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O Brasil vai a campo de novo nesse fim de semana! Mas, agora a novidade é a palavra definidora. A Seleção Brasileira Masculina de Sevens estreará na temporada 2015-16 da Série Mundial de Sevens Masculina disputando nesse sábado e domingo (12 e 13) o Canada Sevens, mais nova etapa do circuito, disputada no estádio BC Place, em Vancouver.
O debut de Vancouver como sede de uma etapa do circuito foi recebida de forma calorosa pelo público local, com todos os ingressos para os dois dias de jogos já vendidos (54.000 para cada dia). Os jogos terão transmissão para o Brasil pelo BandSports, que exibirá em VT os três jogos do Brasil na primeira fase, contra Argentina, África do Sul e Escócia, às 22h30. No domingo, às 19h15, a emissora exibe em VT as partidas do Brasil nas quartas de final e (caso o Brasil não siga na disputa do título) nas semifinal de sua taça. Já a partir das 20h00 o BandSports entra ao vivo a partir das Semifinais da Taça Ouro, transmitindo também uma eventual final de taça dos Tupis.
Para quem não está acostumado com a Série Mundial de Sevens, cada torneio conta com 16 seleções, sendo as 15 equipes fixas da elite mundial e uma convidada (em Vancouver, o Brasil é o time convidado). As equipes foram divididas em 4 grupos com 4 times cada e os 2 primeiros colocados de cada grupo avançam às Quartas de Final da Taça Ouro (chamada de “Cup”, em inglês), enquanto os 2 últimos de cada grupo jogam as Quartas de Final da Taça Bronze (o “Bowl”). Os vencedores das Quartas de Final da Taça Ouro avançam às Semifinais (1º a 4º lugar), enquanto os perdedores jogam as Semifinais da Taça Prata (“Plate”, isto é, 5º a 8º lugar). O mesmo ocorre na Taça Bronze, com os vencedores seguindo às Semifinais (de 9º a 12º lugares) e os perdedores jogando as Semifinais da Taça Estímulo (“Shield”, isto é, de 13º a 16º lugares).
Brasil vai embalado ao Canadá
Os Tupis, liderados pelo técnico argentino Andrés Romagnoli e com Fernando Portugal na comissão, vão mais fortes do que nunca ao torneio canadense, e mais do que embalados. Nada menos que 6 dos 12 convocados para Vancouver estiveram em campo (e como titulares) da histórica vitória do XV brasileiro sobre os Estados Unidos no Americas Rugby Championship: Tanque, Moisés, Martin, Laurent e os irmãos Sancery. Deles, no entanto, apenas Martin não esteve em campo no sábado passado contra a Argentina, o que significa que, apesar do embalo, metade do elenco não esteve focado em treinamentos para o sevens e vem com algum desgaste físico acumulado. O time ainda terá a volta de David Harvey, que havia se ausentado das rodadas finais do XV, e Lucas Muller, que esteve em campo no Americas Rugby Championship até a terceira rodada. Fiori, Alemão, Rambo e Drudi são os únicos do grupo que estavam focados no sevens. Prós e contras de uma seleção que é talvez a mais forte, nome a nome, que o Brasil já colocou em campo, mas que não teve a melhor preparação para o torneio, sobretudo quando comparado a oponentes que no fim de semana passado estavam jogando a própria Série Mundial de Sevens, em Las Vegas.
Na última vez que entrou em campo, em janeiro passado, a Seleção Brasileira de Sevens fez uma campanha exuberante no torneio de Viña del Mar, quando derrotou ninguém menos que a seleção de desenvolvimento da África do Sul por históricos 21 x 12. Em campo estavam, da seleção que foi ao Canadá, Tanque, Moisés, Laurent, Alemão, Rambo e Drudi. Naquele torneio no Chile, o Brasil caiu apenas na final, perdendo para a Argentina, por 33 x 12. Em Vancouver, os Tupis irão encarar justamente sul-africanos (mas o time principal dos Boks) e argentinos, que agora já sabem bem da qualidade do Brasil. Mas, o time brasileiro que irá a campo está ainda mais forte do que esteve em Viña, com a volta de Fiori (certamente um dos nomes mais importantes do elenco brasileiro que jogou algumas etapa do circuito no ano passado, sendo o atleta central para o jogo aéreo e para o embate físico) e Harvey e a estreia tão aguardada (e, claro, naturalmente com alguma incógnita no ar) de Daniel e Felipe Sancery no jogo reduzido.
