Crusaders vencem duelo de titãs da Nova Zelândia contra Hurricanes. Foto: SANZAAR

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O Super Rugby está em ritmo de decisões e nesse sábado serão disputadas as duas semifinais da competição mais importante do Hemisfério Sul. Primeiro, na Nova Zelândia, tem clássico nacional entre os dois melhores times da temporada, os dois últimos campeões da liga, Crusaders e Hurricanes. Depois, na África do Sul, os Lions recebem os australianos do Waratahs. Tudo com transmissão ao vivo do Watch ESPN. Quem leva?

 

Crusaders e Hurricanes: final antecipada?

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Christchurch será o palco do duelo entre o campeão do Super Rugby de 2016 (Hurricanes) e o campeão de 2017 (Crusaders), donos das duas melhores campanhas da temporada regular. Melhor time, o Crusaders tem o mando de jogo e segue invicto em casa. Mais que isso, os ‘Saders perderam apenas 2 partidas em toda a temporada – mas, uma delas, foi contra os Hurricanes, 29 x 19. No último encontro entre os dois poderosos, entretanto, a vitória foi dos Crusaders por 24 x 13, em maio.

Os Crusaders são os donos da melhor defesa e do segundo melhor ataque da liga, ao passo que os Hurricanes têm o quarto ataque e a segunda melhor defesa. No comparativo, os Crusaders ou tiveram números melhores ou muito próximos daqueles obtidos pelos Hurricanes em quase todas as estatísticas, porém o time de Wellington leva vantagem na disciplina, pois os ‘Saders pecaram nesse pondo, sendo o terceiro time com mais cartões amarelos – o que poderá pesar contra em uma semifinal que promete ser quente.

Os Hurricanes são certamente inferiores aos Crusaders no pack de forwards e, com isso, poderão ter problemas em garantir a posse de bola em momentos cruciais. O trio da terceira linha rubronegra, em especial, deixa inveja em qualquer time do mundo, com Kieran Read, Matt Todd e Jordan Taufua prontos para exercerem dominação no breakdown. Já a linha dos donos da casa, apesar de jovem em boa medida, vem despontando, com Bryn Hall, Richie Mo’unga e Jack Goodhue crescendo com a laureada camisa no sistema criativo, ao passo que George Bridge e Seta Tamanivalu estão entre os homens mais perigosos da liga. No entanto, os Hurricanes têm uma linha igualmente perigoso e ainda mais madura, liderada pelo melhor do mundo Beauden Barrett, muito bem entrosado com seu irmão Jordie Barrett e TJ Perenara e contando com finalizadores letais – e poderosos fisicamente – do naipe de Julian Savea, Ngani Laumape e Ben Lam (artilheiro da temporada até aqui).

A vantagem e o favoritismo são dos Crusaders, mas o jogo está em aberto por completo – e promete demais.

 

Sul-africanos ou australianos por cima?

No Ellis Park, Lions e Waratahs farão um encontro bastante interessante entre o melhor time sul-africano e o melhor australiano. Os Lions lutam para chegarem à final do Super Rugby pelo terceiro ano consecutivo, sem jamais terem sido campeões na era profissional – mas contando com um título do velho Super 10, em 1993, na primeira edição do torneio que viria a se tornar o atual Super Rugby. Já os Waratahs foram campeões em 2014 mas, desde então, não fizeram mais nenhuma final.

Os Lions chegam à final com uma campanha sólida, a quarta melhor entre todos os participantes, tendo ainda o terceiro melhor ataque e a quarta defesa. O ataque dos Waratahs é superior, sendo simplesmente o melhor da liga e sua defesa sofreu somente 10 pontos a mais que a dos Lions.

O caminho à final foi mais duro do lado australiano, com os Waratahs vencendo de virada os Highlanders em um jogo que os neozelandeses chegaram a abrir 23 x 06. Reação épica dos ‘Tahs em casa.

No único confronto entre os dois times no ano, os Lions venceram fora de casa por impressionantes 29 x 00.  Os avançados sul-africanos vivem momento melhor, com Malcolm Marx e Ruan Dreyer na primeira linha e Franco Mostert (segundo maior tacleador da liga) na segunda linha estando entre os grandes nomes do Super Rugby 2018 em suas posições. Equipe mais disciplinada da competição e dona do melhor lateral da liga, os Lions são pródigos em conseguirem posse de bola e com ela em mãos são efetivos também, liderando a estatística de defensores superados na competição – com uma linha de respeito, com destaque para o decisivo fullback Andries Coetzee.

Entretanto, com a bola em mãos a vantagem é sim dos Waratahs, não só donos do melhor ataque – e munidos pelo artilheiro de tries do certame, Naiyaravoro, igualado com Ben Lam – mas também lideram o Super Rugby em metros ganhos e linhas quebradas. Munidos por Bernard Foley, eleito melhor jogador das quartas de final, Israel Folau e Kurtley Beale formam uma linha dos sonhos, capaz de achar espaços na defesa adversária de todos os modos.

Avançados contra linha. O melhor do rugby sul-africano e do rugby australiano em colisão. Vantagem no papel para os Lions, donos da casa.

 

*Horários de Brasília

Sábado, dia 28 de julho

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04h35 – Crusaders x Hurricanes, em Christchurch

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10h05 – Lions x Waratahs, em Joanesburgo