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Sábado, dia 8, será de retorno do Rugby Championship com a terceira rodada mexendo com as pretensões de seus participantes! Os jogos serão todos na Oceania, com a Nova Zelândia recebendo a Argentina e a Austrália recebendo a África do Sul.

 

Pumas em busca de história

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Após conquistar sua primeira vitória sob o comando do técnico Mario Ledesma (vencendo em casa os Springboks), os Pumas viajam à Nova Zelândia em busca de um feito inédito: vencer os All Blacks pela primeira vez na história. A situação é quase impossível, dada a forma brilhante que a Nova Zelândia vem mostrando, sólida e empolgante, vinda de suas tranquilas vitórias sobre a Austrália. Porém, foi justamente sob o comando de Ledesma que os Jaguares (que têm o mesmo elenco dos Pumas) venceram seus primeiros jogos em solo neozelandês no Super Rugby neste ano. Portanto, vencer na Terra da Nuvem Longa é algo que Super Mario sabe.

Para tentar fazer história, a Argentina terá 4 novidades no grupo com relação ao último jogo com a África do Sul. Na linha, Martin Landajo entra com a camisa 9 no lugar de Bertranou, em mais um capítulo na busca dos Pumas pelo scrum-half desejado. Enquanto isso, Jeronimo de La Fuente ganha posto como primeiro centro, formando com Moroni, Delguy, Moyano e Boffelli uma linha perigosa municiada por Nico Sánchez, em grande fase. Na terceira linha, Matera ganha um descanso e abre vaga para Tomas Lezana, enquanto Santiago Garcia Botta entra na primeira linha no lugar do lesionado Juan Figallo – e, com isso, o scrum volta a ser preocupação para os Pumas.

Se tem um jogo que a Nova Zelândia tende a usar no Championship para rodar seu elenco é o compromisso em casa contra a Argentina e Steve Hansen tem um elenco farto que nunca oferece a sensação de time reserva. A começar pela dupla de 9 e 10 que foi toda trocada, com as entradas de Perenara e Mo’unga, ambos sedentos por um lugar no time. Pode ser ainda mais perigoso para a Argentina essa formação agressiva em campo.

Nehe Milner-Skudder retorna ao time na ponta, com Ben Smith passando para a camisa 15 no lugar de Jordie Barrett. Já entre os avançados, o pilar Karl Tu’inukuafe entra no lugar do lesionado Joe Moody, ao passo que Scott Barrett ganha uma chance na segunda linha para Whitelock descansar. Shannon Frizell é outra novidade como asa titular ao lado de Ardie Savea, com Squire e Cane indo para o banco.

O time neozelandês é clínico e os jogadores que entraram podem oferecer perigoso ainda maiores para a Argentina. Para vencer, o time argentino precisará de um jogo perfeito, sobretudo defensivamente. O contra ataque neozelandês é brutal, punindo todo e qualquer deslize adversário. Mo’unga pode mudar um pouco a cara dos All Blacks com a bola em mãos, tendendo a chutar menos e a carregar menos a bola, municiando mais sua equipe, o que poderá fazer Goodhue e Laumape brilharem mais.

 

*Horários de Brasília

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04h35 – Nova Zelândia x Argentina, em Nelson – ESPN2 e Watch ESPN AO VIVO / VT ESPN2 23h00

Árbitro: Pascal Gaüzère (França)

Histórico: 26 jogos, 25 vitórias da Nova Zelândia e 1 empate. Último jogo: Argentina 10 x 36 Nova Zelândia, em 2017 (The Rugby Championship);

Nova Zelândia: 15 Ben Smith, 14 Nehe Milner-Skudder, 13 Jack Goodhue, 12 Ngani Laumape, 11 Waisake Naholo, 10 Richie Mo’unga, 9 TJ Perenara, 8 Kieran Read (c), 7 Ardie Savea, 6 Shannon Frizell, 5 Scott Barrett, 4 Brodie Retallick, 3 Owen Franks, 2 Codie Taylor, 1 Karl Tu’inukuafe;

Suplentes: 16 Nathan Harris, 17 Tim Perry, 18 Ofa Tuungafasi, 19 Samuel Whitelock, 20 Luke Whitelock, 21 Te Toiroa Tahuriorangi, 22 Damian McKenzie, 23 Anton Lienert-Brown;

Argentina: 15 Emiliano Boffelli, 14 Bautista Delguy, 13 Matias Moroni, 12 Jeronimo de la Fuente, 11 Ramiro Moyano, 10 Nicolas Sanchez, 9 Martin Landajo, 8 Javier Ortega Desio, 7 Marcos Kremer, 6 Tomas Lezana, 5 Tomas Lavanini, 4 Guido Petti, 3 Chaparro Tetaz, 2 Agustin Creevy (c), 1 Santiago Garcia Botta;

