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O rugby sul-africano está em um momento de revisão de suas políticas de convocação. Nesta sexta-feira, a União Sul-Africana de Rugby (SARU) anunciou que a partir de julho deste ano atletas sul-africanos que atuam no exterior só poderão vestir a camisa dos Springboks se já tiverem defendido a seleção ao menos 30 vezes. Jogadores que atuam no exterior e não fizeram 30 partidas pelos Springboks não poderão mais ser convocados a partir do Rugby Championship. Trata-se de um “piso de caps” (cap é o termo em inglês para número de atuações pela seleção nacional em jogos oficiais). A decisão não estará em vigor durante os amistosos de junho.

 

A medida faz parte da revisão que a SARU está fazendo em seu rugby e responde à preocupação do crescente êxodo de jogadores sul-africanos, que deixam o Super Rugby rumo à Europa. A SARU apoiou no início do ano a manutenção do técnico Allister Coetzee no comando dos Springboks e agora segue os passos de Nova Zelândia, Austrália e Argentina para desencorajar seus talentos de irem para a Europa e para fortalecer suas equipes do Super Rugby, assegurando um trabalho mais próximo do técnico dos Springboks com as franquias a fim de ter um trabalho melhor alinhado quando os modelos de jogo. Hoje, Argentina e Nova Zelândia não convocam atletas que atuem na Europa, enquanto a Austrália tem um piso de caps, como a África do Sul adotará. Os sul-africanos eram os únicos que não tinham restrição quanto ao clube de seus convocados.

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E as cotas?

Ao contrário do que muitos pensam, não existe hoje na seleção sul-africana uma política de cotas raciais. As cotas estavam sendo trabalhadas oficialmente apenas no âmbito da Currie Cup, o Campeonato Sul-Africano, porém a partir de 2018 a SARU terá que adotar uma política de cotas definitivamente. O Ministério do Esporte da África do Sul está trabalhando no momento na elaboração de uma política de cotas a todos os esportes para entrar em vigor no ano que vem. Os detalhes ainda não são conhecidos e devem variar de acordo com a capacidade de cada esporte para reduzir o impacto sobre o rendimento das seleções.