Brasil e EUA pela última vez em Austin, em 2017. Foto: ARC

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ARTIGO COM VÍDEOS – A primeira viagem do Brasil ao exterior neste ano terminou com derrota para os Estados Unidos. Jogando em Austin, Texas, as Águias curiosamente conquistaram sua primeira vitória na história sobre o Brasil, igualando o histórico curto entre os dois países. A vitória foi esperada e bastante contundente. As Águias dominaram os Tupis por completo do início ao fim, fazendo valer a sua superioridade para fecharem o embate em 51 x 03, sem sustos.

 

O primeiro try dos estadunidenses nasceu logo no começo, com o abertura Magie forçando o chute, sendo seguido de bom trabalho de mãos até a ponta, para Spike Davis finalizar o try inaugural.

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Aos 13′, Magie teve penal de longa distância e não titubeou, ampliando a vantagem para 8 x 0, antes que o Brasil tivesse algum bom momento ofensivo. A situação se complicou rapidamente, com Monstro recebendo amarelo, o que jogou o Brasil ainda mais para o campo defensivo. Os Estados Unidos, no entanto, não souberam capitalizar com um homem a mais, enquanto o Brasil ainda conseguia manter o embate físico do jogo, apesar de mostrar alguns problemas nas formações já no começo, com lateral perdido pouco depois.

 

Aos 25′, Magie perdeu penal. Porém, o domínio norte-americano uma hora seria premiado, o que ocorreu aos 27′, com os Tupis sendo punidos por chute de alívio errado. Os EUA trocaram bem os passes e Eloff arrancou na ponta para o segundo try.

 

Os Tupis ainda mantiveram o ataque norte-americano contido no restante do primeiro tempo, com o domínio territorial favorecendo os donos da casa. 13 x 00 no intervalo.

 

Na segunda etapa, os EUA logo deram as cartas. Aos 43′, as Águias tiveram lateral, emplacaram um maul e na sequência da fase Lamborn (que joga na Nova Zelândia) caiu no pick and go para o try, explorando a falta de proteção brasileira na base do ruck.

 

Aos 49′, o Brasil reduziu com penal de Moisés, em chute ousado de 50 metros, 18 x 3.

 

A fórmula do terceiro try foi novamente usada pelos mandantes, que conquistaram o bônus ofensivo aos 58′. Maul, fase e pick and go, agora explorando a qualidade de Cameron Dolan, do Cardiff Blues.

O Brasil ainda teve seu momento e pressiona aos 62′ na base do contato, não consegue o apoio para o try. O scrum brasileiro nas 22 foi momento de oportunidade clara para os Tupis, mas Nick teve seu passe interceptado por Te’o. Pouco depois, Augspurger quebrou o tackle brasileiro na velocdade e Lamborn correu para seu segundo try no jogo, com estilo, levando o Brasil ao nocaute. Os EUA ainda trocaram o chutador, com Cima convertendo, após Magie ter perdido quatro conversões seguidas.


O fim de jogo foi todo das Águias, com os Tupis já penando para defender. Augspurger novamente arrancou, e Te’o finalizou o contra golpe fulminante em velocidade com mais um try. 37 x 03.

Aos 77′, foi a vez de Campbell interceptar passe e arrancar para o sétimo try norte-americano.


E Tiberio, no lance final, definiu a vitória elástica do USA Eagles com mais um try. 51 x 03, números finais em Austin. Vitória incontestável dos Estados Unidos, em jogo que teve um lado absolutamente dominante.

No sábado que vem, o Brasil joga novamente fora de casa, em Punta del Este, contra o Uruguai, enquanto os Estados Unidos visitarão seus vizinhos do Canadá, em clássico norte-americano em Vancouver.
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Estados Unidos 51 x 03 Brasil, em Round Rock/Austin

Árbitro: Pablo de Luca (Argentina)

 

Estados Unidos

Tries: Lamborn (2), Davis, Eloff, Dolan, Te’o e Campbell

Conversões: Cima (3)

Penais: Magie (1)

1 Ben Tarr (Glendale Raptors), 2 James Hilterbrand (c) (Manly, Austrália), 3 Dino Waldren (Blackrock College, Irlanda), 4 Nate Brakeley (NYAC), 5 Nick Civetta (Newcastle Falcons, Inglaterra), 6 John Quill (Dolphin, Irlanda), 7 Tony Lamborn (Hawke’s Bay, Nova Zelândia), 8 Al McFarland (NYAC) 9 Shaun Davies (Life University), 10 Will Magie (Glendale Raptors) 11 Nate Augspurger (Old Blue), 12 JP Eloff (Chicago Lions), 13 Bryce Campbell (Indiana University), 14 Spike Davis (Columbus 1823), 15 Mike Te’o (Belmont Shore);

Suplentes: 16 Peter Malcolm (Wheeling Jesuit), 17 Chris Baumann (Wellington, Nova Zelândia), 18 Anthony Purpura (Boston RFC), 19 Cameron Dolan (Cardff Blues, Gales), 20 Todd Clever (Austin Huns), 21 Ben Cima (Rocky Gorge), 22 Peter Tiberio (Seattle  Saracens), 23 Deion Mikesell (sem clube);

 

Brasil

Penal: Moisés Duque (1)

1 Jonatas Paulo “Chabal” (Band Saracens), 2 Yan Rosetti (CUBA, Argentina), 3 Wilton Rebolo “Nelson” (São José), 4 Luiz Vieira “Monstro” (Villefranche-sur-Saône, França), 5 Lucas Piero “Bruxinho” (Desterro), 6 João Luiz da Ros “Ige” (Desterro), 7 André Arruda “Buda” (Desterro), 8 Nick Smith (c) (SPAC), 9 Matheus Cruz (Jacareí), 10 Josh Reeves (Jacareí), 11 Stefano Giantorno (Niterói), 12 Moisés Duque (São José), 13 Felipe Sancery (São José), 14 De Wet van Niekerk (Band Saracens), 15 Daniel Sancery (São José);

Suplentes: 16 Daniel Danielewicz “Nativo” (Desterro), 17 Caíque Silva (Niterói), 18 Pedro Bengaló (Desterro), 19 Diego López (Pasteur), 20 Arthur Bergo (SPAC), 21 Beukes Cremer (Poli), 22 Luan Smanio (Desterro), 23 Guilherme Coghetto (Desterro);

 

EquipeApelidoPJVED4+-7PPPCSP
Estados UnidosEagles2354104021596119
Argentina XVArgentina XV2254103022862166
UruguaiTeros15530221120125-5
BrasilTupis852030063179-116
CanadáCanucks8510422112127-15
ChileCóndores050050051200-149

 

Foto: Scrum.com

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