“Nosso ano olímpico começou muito bem, com grandes conquistas para o rugby brasileiro. Queremos seguir nesta crescente para chegar da melhor maneira possível e fazer bonito nos Jogos Olímpicos Rio-2016”, afirma Gustavo Albuquerque, o Rambo. “Esperamos fazer um ótimo torneio em Vancouver. Apesar de o grupo ser novo, com jogadores experientes e outros que nunca haviam jogado o Sevens juntos, é um grupo com altas qualidades técnica e física e todos muito bem treinados”, completou o atleta.
Os Tupis jamais conquistaram uma vitória ao longo dos 7 torneios de Série Mundial de Sevens que já disputaram até hoje, entre 2000 e 2015. Mas, os três oponentes da primeira fase. A África do Sul é certamente o oponente mais forte e favorito ao primeiro lugar do grupo, ocupando hoje a vice liderança do circuito. Os Boks precisam do título para não deixarem Fiji se afastar na liderança e terão em campo ninguém menos que Bryan Habana. O Brasil encarou a África do Sul principal na Série Mundial de Sevens, mas já faz tempo: em 2000 e 2002, em Mar del Plata.
A Argentina corre como a segunda potência da chave, depois de um torneio discreto em Vegas, ao passo que a Escócia é a terceira força: e a grande esperança de vitória do Brasil. Os escoceses não vem bem no circuito e na última vez que os Tupis encararam a Escócia, em Londres, no ano passado, a vitória escoceses foi no sufoco, por 19 x 15. O elenco da Escócia conta com dois fijianos perigosos, que prometem dar trabalho: Joseva Nayacavou e Junior Bulumakau. Atenção com eles!
Fiji líder, Nova Zelândia pressionada
Fiji está no Grupo A do torneio e chega ao Canadá após um torneio de gala em Vegas, onde arrancou o título com Jerry Tuwai, Jasa Veremalua e Vatemo Ravouvou, entre outros, voando baixo, com um festival de offload e arrancadas verticais. Mas, os fijianos não são imbatíveis, como provou já Samoa, que derrotou Fiji na primeira fase nos EUA e está novamente no mesmo grupo de seus rivais. Os samoanos caíam de rendimento ao longo do torneio após a vitória e têm muito a mostrar, devendo brigar diretamente com o Quênia pelo segundo lugar. Os quenianos vem fazendo boa temporada liderados pelos veteranos Injera e Kayange e sempre podem surpreender. Nesta semana, o Quênia recebeu a notícia positiva de que o World Rugby o absolveu de acusações de doping. Portugal, lanterna e em situação preocupante, completa o grupo desesperado.
O Canadá, time da casa, terá pela frente na fase de grupos a Austrália, vice campeã em Vegas. Os canadenses não fazem boa temporada e apostam em veteranos como Nathan Hirayama e John Moonlight, além do calor da torcida, para darem um passo adiante e saírem da rabeira do circuito. A Austrália vem embalado e tem boas expectativas em Quade Cooper, que apesar de claramente ainda não estar adaptado ao sevens, mostrou bons momentos em Vegas. Dois australianos fizeram o Dream Team de Vegas, sendo eles Myers e Fa’alava’au. Gales e Rússia, adversários diretos do Canadá na parte de baixo da classificação geral, completam o grupo e sonham com a quartas de final.
No Grupo D estão as duas decepções, Nova Zelândia e Inglaterra. Os neozelandeses começaram mal a temporada, mas renasceram neste ano e chegaram a alcançar a liderança do circuito, com dois títulos (e muita controvérsia) seguidos. Mas, em Vegas, os All Blacks não foram bem, perderam Sonny Bill Williams por lesão e ficaram apenas na Taça Prata, vendo África do Sul e Fiji abrirem na tabela. Vancouver é crucial às pretensões dos Homens de Preto, que estão mais do que nunca sedentos por uma taça.
