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O maior show da Terra vai começar! Exagero? Lógico, mas o Rugby Championship é um exagero de qualidade, com quatro dos melhores times do mundo entrando em campo nesse fim de semana na abertura da competição anual que envolve All Blacks, Wallabies, Springboks e Pumas – com transmissão dos canais ESPN.

Quem vence cada duelo? Façam suas apostas!

 

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O clássico que o mundo ama ver: a Bledisloe Cup

O pontapé inicial para o Rugby Championship opõe os dois velhos rivais Austrália e Nova Zelândia, com promessa de bom público no ANZ Stadium, em Sydney, já que o público australiano está sedento por ver o país ganhar a Bledisloe Cup (a série anual de 3 partidas entre os dois países), que não é dos Wallabies desde 2002. Atletas e comissão técnica deixaram claro a importância de voltar a vencer a Bledisloe Cup, o que significa que os Wallabies darão tudo nesse jogo – e terão a memória da vitória no último duelo entre os dois países, em outubro passado.

O XV escalado por Michael Cheika impressiona sobretudo na linha, que é de gala, com Will Genia ao lado de Bernardo Foley de 9 e 10 e com Israel Folau, Kurtley Beale e Marika Koroibete confirmados, além dos excelente Reece Hodge e Haylett-Petty. David Pocock e Michael Hooper jogando com Lukham Tui darão bastante trabalho aos All Blacks no breakdown. A surpresa está na primeira linha com a escalação de Tom Robertson após lesão de Scott Sio.

Os All Blacks seguem como os favoritos ao título, mas terão pela frente uma estreia delicadíssimo, sendo um dos dois jogos mais complicados da competição. O técnico Steve Hansen deu espaço a jogadores que brilharam no Super Rugby, escalando Jack Goodhue de centro fazendo dupla de Crusaders com Ryan Crotty. Mas o abertura titular será mesmo Beauden Barrett – e não Richie Mo’unga -, sedento por provar que a 10 é indiscutivelmente sua – nada bom para os Wallabies a disputa pela camisa 10 neozelandesa.

Ioane, Naholo e Ben Smith seguem formando o fundo do campo, enquanto entre os avançados o comandante é o capitão Kieran Read, que formará a terceira linha com Sam Cane e Liam Squire – com isso, a briga com Hooper, Pocock e Lui não está nada definida. A segunda linha será dos sonhos com Retallick e Whitelock, que têm a experiência a favor para se imporem sobre Coleman e Rodda. Owen Franks, Joe Moody e Cody Taylor fazem uma primeira linha de respeito para chocarem com Polota-Nau, Sekope Kepu e Robertson. A vantagem ainda será neozelandesa no setor no segundo tempo, pois no banco há a sensação Karl Tu’inukuafe.

Favoritismo All Black? Sempre. Mas a Austrália tem tudo para ter esperanças de começar bem o campeonato.


Hora do feminino ter o palco que merece

A Bledisloe Cup não será o único troféu que Austrália e Nova Zelândia disputarão entre si. Antes de Wallabies e All Blacks entrarem em campo, o ANZ Stadium será o palco do embate entre Wallaroos e Black Ferns, as seleções femininas dos dois países, em busca do Laurie O’Reilly Memorial Trophy. O clássico feminino da Oceania ganhou o palco que merece, o estádio principal e uma taça anual, mas deverá ser mais desequilibrado. A Austrália está passando por uma profunda transformação no XV com a melhoria das condições financeiras das atletas, mas as Wallaroos ainda estão sensivelmente atrás das Black Ferns, as melhores do mundo. Basta dizer que a Austrália jamais venceu a Nova Zelândia na história no XV feminino… Será que será a hora?

 

Missão renascimento na África do Sul e na Argentina

África do Sul e Argentina se enfrentarão em Durban com muita expectativa ao redor dos dois países, que viveram temporadas recentes muito ruins. As trocas de treinadores, no entanto, prometem levantar os dois, com os Springboks já provando evolução em junho, ao vencerem a Inglaterra, e com os Pumas confiando no trabalho sólido que Mario Ledesma teve no comando dos Jaguares.

