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Sábado será o dia do início do Super Sevens, o Campeonato Brasileiro Feminino, que terá seu kickoff com a primeira etapa sendo disputada no Campo do Palmeiras, na zona sul de São Paulo, com organização do Band Saracens.

Clique aqui para conferir a prévia para a temporada 2017.

Vamos fazer um apanhado grupo a grupo sobre as perspectivas para esse primeiro torneio? A hora é agora!

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Grupos:

Grupo A: Curitiba (PR), Delta (PI), Melina (MT) e Band Saracens B (SP);

Prévia (opinativo): O bicampeão nacional Curitiba inicia sua jornada em um grupo favorável, que embora se depare com a experiência e entrosamento do Delta, ainda possui vantagem se comparado às etapas de 2016. Também conta com a característica emergente do Melina, que vem crescendo mas ainda é emergente; e a equipe de desenvolvimento do Band Saracens. As Touritas começaram o ano fortes triunfando na Liga Sul no primeiro semestre e não costumam ser grandemente afetadas pelos compromissos das Yaras, tendo como grande trunfo uma regularidade que impressionou em 2016.

O Delta, do Piauí, é a segunda força e fará sua estreia como equipe fixa do Super Sevens – um feito imenso do clube de Teresina, que por alguns anos vem sendo a grande sensação do rugby nacional. As nordestinas têm talento e compromisso e finalmente conseguiram um calendário que permitirá ao clube seguir crescendo sem os imensos sacrifícios que puseram o Delta à prova nos anos anteriores com viagens épicas. Já o Melina, de Cuiabá, começa sua jornada para seguir os passos do Delta, com um projeto ambicioso que pretende ver em breve o Mato Grosso também na elite nacional, depois de ter brilhado na região Centro-Oeste em 2016 e 2017. Olho nelas neste início de temporada.

 

Grupo B: Niterói (RJ), Desterro (SC), USP (SP) e Pasteur (SP);

Prévia (opinativo): O Grupo B tem dois favoritos claros: Niterói e Desterro. As fluminenses fizeram grande campanha no ano passado e estão sempre entre as favoritas ao título, tendo como maior desafio em 2017 conquistar um maior equilíbrio, pois em 2016 a força do Nikity dependeu muito da presença de suas atletas de seleção. Já o Desterro começou o ano com uma boa Liga Sul que incluiu vitória em etapa sobre o Curitiba, após um Super Sevens 2016 atipicamente oscilante do lado do clube com mais títulos nacionais no país. A volta de nomes importantes neste ano anima as catarinenses, que voltam a figurar entre as favoritas.

USP e Pasteur fecham o grupo com a missão de provarem que podem brigar em maior igualdade com as equipes fixas do circuito. A USP tem mais experiência em torneios nacionais femininos e um Paulista muito bom, terminando em 5º lugar, isto é, como a melhor equipe do estado após os clubes paulistas que são fixos no Super Sevens. Já o Pasteur terminou em 7º lugar o Paulista e chegou a ficar na frente da USP na segunda etapa, além de ter o peso da camisa de uma das grandes instituições do rugby nacional, sendo sempre promessa de evolução rápida.

 

Grupo C: São José (SP), Leoas de Paraisópolis (SP), Rio Rugby (RJ) e BH Rugby (MG);

Prévia (opinativo): O Grupo C promete muito pois oporá duas potências do rugby juvenil e do rugby paulista, que prometem fazer barulho no Super Sevens: São José e as novatas Leoas de Paraisópolis. O São José faturou o título paulista deste ano com brio, vencendo duas das três etapas, e fez uma grande campanha no último Super Sevens, flertando com o título inédito. Todo mundo vê o São José hoje como um campeão feminino para um futuro próximo, pois esse é um título que ainda não veio para a grande instituição do Vale do Paraíba e a qualidade do elenco impressiona e inspira que o triunfo na classificação geral esteja próximo. Com isso, as atenções sobre as “Minas do Sanja” aumentam a cada torneio.

