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A semana pelo rugby internacional foi marcada por muitos jogadores neozelandeses de renome, todos que já atuaram pelos All Blacks, declarando-se interessados em defenderem as seleções de Samoa e Tonga em um futuro próximo, de olho na Copa do Mundo de 2019.

Charles Piutau (16 jogos pelos All Blacks) e Frank Halai (que fez apenas 1 test de XV pelos All Blacks, em 2013, mas tem longo histórico no sevens) confirmaram suas intenções de defenderem Tonga. Halai nasceu em Tonga e Piutau, que nasceu na Nova Zelândia, tem família no arquipélago.

Já Ma’a Nonu (com 103 jogos pelos All Blacks), Steven Luatua (15 jogos) e Victor Vito (33 jogos) foram vinculados a Samoa pelo jornal inglês Daily Mail. Os três nasceram na Nova Zelândia, mas têm ascendência samoana.

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Todos os cinco jogadores citados na semana atuam hoje no rugby europeu e estão impossibilitados de defenderem os All Blacks, pela política neozelandesa de somente ter atletas que atuam no Super Rugby em sua seleção.

Hoje, não é permitido que um atleta que já tenha defendido uma seleção defender outra. Entretanto, uma brecha existe. É o sevens. De acordo com a Regulação 8.7 do World Rugby (a federação internacional), um jogador que já tenha defendido um país no rugby XV pode jogar por outra seleção no seven-a-side nos Jogos Olímpicos ou nos torneios qualificatórios para os Jogos Olímpicos, contanto que já tenham se passado 3 anos de sua última partida de XV. Depois de atuar por um país no sevens, o jogador poderá defender no XV o país que defendeu no sevens.

O World Rugby tem trabalhado na revisão das regras para convocações e as nações do Pacífico estão clamando por uma mudança que permita atletas das nações do primeiro escalão escolherem jogar por países do segundo ou terceiro escalões, sem precisar usarem a brecha do sevens. O modelo usado de exemplo para quem defende tal afrouxamento nas regras é o do rugby league, que viu em sua última Copa do Mundo seleções como Fiji, Tonga e Samoa contarem com grandes craques que haviam no passado defendido a Austrália e a Nova Zelândia na modalidade.

Assim, caso o World Rugby não proceda nenhuma alteração em sua regulação para convocações, tais jogadores citados somente conseguirão jogar por Tonga ou Samoa se alguma competição que valha como parte do Pré Olímpico para 2020 ocorra antes da Copa do Mundo de 2019.

 

Retorno no Uruguai

Quem tem um reforço já certo e de peso para o próximo ano é o Uruguai. Os Teros jogarão com o Canadá em janeiro e fevereiro do próximo ano e terão uma preciosa adição em seu elenco: o segunda linha Rodrigo Capó Ortega, de 37 anos, que fez sua carreira jogando – e se destacando – no Top 14 francês com a camisa do Castres – tendo inclusive liderado o clube ao título francês em 2013. Capó Ortega havia se afastado dos Teros e não vinha defendendo seu país desde 2015, quando, inclusive, ficou de fora da Copa do Mundo.