Os Springboks têm o favoritismo, apesar de recentemente terem sofrido em casa contra os argentinos. Rassie Erasmus deu uma cara nova aos Springboks, mas o treinador novo lamentou a ausência por lesão de Duane Vermeulen – que seria instrumental no reerguimento do time – e ainda deixou de fora alguns nomes que eram tidos como certos, como Kwagga Smith ou Damian de Allende.

De qualquer forma, o grupo é forte, liderado por Malcolm Marx, Warren Whiteley e Franco Mostert entre os avançados, que são os líderes da campanha dos Lions no Super Rugby, e pelo capitão Siya Kolisi, homem de confiança de Erasmus e que correspondeu positivamente às expectativas contra a Inglaterra. François Louw se soma a Kolisi e Whiteley na terceira linha, que deverá levar problemas a uma Argentina instável no jogo de contato defensivo, de tirar espaços, recentemente. Eben Etzebeth foi confirmado na segunda linha e é outro líder atuando ao lado do excelente Piet-Steph Du Toit. Mtawarira e Malherbe darão força às formações ao lado de Marx na primeira linha.

Enquanto isso, Faf De Klerk jogará ao lado de Handré Pollard com a 9 e 10, o que significa que Pollard foi preferido sobre Jantjies e tem a missão de melhorar a criação – deficiente – do time verde. A linha tem finalizadores de extrema qualidade com Dyantyi e Mapimpi nas pontas e Le Roux confirmado com a 15, enquanto os olhos estarão sobre a nova dupla de centros Esterhuizen e Lukhanyo Am.

A Argentina com a bola em mãos poderá levar problemas à linha sul-africana, que precisará se provar defensivamente. Boffelli, Delguy, Ezcurra, Moyano e Moroni foram escalados por Mario Ledesma, mas também terão que provar que sabem fazer uma defesa sólida, que foi problema para os Jaguares na temporada. Bertranou e Sánchez formarão a dupla de 9 e 10 que também precisa se provar como parelha produtiva. Mas as preocupação de Ledesma estão nos avançados e por isso ele trouxe da Europa de última hora Juan Figallo parfa formar a primeira linha com o capitão Agustpín Creevy e com Tetaz Chaparro. É esse o ponto chave para os Pumas voltarem a render e o jogo contra uma poderosa primeira linha dos Boks será revelador.

Ortega Desio, Kremmer (destaque na temporada) e Matera também terão trabalho na terceira linha precisando se impor sobre a formação forte dos Boks, ao passo que Alemanno e Petti na segunda linha também terão oposição. Provação de todos os lados, mas otimismo do lado Argentina, que respira ares melhores.


Sábado, dia 18 de agosto

*Horários de Brasília

versus copiar

07h00 – Austrália x Nova Zelândia, em Sydney – Bledisloe CupESPN AO VIVO / VT ESPN+ 19h00

Árbitro: Jaco Peyper (África do Sul)

Histórico: 161 jogos, 111 vitórias da Nova Zelândia, 43 vitórias da Austrália e 7 empates. Último jogo: Austrália 23 x 18 Nova Zelândia, em 2017 (Bledisloe Cup jogo 3);

Austrália: 15 Israel Folau, 14 Dane Haylett-Petty, 13 Reece Hodge, 12 Kurtley Beale, 11 Marika Koroibete, 10 Bernard Foley, 9 Will Genia, 8 David Pocock, 7 Michael Hooper (c), 6 Lukhan Tui, 5 Adam Coleman, 4 Izack Rodda, 3 Sekope Kepu, 2 Tatafu Polota-Nau, 1 Tom Robertson;

Suplentes: 16 Tolu Latu, 17 Allan Alaalatoa, 18 Taniela Tupou, 19 Rob Simmons, 20 Pete Samu, 21 Nick Phipps, 22 Matt Toomua, 23 Jack Maddocks;

Nova Zelândia: 15 Ben Smith, 14 Waisake Naholo, 13 Jack Goodhue, 12 Ryan Crotty, 11 Rieko Ioane, 10 Beauden Barrett, 9 Aaron Smith, 8 Kieran Read (c), 7 Sam Cane, 6 Liam Squire, 5 Samuel Whitelock, 4 Brodie Retallick, 3 Owen Franks, 2 Codie Taylor 1 Joe Moody;