Suplentes: 16 Julian Montoya, 17 Juan Pablo Zeiss, 18 Gaston Cortez, 19 Matias Alemanno, 20 Pablo Matera, 21 Tomas Cubelli, 22 Bautista Ezcurra, 23 Juan Cruz Mallia;

 

Now or never, Wallabies and Springboks

Em Brisbane, dois times pressionados entram em campo. Austrália e África do Sul se enfrentarão vindos de derrotas na rodada passada. A situação australiana é mais delicada, pois a fase dos Wallabies não é boa e após mais duas derrotas contundentes contra os All Blacks as críticas estão mais fortes a Michael Cheika, que precisa encontrar a melhor a forma para seu time antes da Copa do Mundo. Já a África do Sul vinha se erguendo com o novo treinador Rassie Erasmus, mas todas as suas vitórias haviam sido em casa. Fora de casa, contra a Argentina, o revés veio com os Boks sendo dominados. Uma vitória fora de casa sobre um concorrente direto como são os Wallabies é agora crucial para a sequência do trabalho de Erasmus rumo ao Mundial – e também para manter os sul-africanos vivos na perseguição aos All Blacks pelo título do Championship deste ano.

Os Wallabies comemoraram a volta de Israel Folau à camisa 15 após sofrer lesão contra a Nova Zelândia. O jogador será essencial para o sucesso dos australianos, mas os olhos estão mesmo no sistema criativo da equipe. Afinal, Foley começará no banco, com Cheika apostando em Kurtley Beale com a camisa 10 jogando ao lado de Matt Toomua com a 12. A outra troca no XV é no pack, com Rory Arnold entrando na segunda linha.

Já os Springboks também terão seus olhos no camisa 10, já que Elton Jantjies retornará à posição, deixando Pollard no banco após o jogo ruim na Argentina. A dupla de centros é igualmente nova, com Jesse Kriel e Damian de Allende. Entre os avançados, Piet-Steph Du Toit começará como terceira linha no lugar de François Louw, oferecendo muita potência no breakdown, ao passo que a primeira linha será toda nova, com Frans Malherbe, Mbongeni Mbonambi e Steven Kitshoff, descansando Marx e Mtawarira.

Enquanto Cheika busca um time mais agressivo com a bola em mãos, para aproveitar ao máximo o trabalho de Pocock e Hooper no breakdown, Erasmus aposta em um time mais eficiente no jogo de contato para tirar dos australianos a posse de bola ao máximo. Para os Boks, o jogo mais conservador pode prevalecer como estratégia contra uma Austrália que precisará se expor.

 

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07h00 – Austrália x África do Sul, em Brisbane – ESPN2 e Watch ESPN AO VIVO

Árbitro: Glen Jackson (Nova Zelândia)

Histórico: 86 jogos, 47 vitórias da África do Sul, 36 vitórias da Austrália e 3 empates. Último jogo: África do Sul 27 x 27 Austrália, em 2017 (The Rugby Championship);

Austrália: 15 Israel Folau, 14 Dane Haylett-Petty, 13 Reece Hodge, 12 Matt Toomua, 11 Marika Koroibete, 10 Kurtley Beale, 9 Will Genia, 8 David Pocock, 7 Michael Hooper (c), 6 Lukhan Tui, 5 Adam Coleman, 4 Rory Arnold, 3 Allan Alaalatoa, 2 Tatafu Polota-Nau, 1 Scott Sio;

Suplentes: 16 Folau Fainga’a, 17 Tom Robertson, 18 Taniela Tupou, 19 Izack Rodda, 20 Ned Hanigan, 21 Joe Powell, 22 Bernard Foley, 23 Jack Maddocks;

África do Sul: 15 Willie le Roux, 14 Makazole Mapimpi, 13 Jesse Kriel, 12 Damian de Allende, 11 Aphiwe Dyantyi, 10 Elton Jantjies, 9 Faf de Klerk, 8 Warren Whiteley, 7 Piet-Steph du Toit, 6 Siya Kolisi (c), 5 Franco Mostert, 4 Eben Etzebeth, 3 Frans Malherbe, 2 Mbongeni Mbonambi, 1 Steven Kitshoff;

Suplentes: 16 Malcolm Marx, 17 Tendai Mtawarira, 18 Wilco Louw, 19 Rudolph Snyman, 20 François Louw, 21 Embrose Papier, 22 Handré Pollard, 23 Cheslin Kolbe;

 

PaísApelidoJogosPontos
Nova ZelândiaAll Blacks525
África do SulSpringboks515
AustráliaWallabies59
ArgentinaLos Pumas58