Tempo de leitura: 3 minutos

Nesse sábado, dia 12, o Brasil garantiu sua permanência no Sul-Americano B com uma vitória categórica sobre a Colômbia: 44 x 0, despachando o campeão do Sul-Americano B sem sustos no Estádio do Canindé, em São Paulo, que pela primeira vez recebeu os Tupis, com 1.473 torcedores presentes apoiando a seleção.

 

O jogo começou com muitos erros dos dois lados, sobretudo do lado dos Tucanos, que iniciaram a partida falhando em fundamentos básicos e mostrando sérias deficiências no jogo aéreo. O primeiro try brasileiro não tardou, com Zé arrancando de trás, quebrando a marca e servindo Nick com um lindo offload, para o primeiro try do jogo. Lance típico de um bom fullback, e o apoio funcionou.

- Continua depois da publicidade -

 

A Colômbia levou perigo pouco depois, com um chute para a lateral que quase alcançou seu ponta livre. Mas, o Brasil aumentou a agressividade de sua linha defensiva e passou a oferecer menos posse para os colombianos. E foi com um scrum devastador, marca dos jogos contra a Alemanha, que os Tupis criaram nova chance, com Zé chutando penal para ampliar o marcador, 10 x 0. Antes do intervalo, Zé ainda chutaria mais um penal e Restrepo desperdiçaria o único penal para os Tucanos. 13 x 0, com o Brasil arriscando pouco o jogo aberto, mas com virtudes defensivas e disciplina.

 

No segundo tempo, os Tucanos levaram perigo após scrum defensivo, armando um belo contra-ataque, mas Zé salvou o Brasil em lindo tackle. E foi só dos visitantes. O Brasil se agigantou e passou a arriscar mais seu jogo aberto, sendo premiado. Stefano Giantorno fez seu primeiro try com a camisa amarela em bela arrancada pela ponta, respondendo ao ataque colombiano. Pouco depois, Tanque, um dos nomes da partida, fez grande jogada, se infiltrou e serviu outro novato, Felipe Sancery, que finalizou o terceiro try brasileiro. 25 x 0.

 

O quarto try foi outra pintura, com Beukes aplicando lindo dummy e abrindo a defesa colombiana para correr livre para o try. A porta se abriu e Sancery fez mais um para o Brasil. Rodolfo Ambrosio usou o fim do jogo para rodar o elenco e os Tupis fecharam a conta no finzinho em bela arrancada de Coghetto. 44 x 00, indiscutíveis.

 
Apesar do bom placar e de alguns lances bem trabalhados, o Brasil ficou ainda devendo quanto à organização tática, erros de fundamentos, e ainda não corrigiu deficiências apresentadas contra a Alemanha pensando em fevereiro. Trabalho pela frente.
 
“Temos de manter o nível, continuar treinando duro e indo para frente. Temos de jogar com grandes seleções para também evoluirmos. O time melhorou muito defensivamente diante da Colômbia. Estávamos com um time experiente em campo e isso nos ajudou muito”, comentou Nick Smith.

 

“Eu sou novo neste time. Estamos trabalhando bastante e jogamos muito bem. Espero que façamos partidas muito boas. Para evoluir, temos de trabalhar bastante”, afirmou Felipe Sancery, destaque do confronto.

 

Os Tupis voltam a campo no ano que vem, no dia 6 de fevereiro, contra o Chile, em Santiago, abrindo o Campeonato das Américas.

 

tupi logo44versus(14)00colombia

Brasil 44 x 00 Colômbia, no Estádio do Canindé, São Paulo

Árbitro: Joaquin Montes (Uruguai)

Auxiliares: Alejandro Longres (Uruguai) e Santiago Romero (Uruguai) / TMO: Santiago Slinger  (Uruguai)

 

Brasil

Tries: Sancery (2), Nick, Stefano, Beukes e Coghetto

Conversões: Zé (4)

Penais: Zé (2)

15 Lucas Tranquez “Zé” (SPAC), 14 Stefano Giantorno (San Luis, Argentina/URBA Top 14), 13 Felipe Sancery (Albi, França/Pro D2), 12 Martin Schaefer (SPAC), 11 Robert Tenório (Pasteur), 10 Lucas Duque “Tanque” (São José), 9 Beukes Cremer (Pasteur), 8 Nick Smith (SPAC), 7 João Luiz da Ros “Ige” (Desterro), 6 Mark Jackson “Wacko” (Desterro), 5 Matheus Wolf (Joaca), 4 Lucas Piero “Bruxinho” (Desterro), 3 Jardel Vettorato (San Diego), 2 Daniel Danielewicz “Nativo” (Desterro) (c), 1 Wilton Rebolo “Nelson” (São José).

Suplentes: 16 Yan Rosetti (CUBA, Argentina/URBA Top 14), 17 Caique Silva (CUQ, Argentina/Urba 2ª divisão), 18 Lucas Abud (SPAC), 19 Felipe Tissot (Curitiba), 20 Cléber Dias “Gelado” (Wallys), 21 Matheus Cruz (Jacareí), 22 Mateus Estrela (Niterói), 23 Guilherme Coghetto (Farrapos).

 

Colômbia

15 Jorge Andrés Alvarez (Antioquia), 14 Juan Gabriel Davila Metaute (Antioquia), 13 Brayan Campiño Riascos (Valle), 12 Camilo Cadavid Cardona (Antioquia), 11 Jhon Arley Urrutia (Antioquia), 10 Emmanuel Bedoya Pulgarín (Antioquia), 9 Jeferson Borja Restrepo (Antioquia), 8 Sebastían Mejia Gil (Antioquia) (c), 7 Ferney Santiago Mejia (Antioquia), 6 Gerson Ortiz Cañas (Antioquia), 5 Andrés Quintero Espinosa (Antioquia), 4 Dani Giraldo Mesa (Antioquia), 3 Emanuel Mendoza Mosquera (Antioquia), 2 Manuel Correa Quintana (Antioquia), 1 Jaider Pemberthy Muñoz (Antioquia).

Suplentes: 16 Jhoann Mantilla (Santander), 17 Mauricio Espinal Vargas (Antioquia), 18 Andrés Zafra Tarazona (Norte de Santander),19 César Arango (Antioquia), 20 Rafael Altahona (Atlántico), 21 Pablo Arboleda Lemoine (Bogotá), 22 Eduardo Vásques Montoya (Antioquia).

4 COMENTÁRIOS

  1. Textinho bem Poliana… Seria bom colocar as coisas como aconteceram, o jogo foi horroroso, repleto de erros bobos dos dois times, por vezes incapazes de sequer encaixar chutes de saída. Onde está escrito no texto “o Brasil se agigantou” deveria estar escrito que aos 20 minutos do segundo tempo a Colômbia cansou pra valer, arriou a mochila, começou a não ter força física sequer para manter os scrums estáveis e tacklear. O Brasil somente se aproveitou da porteira aberta e da falta de resistência ao jogar por vinte minutos contra quinze zumbis e assim aumentar a diferença no placar.