Suplentes: 16 Nathan Harris, 17 Karl Tu’inukuafe, 18 Ofa Tuungafasi, 19 Scott Barrett, 20 Ardie Savea, 21 TJ Perenara, 22 Damian McKenzie, 23 Anton Lienert-Brown;

 

versus copiar

12h00 – África do Sul x Argentina, em Durban – ESPN+ AO VIVO / VT ESPN+ 21h00

Árbitro: Ben O’Keefe (Nova Zelândia)

Histórico: 26 jogos, 23 vitórias da África do Sul, 2 vitórias da Argentina e 1 empate. Último jogo: Argentina 23 x 41 África do Sul, em 2017 (The Rugby Championship);

África do Sul: 15 Willie le Roux, 14 Makazole Mapimpi, 13 Lukhanyo Am, 12 André Esterhuizen, 11 Aphiwe Dyantyi, 10 Handré Pollard, 9 Faf de Klerk, 8 Warren Whiteley, 7 Siya Kolisi (c), 6 Francois Louw, 5 Pieter-Steph du Toit, 4 Eben Etzebeth, 3 Frans Malherbe, 2 Malcolm Marx, 1 Tendai Mtawarira;

Suplentes: 16 Bongi Mbonambi, 17 Steven Kitshoff, 18 Thomas du Toit, 19 Marvin Orie, 20 Marco van Staden, 21 Embrose Papier, 22 Lionel Mapoe, 23 Damian Willemse;

Argentina: 15 Emiliano Boffelli, 14 Bautista Delguy, 13 Matias Moroni, 12 Bautista Ezcurra, 11 Ramiro Moyano, 10 Nicolas Sanchez, 9 Gonzalo Bertranou, 8 Javier Ortega Desio, 7 Marcos Kremer, 6 Pablo Matera, 5 Matias Alemanno, 4 Guido Petti, 3 Juan Figallo, 2 Agustin Creevy (c), 1 Nahuel Tetaz Chaparro;

Suplentes: 16 Diego Fortuny, 17 Santiago Garcia Botta, 18 Santiago Medrano, 19 Tomas Lavanini, 20 Tomas Lezana, 21 Martin Landajo, 22 Santiago Gonzalez Iglesias, 23 Juan Cruz Mallia;

 

Feminino

versus copiarblack ferns

02h30 – Austrália x Nova Zelândia, em Sydney – Laurie O’Reilly Memorial Trophy

Histórico: 15 jogos e 15 vitórias da Nova Zelândia. Último jogo: Nova Zelândia 44 x 17 Austrália, em 2017 (amistoso);

Nova Zelândia: 15 Selica Winiata, 14 Renee Wickliffe, 13 Stacey Waaka, 12 Theresa Fitzpatrick, 11 Alena Saili, 10 Ruahei Demant, 9 Kendra Cocksedge, 8 Aroha Savage, 7 Les Elder, 6 Charmaine McMenamin, 5 Charmaine Smith, 4 Eloise Blackwell, 3 Aldora Itunu, 2 Fiao’o Faamausili (c), 1 Phillipa Love

Suplentes: 16 Te Kura Ngata-Aerengamate, 17 Cristo Tofa, 18 Leilani Perese, 19 Jackie Patea-Fereti, 20 Linda Itunu, 21 Kristina Sue, 22 Krysten Cottrell, 23 Chelsea Alley

Austrália: 15 Mahalia Murphy, 14 Mhicca Carter, 13 Atasi Lafai, 12 Crystal Maguire, 11 Samantha Treherne, 10 Trileen Pomare, 9 Cobie-Jane Morgan, 8 Grace Hamilton, 7 Georgia O’Neill, 6 Emily Chancellor, 5 Rebecca Clough, 4 Michelle Milward, 3 Evelyn Horomia, 2 Liz Patu, 1 Emily Robinson

Suplentes: 16 Darryl Wickliffe, 17 Melissa Fatu, 18 Hana Ngaha, 19 Alisha Hewett, 20 Kiri Lingman, 21 Alice Tonumaivao, 22 Fenella Hake, 23 Shanice Parker