevens, com a federação incapaz de competir com os clubes milionários do Top 14 por grandes estrelas, a França nunca conseguiu causar grande impacto no circuito, tendo apenas um título de etapa em seu currículo, há mais de um década. O time atual dos Bleus peca pela sequência e é capaz de alguns jogos brilhantes seguidos de campanhas desastrosas. O grande nome da equipe é quem desequilibra toda vez que está disponível: o fijiano naturalizado Virimi Vakatawa, corredor potente que causou boa impressão inclusive no XV francês, sendo convocado para o Six Nations mesmo sendo profissional do sevens. Junto dele, o fator de desequilíbrio é Terry Bouhraoua, genial com a bola em mãos e capaz de surpreender sempre. As tentativas francesas de trazer atletas do XV para o Rio 2016 não deram certo, com apenas Pierre-Gilles Lakafia ficando no elenco. O 11º lugar no circuito preocupa o torcedor francês e poucos esperam que a equipe chegará a seu ápice nos Jogos Olímpicos, depois de tantas decepções ao longo da temporada. Mas, no sevens tudo é possível, e o talento para uma campanha histórica a França tem. Olho neles, porque os Bleus vem ao Brasil sem a pressão do favoritismo.

 

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Espanha

Apelido: Los Leones

Classificação 2015-16: –

Títulos: –

Técnico: Ignacio Inchausti

Elenco: Ángel López, César Sempere, Francisco Hernández, Ignacio Martín, Ignacio Villanueva, Igor Genua, Javier Carrión, Joan Losada, Marcos Poggi, Matías Tudela, Pablo Feijóo (c) e Pol Pla.

 

Prévia: Poucos esperavam ver a Espanha no torneio masculino do Rio 2016. Os espanhóis corriam por fora pela vaga no Pré Olímpico Mundial, já que não são uma das 15 seleções centrais da Série Mundial de Sevens. O favoritismo estava, por ordem, com Samoa (9º colocada da temporada, mas vencedora de uma das etapas, em Paris), Canadá (medalhista de ouro do Pan 2015 e 13º colocado do circuito) e Rússia (14ª do circuito e vencedora da primeira etapa do Grand Prix Europeu, que havia acontecido um fim de semana antes do Pré Olímpico). Porém, os Leões rugiram e morderam a vaga contra as expectativas, despachando os samoanos na decisão em Mônaco. Mas, a história é outra quando se trata de Jogos Olímpicos, e a Espanha terá que se superar ainda mais para não ser eliminada na primeira fase. Tudo no Rio é lucro para os ibéricos, que já protagonizaram uma das mais belas histórias do sevens mundial.

 

Jogos:

Terça-feira, dia 09 de agosto

11h00 – Austrália x França

11h30 – África do Sul x Espanha

16h00 – Austrália x Espanha

16h30 – África do Sul x França

 

Quarta-feira, dia 10 de agosto

11h00 – França x Espanha

11h30 – África do Sul x Austrália