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Duodecacampeãs! Neste final de semana, a cidade argentina de Carlos Paz viveu o anual Sul-Americano Feminino e, como sempre, o Brasil foi dominante. Mantendo a histórica invencibilidade continental, o Brasil faturou seu 12º título sul-americano, sem sustos, com mais uma vitória sobre a Argentina na final.
Las Pumas, no entanto, comemoraram a vaga no torneio de Las Vegas da Série Mundial de Sevens Feminina como convidadas, assim como no torneio de Hong Kong, a segunda divisão do circuito mundial. Terceira colocada, a Colômbia também representará a América do Sul em Hong Kong (restando ainda um anúncio oficial do World Rugby sobre o torneio de Hong Kong feminino).
E o primeiro dia de jogos já mostrou a superioridade das Yaras diante de suas rivais no continente, aplicando um duplo 45 a 0 sobre Uruguai e Paraguai, fechando a fase de grupos com outra vitória tranquila, 31 a 0 sobre a Venezuela. Apesar da derrota diante do Brasil, as Yacarés se impuseram diante das demais adversárias, vencendo por pouco a Venezuela, e colocando implacáveis 46 sobre o Uruguai, assegurando a segunda colocação.
No outro grupo, Argentina e Colômbia também mostraram superioridade sobre Chile e Peru, e as alvicelestes se impuseram sobre as Cafeteras para fechar o grupo na primeira posição e fugindo de um provável confronto com o Brasil até as semifinais.
No segundo dia, Argentina e Paraguai despacharam Uruguai e Chile respectivamente, enquanto a Colômbia fez o jogo mais disputado da competição, com uma vitória de virada diante da Venezuela. O Brasil fechou as disputas nas quartas de final, novamente sem tomar conhecimento da rival. A vítima dessa vez foi o Peru, registrando o maior placar da competição, 53 a 0.
Nas semis, a Colômbia foi atrevida, e se lançou ao ataque contra o Brasil, ganhando terreno e pela primeira vez na competição, propondo um desafio à seleção nacional. No entanto, não tardou para as Yaras retomarem o controle da partida e conseguir mais uma vitória confortável, com destaque para bela atuação de Claudinha, anotando 3 tries. A Argentina colou as paraguaias para correr e se garantiu na final diante de sua torcida.
Na grande decisão, as argentinas fizeram sua melhor partida no campeonato e apesar de sair atrás no marcador, deram sufoco para as Yaras, que viram seu ingoal ser vazado pela primeira vez na competição. Mas o Brasil tinha mais jogo e as habilidades individuais também falaram alto, com grande atuação de Luiza, que anotou dois tries. Uma boa final, mais técnica que todas as demais partidas do campeonato, que ressaltam o fosso existente entre Brasil e as demais seleções. O Brasil segue imbatível na América do Sul, com 12 conquistas.
Campeonato Sul-Americano Feminino – em Carlos Paz, Argentina
Sábado, dia 18 de fevereiro
Venezuela 05 x 10 Paraguai
Brasil 52 x 00 Uruguai
Colômbia 38 x 07 Chile
Argentina 31 x 10 Peru
Venezuela 32 x 00 Uruguai
Brasil 45 x 00 Paraguai
Colômbia 33 x 07 Peru
Argentina 29 x 00 Chile
Paraguai 46 x 00 Uruguai
Brasil 31 x 00 Venezuela
Chile 21 x 00 Peru
Argentina 17 x 00 Colômbia
Classificação
Grupo A: 1 Brasil, 2 Paraguai, 3 Venezuela, 4 Uruguai
Grupo B: 1 Argentina, 2 Colômbia, 3 Chile, 4 Peru
Domingo, dia 19 de fevereiro
Quartas de final
Paraguai 22 x 00 Chile
Argentina 29 x 07 Uruguai
Colômbia 10 x 07 Venezuela
Brasil 53 x 00 Peru
Semifinais Bronze
Chile 14 X 00 Uruguai
Venezuela 27 X 10 Peru
Semifinais Ouro
Argentina 38 X 00 Paraguai
Colômbia 00 X 34 Brasil
Finais
Decisão de 7o lugar – Peru 24 X 00 Uruguai
Decisão de 5o lugar – Chile 00 X 24 Venezuela – FINAL Bronze
Decisão de 3o lugar – Paraguai 00 X 05 Colômbia
FINAL OURO – Brasil 31 X 12 Argentina
Ano | Sede | Campeão | Vice-campeão | 3º lugar | 4º lugar | 5º lugar | 6º lugar | 7º lugar | 8º lugar | 9º lugar | |
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2004 | Barquisimeto (Venezuela) | Brasil | Venezuela | Colômbia | Argentina | Uruguai | Chile | Paraguai | Peru | ||
2005 | São Paulo (Brasil) | Brasil | Argentina | Venezuela | Colômbia | Chile | Uruguai | Paraguai | Peru | ||