Enquanto isso, as Leoas são a sensação do momento, pois deram um imenso salto para 2017. O time do Rugby Para Todos só disputou 2 etapas do Super Sevens 2016 e foi discreto, mas conseguiu o grande feito de se tornar equipe fixa por meio do Qualificatório, fazendo ainda um ótimo Circuito Paulista. As Leoas ainda ganharam reforços gaúchos de peso (Raquel e Luiza) e certamente vão brigar lá em cima e vão em busca de resultados superiores na partida contra o São José. Porém, a chave não traz facilidades, pois conta ainda com o tradicional BH Rugby, que já foi time fixo do Super Sevens e batalha para voltar a estar entre as melhores do país, tendo conhecimento e experiência para tal. Já o Rio Rugby, de forte trabalho na base, completa o grupo, ainda com um caminho maior a trilhar.

 

Grupo D: SPAC (SP), Band Saracens (SP), Vitória (ES) e Guanabara (RJ);

Prévia (opinativo): O Grupo D promete ser uma luta alucinante entre quatro times que têm condições de estarem nas quartas de final. O favoritismo é, claro, das duas equipes paulistas, Band Saracens e SPAC, segunda e terceira colocadas do último Circuito Paulista e sexta e quarta colocadas do Super Sevens 2016. Os gigantes paulistanos têm todas as condições de brigarem inclusive pelo título nacional, com atletas experientes mescladas com bons jovens valores nas duas equipes. O histórico do SPAC é superior no nacional, mas no último estadual o Band Saracens levou a melhor, também sobre o SPAC em duas das três etapas, incluindo uma vitória na grande final da terceira etapa, no último duelo entre os dois times.

Vitória e Guanabara correm por fora mas sonhando em surpreenderem uma das paulistas. As capixabas têm um longo e forte histórico no Super Sevens, com atletas experientes e capazes de produzir grandes batalhas, mas a falta de bons testes no primeiro semestre é sempre um problema para o Vitória, que sofre com o isolamento. Já o Guanabara é um dos clubes em maior evolução no país, com um forte trabalho na base e brigando já em igualdade com o Niterói no Fluminense. Resta às cariocas um passo adianto, pois elas ainda não tiveram uma grande campanha a nível nacional e sabem que a etapa inaugural do Super Sevens é o melhor momento para darem seu cartão de visitas. Olho nelas.

Árbitros: Mariana Wyse, Cris Futuro, Natasha Olsen, Ana Ripol, Amanda Macedônio, Gaby Saldanha, Heloise Culning, Renata Martinez, Aline Tomás, Twyla Bueno, Erika Bordoni, Georgia Porto

Sábado, dia 5 de agosto

09h00 – Curitiba X Band Saracens B

09h20 – Delta X Melina

09h40 – Niterói X Pasteur

10h00 – Desterro X USP

10h20 – São José X BH Rugby

10h40 – Leoas X Rio Rugby

11h00 – SPAC X Guanabara

11h20 – Band Saracens X Vitória

11h40 – Curitiba X Melina

12h00 – Delta X Band Saracens B

12h20 – Niterói X USP

12h40 – Desterro X Pasteur

13h00 – São José X Rio Rugby

13h20 – Leoas X BH Rugby

13h40 – SPAC X Vitória

14h00 – Band Saracens X Guanabara

14h20 – Curitiba X Delta

14h40 – Melina X Band Saracens B

15h00 – Niterói X Desterro

15h20 – USP X Pasteur

15h40 – São José X Leoas

16h00 – Rio Rugby X BH Rugby

16h20 – SPAC X Band Saracens

16h40 – Vitória X Guanabara

 

Domingo, dia 6 de agosto

Finais

 

Local: Av. Prof. Hermann Von lhering, 6500 – Jardim Casa Grande, São Paulo – SP

Foto: Fotojump