Foto: Tárlis Schneider

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ARTIGO COM VÍDEOS – Bruxelas, capital da Bélgica, sede da União Europeia, terra de cervejas e casa do Manequinho, receberá nesse sábado os Tupis para o encontro inédito entre Brasil, 30º colocado do Ranking mundial, e Bélgica, 26ª, com transmissão ao vivo do Facebook da CBRu.

Os Tupis não tiveram vida fácil em sua primeira partida na Europa neste ano, sendo dominados pela Alemanha por 45 x 12. O jogo de agora oferece a melhor oportunidade para os comandados do técnicos Rodolfo Ambrosio para se reerguerem e conseguirem um resultado grande para o currículo, pois os belgas estão acima do Brasil no Ranking do World Rugby. Uma vitória brasileira, combinada com outros resultados dos demais jogos do dia, poderá lançar o Brasil do 30º até o 26º lugar do mundo, enquanto uma derrota poderá derrubar o Brasil até o 32º lugar, dependendo da combinação de placares.

O Brasil sofreu em demasia nas formações fixas, em especial no lateral, contra os alemães e teve pouca posse de bola, não conseguindo tirar a partida do jogo de contato, que não lhe favorecia, e não fazendo sua linha ter a posse de bola para criar jogadas. Rodolfo trocou 5 nomes do XV titular brasileiro. Duas mexidas foram no pack, com Pedrinho Bengaló começando como pilar no lugar de Caique, ao passo que Paganini saiu dos 23 para dar lugar a Texugo, que será o oitavo da equipe. Com isso, Buda foi deslocado para a asa par jogar com Bergo e Gelado irá à segunda linha no posto de Paganini.

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Já na linha, Rauth dará a camisa 9 a Cruz, enquanto Moisés começará jogando desta vez como primeiro centro no lugar de De Wet, que foi deslocado para a ponta no lugar de Zé. Com isso, Rodolfo aposta novamente em Moisés e Cruz no começo, depois de melhorarem a ofensividade da equipe no fim do jogo com a Alemanha. A outra novidade é o tryman do Super 8, Lucas Muller, ganhando a titularidade na ponta no lugar de Stefano.

Na reserva haverá novidade também, com o inglês Will, do Band, sendo opção para scrum-half, podendo debutar pelos Tupis, junto do jovem Leo Cecarelli do Jacareí.

Mas, quem é esse time belga? Os Diabos Negros (Zwarte Duivels, em flamengo, Diables Noirs, em francês, as duas principais línguas faladas no país) cresceram nos últimos anos e se garantiram no Rugby Europe Championship, o “Six Nations B”, para o ano que vem. Os belgas foram promovidos em 2013 para a competição, mas rebaixados após 2014, dando a volta por cima e ganhando novamente a promoção para 2017. Neste ano, a Bélgica ficou novamente em último lugar no Championship – a título de comparação, os Diabos Negros perderam por 34 x 29 fora de casa para a Alemanha – mas derrotou Portugal na repescagem por 29 x 21, conseguindo sua permanência.

Com o rugby estimulado bastante pela comunidade francófona do país, mas também com presença em áreas de língua flamenga (próximo do holandês), a Bélgica sempre se valeu de sua proximidade com a França, porém com a bola oval ainda tendo um longo caminho para alcançar popularidade por lá. Os jogos da seleção ocorrem sempre no estádio anexo ao grande Heysel (Stade Roi Baudoin Annexe), com cerca de 3 mil lugares, quase sempre cheios.

O técnico dos Diabos, Guillaume Ajac, mexeu em seu elenco trazendo caras novas com relação ao duelo com os portugueses, nesse que será o único amistoso belga na janela de novembro. O time é forte, com 5 atletas profissionais da segunda divisão francesa: o pilar Maxime Jadot (que formará com James Pearce, atleta que joga no rugby escocês), o segunda linha Sven D’Hooghe, o asa Amin Hamzaoui e os centros Jens Torfs, capitão, e Guillaume Piron. Destaque ainda para o abertura Vincent Hart, nome importante do sevens do país e que joga no rugby inglês.

Contra Portugal, a Bélgica marcou um de seus tries justamente em um maul. Porém, os Diabos usam mais sua linha habilidosa do que os alemães, o que poderá tornar o jogo mais aberto do que no sábado passado. Agora, é torcer pela evolução dos Tupis.

 

versus copiar

12h00 – Bélgica x Brasil, em Bruxelas – Brasil Rugby TV AO VIVO

Árbitro: Craig Maxwell-Keys (Inglaterra)

Bélgica: 15 Florian Piron, 14 Marc Tchangué, 13 Guillaume Piron, 12 Jens Torfs (c), 11 Craig Dowsett, 10 Vincent Hart, 9 Isaac Montoisy, 8 Nick Cording, 7 Amin Hamzaoui, 6 Gillian Benoy, 5 Sven D’Hooghe, 4 Bertrand Billi, 3 Maxime Jadot, 2 Thomas Dienst, 1 James Pearse;

Suplentes: 16 Gianni Vercammen, 17 Sep De Backer, 18 Tuur Moelants, 19 Maxime Temmerman, 20 Louis Debatty, 21 Thomas Brouillard, 22 Kevin Williams, 23 Romain Pinte;

Brasil: 15 Daniel Sancery, 14 Lucas Muller, 13 Felipe Sancery, 12 Moisés Duque, 11 De Wet Van Niekerk, 10 Josh Reeves, 9 Matheus Cruz, 8 Alexandre “Texugo” Alves, 7 André “Buda” Arruda, 6 Arthur Bergo, 5 Cléber “Gelado” Dias, 4 Lucas “Bruxinho” Piero, 3 Pedro Bengaló, 2 Yan Rosetti (c), 1 Lucas Abud;

Suplentes: 16 Endy Willian Pinheiro, 17 Michel Olimpo, 18 Caique Silva Segura, 19 Mauri Canterle, 20 Matheus “Matias” Daniel, 21 William Broderick, 22 Leo Cecarelli, 23 Lucas “Zé” Tranquez;

 

Vídeos
Brasil 12 x 45 Alemanha

Último jogo da Bélgica, 29 x 18 sobre Portugal em maio

Foto: Portugal Rugby