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Remodelar as atuais estruturas do rugby europeu parece ser mesmo um dos assuntos do momento. Na semana passada, Martin Anayi, diretor do PRO12, a Liga Ítalo-Celta, revelou em entrevista ao Wales Online, planos ambiciosos da liga para se expandir e aumentar seu interesse para o público.

 

Criada em 2001, a Liga Celta se transformou ao longo de seus 15 anos de vida, assumindo seu nome moderno, PRO12, em 2011, e atualmente é formada por 12 equipes permanentes, sem sistema de rebaixamento como nas demais ligas europeias. São 4 equipes irlandesas, que representam as 4 províncias históricas da Irlanda (Leinster, Munster, Ulster e Connacht); 4 equipes galeses, que representam 4 regiões do país (Cardiff Blues, Dragons, Ospreys e Scarlets); 2 equipes escoceses, baseadas nas duas principais cidades da Escócia (Glasgow e Edinburgh); e 2 equipes italianas, sendo um clube (Benetton Treviso) e uma franquia federal (Zebre); concentrando boa parte dos atletas das seleções dos respectivos países.

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O atual sistema de disputa do PRO12 é igual ao das demais ligas europeias, com as 12 equipes se encarando em jogos de turno e returno, com um total de 22 partidas na temporada regular, com os quatro primeiros avançando às semifinais. Até a final, o PRO12 conta com um total de 24 datas que, somadas as 9 datas nas quais suas equipes disputam as copas europeias (Champions Cup e Challenge Cup), obrigam o PRO12 a realizar algumas rodadas durante semanas destinadas aos jogos das seleções nacionais. Tal situação produz rodadas nas quais as equipes do PRO12 não podem contar com seus principais jogadores, reduzindo o interesse do público pela competição (a queda, de acordo com a matéria, chega a 45% de audiência e público). Atualmente, o PRO12 conta com a menor média de público entre as três grandes ligas europeias, com pouco mais de 8.500 torcedores por partida em média na temporada 2014-15, aproximadamente 2/3 da média de público da Premiership inglesa e do Top 14 francês.

 

Anayi deixou claro que na visão da liga o sucesso de público está diretamente ligado à presença de jogadores das seleções nacionais atuando também no PRO12 e, com isso, a reforma na competição é necessária, para que o número de partidas por temporada seja reduzido sem ser necessário excluir alguma equipe da competição – afastando as especulações sobre uma possível exclusão dos times italianos. Na visão do diretor, o caminho é o sistema de conferência, dividindo as equipes em grupos, o que ainda permitira expandir o número de equipes na liga, buscando novos mercados para ampliar o público potencial. Mas, para onde o PRO12 se expandiria? E quantas equipes a liga gostaria de ter? Perguntas ainda não respondias.

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