2007 | Viña del Mar (Chile) | Brasil | Colômbia | Venezuela | Argentina | Chile | Uruguai | Peru | |||
2008 | Punta del Este (Uruguai) | Brasil | Argentina | Venezuela | Uruguai | Colômbia | Chile | Peru | Paraguai | ||
2009 | São José dos Campos (Brasil) | Brasil | Argentina | Venezuela | Uruguai | Colômbia | Chile | Peru | Paraguai | ||
2010 | Mar del Plata (Argentina) | Brasil | Colômbia | Uruguai | Argentina | Chile | Venezuela | Paraguai | Peru | ||
2011 | Bento Gonçalves (Brasil) | Brasil | Argentina | Chile | Uruguai | Colômbia | Peru | Venezuela | Paraguai | ||
2012 | Rio de Janeiro (Brasil) | Brasil | Colômbia | Uruguai | Argentina | Chile | Venezuela | Paraguai | Peru | ||
2013 | Rio de Janeiro (Brasil) | Brasil | Argentina | Uruguai | Venezuela | Colômbia | Chile | Peru | Paraguai | ||
2014 | Santiago (Chile) | Brasil | Argentina | Uruguai | Colômbia | Chile | Paraguai | Venezuela | |||
2015¹ | Santa Fé (Argentina) | Colômbia | Argentina | Venezuela | Uruguai | Paraguai | Chile | Peru | Costa Rica | ||
2016 | Rio de Janeiro (Brasil) | Brasil | Argentina | Colômbia | Venezuela | Paraguai | Chile | Peru | Uruguai | ||
2017 | Carlos Paz (Argentina) | Brasil | Argentina | Colômbia | Paraguai | Venezuela | Chile | Peru | Uruguai | ||
2017-18 | Montevidéu (Uruguai) | Brasil | Argentina | Peru | Paraguai | Uruguai | Chile | Costa Rica | |||
2018 | Montevidéu (Uruguai) | Brasil | Argentina | Colômbia | Peru | Chile | Paraguai | Uruguai | Costa Rica | ||
2019² | Assunção (Paraguai) | Brasil | Argentina | Chile | Peru | Paraguai | Uruguai | Costa Rica | Venezuela | Guatemala | |
2019² | Lima (Peru) | Brasil | Colômbia | Argentina | Peru | Paraguai | Chile | Uruguai | Venezuela | Guatemala | Costa Rica |
2019² | Montevidéu (Uruguai) | Brasil | Argentina | Colômbia | Paraguai | Peru | Chile | Costa Rica | Guatemala | Uruguai | |
2020 | Montevidéu (Uruguai) | Brasil | Paraguai | Colômbia | Uruguai | Argentina | Chile | Peru | Costa Rica |
² A Sudamérica Rugby optou por realizar 3 campeonatos oficiais em 2019;
Brasil
Beatriz Futuro “Baby” (Niterói), Bianca Silva (São José), Cláudia Jaqueline Teles (Niterói), Edna Santini (São José), Isadora Cerullo “Izzy” (Niterói), Juliana Michele da Silva (Curitiba), Lariane Prunner (Desterro), Luiza Campos (Charrua), Maíra Bravo (SPAC), Milena Silva “Mille” (São José), Paula Ishibashi (SPAC), Raquel Kochhann (Charrua);
Foto: Facebook Brasil Rugby
Parabens a nossa Seleção! Gostei não apenas pelo título mas sinto uma melhora na equipe dos dois
anos passados. A presença da Rachel nos forwards, a mais participação da ‘Baby’ e uma melhora no
sistema de defesa foi notável. Ainda acho que um tackle simples furado contra a as Japonesas na fase
dos grupos no Rio nos custou ou a 7ª ou a 8ª colocação na Olimpíada. Na final ontem, 1º try da Argentina
foi devido um tackle nosso furado. Mas a experiência não deve ser esquecida. Nosso game plan parecia
mais eficiente e isto será essencial contra as equipes na Seriê Mundial. Em um torneio de apenas doze
equipes o saldo de pontos para os 3º lugares decide. Então contra nossas adversárias bem fortes seria
interessante um jogo mais lento, segurando a possa da bola assim reduzindo o nosso placar negativo.
Que tal?
Obrigado, Iaras!
Parabens a nossa Seleção! Gostei não apenas pelo título mas sinto uma melhora na equipe dos dois
anos passados. A presença da Rachel nos forwards, a mais participação da ‘Baby’ e uma melhora no
sistema de defesa foi notável. Ainda acho que um tackle simples furado contra a as Japonesas na fase
dos grupos no Rio nos custou ou a 7ª ou a 8ª colocação na Olimpíada. Na final ontem, 1º try da Argentina
foi devido um tackle nosso furado. Mas a experiência não deve ser esquecida. Nosso game plan parecia
mais eficiente e isto será essencial contra as equipes na Seriê Mundial. Em um torneio de apenas doze
equipes o saldo de pontos para os 3º lugares decide. Então contra nossas adversárias bem fortes seria
interessante um jogo mais lento, segurando a possa da bola assim reduzindo o nosso placar negativo.
Que tal?
Obrigado, Iaras!