A Inglaterra, por sua vez, teve uma trágica campanha em Vegas, terminando com o último lugar do torneio. O grupo não ajuda a recuperação inglesa, pois conta com os Estados Unidos, os favoritos ao segundo lugar, que novamente se destacaram em Vegas, alcançando as semifinais. As Águias terão muitos torcedores em Vancouver e homens como Carlin Isles e Perry Baker seguem voando. A França, que venceu na etapa passada a Inglaterra, completa o grupo e têm boas chances de avançar, mostrando evolução com a volta de Bouhraoua à equipe – apesar de ainda sentir muito a ausência de Vakatawa, que está no XV francês.
Vancouver Sevens – 6ª etapa da Série Mundial de Sevens Masculina 2015-16 – em Vancouver, Canadá
Grupo A: Fiji, Quênia, Samoa e Portugal
Grupo B: Austrália, Canadá, Gales e Rússia
Grupo C: África do Sul, Argentina, Escócia e Brasil
Grupo D: Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Inglaterra
Sábado, dia 12 de março
*Das 14h30 às 00h45, hora de Brasília
África do Sul x Escócia
Argentina x Brasil – às 14h52
Fiji x Samoa
Quênia x Portugal
Estados Unidos x França
Nova Zelândia x Inglaterra
Austrália x Rússia
Gales x Canadá
África do Sul x Brasil – às 18h06
Argentina x Escócia
Fiji x Portugal
Quênia x Samoa
Estados Unidos x Inglaterra
Nova Zelândia x França
Gales x Rússia
Austrália x Canadá
Escócia x Brasil – às 21h54
África do Sul x Argentina
Samoa x Portugal
Fiji x Quênia
França x Inglaterra
Estados Unidos x Nova Zelândia
Austrália x Gales
Rússia x Canadá
Domingo, dia 13 de março
*Das 14h40 às 23h30
Finais
Brasil:
Daniel Henry Sancery – Albi (França)
David Neil Harvey – NSW Country Eagles (Austrália)
Felipe Claro Sant’Ana Silva “Alemão” – SPAC
Felipe Henry Sancery – Albi (França)
Gustavo Barreiros de Albuquerque “Rambo” – Curitiba
Juliano Ernani Melengrau Fiori – Richmond (Inglaterra)
Laurent Jose Bourda Couhet – Band Saracens
Lucas Amadeu Muller – Desterro
Lucas Drudi Romeu – Jacareí
Lucas Rodrigues Duque “Tanque” – São José
Moisés Rodrigues Duque – São José
Martin Schaefer – SPAC
Clube | Cidade | Jogos | Pontos |
---|---|---|---|
Oyonnax | Oyonnax | 30 | 90 |
Agen | Agen | 30 | 87 |
Montauban | Montauban | 30 | 86 |
Mont-de-Marsan | Mont-de-Marsan | 30 | 83 |
Biarritz | Biarritz | 30 | 81 |
Perpignan | Perpignan | 30 | 79 |
Colomiers | Colomiers | 30 | 78 |
Aurillac | Aurillac | 30 | 70 |
Carcassonne | Carcassonne | 30 | 64 |
Béziers | Béziers | 30 | 63 |
Vannes | Vannes | 30 | 61 |
Narbonne | Narbonne | 30 | 61 |
Angoulême | Soyaux-Angoulême | 30 | 61 |
Dax | Dax | 30 | 59 |
Albi | Albi | 30 | 57 |
Bourgoin | Bourgoin-Jallieu | 30 | 17 |
- Vitória com menos de 3 tries de diferença = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota por 5 pontos ou menos pontos = 1 ponto;
- Derrota por mais 6 pontos ou mais = 0 pontos;
- 1º lugar: promoção ao Top 14
- 2º ao 5º lugares: mata-mata de promoção ao Top 14
- 15º e 16º lugares: rebaixamento
Vai Tupis!