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ARTIGO COM VÍDEO – A Seleção Brasileira começou com tudo o Americas Rugby Championship. Nessa sexta-feira, diante de 5.022 torcedores no Pacaembu, em São Paulo, e debaixo de muita chuva, os Tupis derrotaram pela segunda vez na história o Chile, 17 x 03, naquela que foi a maior diferença de pontos até hoje a favor do Brasil contra os Cóndores.

 

O início do jogo foi favorável ao Chile, que abriu o placar logo aos 3′ com penal chutado por Nordenflycht. O domínio nos 10 primeiros minutos foi chileno, mas o Brasil, superior no jogo de contato e contando com chutes táticos do abertura Josh, conseguiu maior domínio territorial.

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Veja as fotos da partida!

 

Logo aos 10′, Felipe Sancery levou amarelo, mas os Cóndores não souberam capitalizar. Aos 20′, Josh teve a primeira chance para o Brasil, acertando penal na trave. Josh conduziu ótima jogada pouco depois, com um chute que se perdeu no in-goal. Aos 30′, novamente o neozelandês do Jacareí teve chance com penal, mas errou. Nos minutos finais, Josh ainda arriscou sem sucesso penal de 50 metros. O Brasil apresentou dificuldades de se infiltrar na defesa chilena, mas o lateral funcionou bem e os Tupis não levaram sustos, fechando a primeira etapa perdendo por somente 3 x 0., com 50% de posse de cada lado.

 

O segundo tempo largou com o Chile arrancando logo um penal, mas Nordenflycht não teve sucesso. O Brasil respondeu com boa sequência de fases e logo a situação se voltou a favor dos Tupis, com o Chile sendo reduzido a 14 homens. O volume de jogo brasileiro na segunda etapa foi muito superior e os chilenos pouco produzindo.

 

O jogo virou com merecimento aos 60′. Os Tupis ganharam penal nas 22 e apostaram no lateral, sendo premiados. O alinhamento saiu perfeito, os chilenos acreditaram que viria um maul e Cruz achou o espaço na velocidade entre a defesa vermelha para fazer o try e virar o placar para os brasileiros. 7 x 3. O Chile sentiu o golpe e cedeu penal para o Brasil logo depois, mas Moisés carimbou a trave. A pressão seguiu, os Tupis ganharam scrum e Felipe Sancery visualizou o lado cego vazio para cravar o try decisivo. 14 x 03 e delírio da torcida.

 

O Chile esboçou a reação indo para cima, mas o Brasil se defendeu muito bem e Josh afastou o perigo com lindo chute longo. A vitória foi sacramentada com Moisés arrematando penal no fim do jogo. O Chile ainda teve uma última chance de penal, frontal, en nçao foi feliz. Em um partida com a chuva dificultando as ações de mãos e na qual o Chile dominou o scrum (o Brasil perdeu 3 formações, apesar de ter anotado seu segundo try a partir da potência do scrum), mas foi dominado nos laterais (5 laterais roubados pelo Brasil) e no breakdown, os Tupis tiveram uma vitória incontestável. 17 x 03, fim de papo e alegria no “Paca”.

 

O Brasil voltará a campo no próximo sábado, dia 11, em Austin, Texas, contra os Estados Unidos, ao passo que o Chile visitará o Canadá, viajando à Colúmbia Britânica.

 

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Brasil 17 x 03 Chile, em São Paulo

Árbitro: Claudio Cativelli (Uruguai)

Brasil

Tries: Matheus Cruz e Felipe Sancery

Conversão: Moisés Duque (2)

Penal: Moisés Duque (1)

1 Alexandre Alves “Texugo” (Desterro), 2 Yan  Rosetti (CUBA, Argentina), 3 Wilton Rebolo “Nelson” (São José), 4 Diego Lopez “Diegão” (Pasteur), 5 Lucas Piero de Moraes “Bruxinho” (Desterro), 6 João Luiz da Ros “Ige” (Desterro), 7 André Arruda “Buda” (Desterro), 8 Nicholas Smith “Nick” (SPAC), 9 Johannes Beukes Cremer (Poli), 10 Joshua Reeves “Josh” (Jacareí), 11 Stefano Giantorno (Niterói), 12 Moisés Duque (São José), 13 Felipe Sancery (São José), 14- Jacobus De Wet Van Niekerk (Band Saracens), 15 Daniel Sancery (São José);

 

Suplentes: 16 Daniel Danielewicz “Nativo” (Desterro), 17 Jonatas Paulo “Chabal” (Band Saracens), 18 Vitor Ancina “Vitão” (Curitiba), 19 Felipe Tissot (Curitiba), 20 Matheus Daniel “Matias” (Jacareí), 21 Matheus Cruz (Jacareí), 22-Luan Soares Smanio (Desterro), 23 Guilherme Coghetto (Desterro);

 

Chile

Penais: Nordenflycht (1)

1 Claudio Zamorano (Stade Français) (c), 2 Tomás Dussaillant (Old Boys), 3 José Tomás Munita (Universidad Católica), 4 Nikola Bursic (COBS), 5 4 Mario Mayol (Old Boys), 6 Cristóbal Niedmann (Prince of Wales), 7 Anton Petrowitsch (COBS), 8 Manuel Dagnino (Old Mackayans), 9 Beltrán Vergara (Old Boys), 10 Francisco González Moller (Sporting), 11 Pedro Verschae (Viña), 12 Matías Nordenflycht (COBS), 13 Franco Velarde (Viña), 14 Martín Verschae (Viña), 15 Rodrigo Fernández (COBS);

 

Suplentes: 16 Rodrigo Moya (Prince of Wales), 17 Vittorio Lastra (Old Mackayans), 18 Gonzalo Martínez (Curupayti, Argentina), 19 Nicanor Machuca (Old Reds), 20 Benjamín Soto (Stade Français), 21 Jan Hasenlechner (COBS), 22 Francisco Cruz (COBS), 23 Tomás Ianiszewski (Old Locks);

 

EquipeApelidoPJVED4+-7PPPCSP
Estados UnidosEagles2354104021596119
Argentina XVArgentina XV2254103022862166
UruguaiTeros15530221120125-5
BrasilTupis852030063179-116
CanadáCanucks8510422112127-15
ChileCóndores050050051200-149

 

Foto: Daniel Venturole

8 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns Tupis!! Deixe-me fazer uma pergunta de alguém que infelizmente não consegue acompanhar o rugby tanto quanto gostaria: o Chile estava com força máxima também né? Pela escalação parece que sim pois há até jogadores de clubes argentinos e europeus.

    Eu me lembro que na vitória anterior (em 2014) o Chile passava por uma crise e isto facilitou nossa vida contra eles, mas se desta vez efetivamente eles tinham força máxima, mostra que estamos efetivamente cada vez mais próximos de alcançar o nível deles e eventualmente superar e que não precisamos mais enfrentá-los com um complexo de inferioridade.

  2. Parabéns Tupis!! Deixe-me fazer uma pergunta de alguém que infelizmente não consegue acompanhar o rugby tanto quanto gostaria: o Chile estava com força máxima também né? Pela escalação parece que sim pois há até jogadores de clubes argentinos e europeus.

    Eu me lembro que na vitória anterior (em 2014) o Chile passava por uma crise e isto facilitou nossa vida contra eles, mas se desta vez efetivamente eles tinham força máxima, mostra que estamos efetivamente cada vez mais próximos de alcançar o nível deles e eventualmente superar e que não precisamos mais enfrentá-los com um complexo de inferioridade.