Foto: Bruno Ruas @ruasmidia

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ARTIGO OPINATIVO – O mês de novembro deveria ser de amistosos internacionais, com as seleções do Hemisfério Sul visitando a Europa. No entanto, os estádios distintos da pandemia no mundo já fazem com que tais viagens se tornem improváveis, sobretudo porque África do Sul e Argentina ainda estão longe de superarem a doença. O que isto significa para o calendário que resta para 2020 entre as seleções nacionais?

De um lado, o Rugby Championship está sendo pensado para o fim do ano, com Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Argentina planejando se enfrentarem em sede única, sem viagens, acomodando possível necessidade de quarentena aos times que viajarem. Austrália e Nova Zelândia são as sedes mais prováveis e o torneio ocorreria justamente entre novembro e dezembro.

Sem a possibilidade de enfrentarem All Blacks, Wallabies, Springboks e Pumas, os europeus têm um plano B: realizarem um mini torneio envolvendo as 6 nações (França, Inglaterra, Gales, Escócia, Irlanda e Itália) e dois visitantes, Japão e Fiji. O que isso significa?

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Significa uma grande oportunidade para japoneses e fijianos, mas não significa que Japão e Fiji jogarão o Six Nations nos anos seguintes. Trata-se de um torneio especial para novembro e dezembro de 2020 apenas, para garantir jogos – e receitas – a tais seleções.

Como funcionaria a competição? A proposta que está sendo discutida prevê 2 grupos com 4 times cada, com os jogos da fase de grupos ocorrendo nos dias 07, 14, 21, com semifinais no 28 de novembro e final no dia 05 de dezembro.

Tal torneio ocorreria após a realização dos jogos que restam do Six Nations 2020, que devem ser jogados entre os dias 24 e 31 de outubro, isto é, após a final da Copa Europeia de Clubes (Heineken Champions Cup), marcada para o dia 17 de outubro. Não há nada certo ainda e um anúncio oficial deverá ocorrer ainda nesta semana.

O calendário de seleções de 2020 imporá grande pressão sobre os atletas e já se fala em um limite de 5 jogos por jogador para o período.

Na América do Sul há esperança é de haver algum Sul-Americano no fim do ano, mas as chances são duvidosas pela pandemia.

 

Six Nations perto de venderem 14,5%

Enquanto isso, as negociações do Six Nations com o grupo de investimentos CVC seguem. A CVC voltou a abordar a entidade organizadora do torneio europeu e pretende comprar 14,5% da competição, isto é, 1/7, tornando-se parceira das federações inglesa, galesa, escocesa, irlandesa, francesa e italiana, hoje donas de 1/6 cada uma. O acordo poderia chegar a 75 milhões de euros (mais de 450 milhões de reais), muito bem vindos no momento de crise econômica. No entanto, o Six Nations já deixou claro que ainda não há acordo fechado.

A CVC já comprou parcelas da Premiership inglesa e do PRO14.