Roosters derrota o Storm na segunda semifinal. Foto: NRL.com

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ARTIGO COM VÍDEOS – O Rugby League (o rugby de 13 atletas) está em ritmo de finais! Nesse fim de semana, a NRL australiana viveu suas semifinais, com Sydney Roosters e Canberra Raiders conquistando classificação à grande final, que será no próximo dia 6, em Sydney.

O Melbourne Storm, melhor time da primeira fase, sucumbiu na semifinal diante do Sydney Roosters, em um jogaço de 14 x 06 para os tricolores. Os Roosters são os atuais campeões, depois de terem vencido a final de 2018 justamente contra o Storm.

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Em Canberra, capital australiana, a festa foi total, pois o Canberra Raiders disputará a final da NRL 25 anos depois de sua última decisão. Vitória por 16 x 10 sobre o poderoso South Sydney Rabbitohs, em jogo dramático.

Enquanto isso, na Inglaterra, a Super League viveu mais uma jornada de playoffs. O St. Helens Saints provou ser o melhor time do momento vencendo por 40 x 10 o superclássico nacional da primeira semifinal contra o Wigan Warriors e se garantiu na grande final da competição. Mas, pelo formato do mata-mata da Super League, o Wigan não está eliminado e terá uma segunda chance na segunda semifinal da competição contra o Salford Red Devils, que derrotou o Castleford Tigers na repescagem da competição.


NRL – National Rugby League – Campeonato Australiano de Rugby League

Semifinais

Canberra Raiders 16 x 10 South Sydney Rabbitohs, em Canberra

Sydney Roosters 14 x 06 Melbourne Storm, em Sydney

 

Final – dia 06/10

Sydney Roosters x Canberra Raiders, em Sydney

 

super league 2017 logo

Betfred Super League – Campeonato Inglês de Rugby League

Salford Red Devils 22 x 00 Castleford Tigers, em Salford – Repescagem

St. Helens Saints 40 x 10 Wigan Warriors, em St. Helens – Semifinal 1

Dia 04/10 – Wigan Warriors x Salford Red Devils – Semifinal 2

 

O que é o Rugby League?

O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.

As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a RLIF – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.

Quais as principais diferenças do League para o Union?

  • O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
  • No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
  • Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
  • Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
  • Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
  • Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
  • Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
  • Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
  • Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
  • A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;